domingo, 30 de dezembro de 2012

Bons professores podem inspirar, de verdade.

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No meu curso de graduação em Relações Públicas, feito na UERJ, no tempo do Instituto de Psicologia e Comunicação Social, entre 1978 e 1981, muitos professores foram inspiradores.

Algumas vezes eu sabia que eram inspiradores, noutras, não. Nem sempre a gente sabe, no tempo presente, o que vai fazer diferença no futuro. E um professor pode fazer diferença em nossa vida.

Letícia Braga de Vicenzi abriu as portas da Sociologia, Aquiles Cortês Guimarães, as da Filosofia - ao lado de Ivair Coelho Lisboa Itagiba Rademaker. Com um forte viés na Psicologia - marca daquela escola, hoje, infelizmente, perdida - tivemos nada menos que 6 disciplinas da área: 2 semestres com Cid Pacheco (Psicologia Geral), 2 semestres de Psicologia Social com Jorge Coelho e mais 2 semestres de Dinâmica de Grupo com Jorge Arthur.

Ainda no "ciclo básico", estudamos Economia I e II com o Prof. Jorge Hélio Santos - também mestre das disciplinas "Teoria de Opinião Pública" e "Técnicas de Pesquisa de Opinião Pública e de Mercado". A Cultura Brasileira nos chegou pelas mãos de José Flávio Pessoa de Barros e o estudo de Problemas Brasileiros, do Prof. Marcos Kiperman. Estatística - disciplina que, absurdamente, não existe mais - foi dada por João Pedro Dias Vieira. Editoração? Um grande mestre: Arthur Tavares Machado.

Os Fundamentos da Comunicação ficaram a cargo de José Henrique de Carvalho e as disciplinas de Mercadologia e de Propaganda com o saudoso Manoel Maria de Vasconcellos. E as disciplinas - todas - de Relações Públicas ficaram a cargo de dois jovens tão diferentes quanto complementares e fundamentais para a inspiração dos futuros errepês: Herbete Barbosa de Moura e Roberto Fonseca Vieira.

Roberto é hoje colega. Inspirou-me às RRPP e à carreira acadêmica. E o Herbete... bem, este era, para mim, o paradigma do errepê competente. Ágil, no pensar e no falar. Articulado e atualizadíssimo com tudo o que estava no noticiário do dia. Politizado. Exigente. Bem humorado e, até, mordaz. Persigo até hoje o seu exemplo, além do de Manoel Maria. Meta árdua chegar onde chegaram no imaginário daquele estudante de 20 anos.

E não é que encontro, "revendo os anos" - coisa bem típica de um dia 30 de dezembro - uma relíquia daqueles tempos, e da autoria do Herbete? Presente da vida, que agora, aqui, compartilho. Feliz 2013!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Telefonia do Brasil Agoniza! Feliz Ano Muito Velho!

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A Grã-Bretanha tem a mesma quantidade de celulares que o Brasil, um território não sei quantas vezes menor, mas 4 vezes mais estações rádio-base - exigência do órgão regulador de lá. 

A nossa - pobre - Anatel, como todos sabemos, foi criada depois da privatização, ou seja, não tem - de fato - poder para regular ninguém que já existia antes dela... 

Pagamos o minuto celular mais caro do mundo, em dólar. E, também, a TV por assinatura mais cara do mundo, em dólar. E, também, a banda larga (larga?) mais cara do mundo, em dólar. 

Quosque tandem, Catilina...? 

As entidades já constituídas PRECISAM entrar com ações no MP contra esses descalabros. Nosso ''cordial'' brasileirinho, pessoa física, jamais se insurgirá. Citando Canclíni: somos consumidores de mais e cidadãos de menos.
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domingo, 16 de dezembro de 2012

Quem viver verá!

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A neutralidade da rede não é uma conquista, mas uma característica primordial da internet. Ninguém a concedeu. Tal atributo foi crucial para a web ser tudo o que é, hoje.

Tim Wu é a voz mais alta na luta pela preservação da neutralidade da rede. Vale a pena ler seu livro "Impérios da Comunicação", recém-lançado em português.

Curioso como os veículos de comunicação (leia-se "patrões") cobram o marco civil da internet e defendem (!) o seu "controle social" - algo a que diametralmente se opõem quando o que está em jogo é o marco regulatório das telecomunicações e o controle social da mídia; coisa que existe em funciona em todos os países desenvolvidos.

É "briga de cachorros grandes": as teles VERSUS as tevês. O Brasil ainda terá o seu 7 de dezembro! Quem viver verá!
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Na Primeira Universidade Brasileira, a UFPR, de 100 anos!

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São essas coisas que a gente aprende vivendo.

Sempre menciono que o conhecimento, organizado no formato "Universidade", é, já, milenar. E, por isso, no Brasil, ainda "bebê". A UERJ, minha Universidade, acaba de completar 62 anos, este mês.

E não é que ontem tive a honra de palestrar na mais antiga Universidade brasileira, prestes a completar 100 anos de fundação, no próximo dia 19? Um privilégio...

E, ainda por cima, falar de relações-públicas como um perfil talhado para o marketing cultural - ou seja, contar a minha experiência e as minhas duas paixões...

Aguarde as fotos...
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Entrevista à TV ABCD, de São Paulo, em 7 de dezembro.


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Entrevista concedida - via Skype - para o programa "ABCD Net News", da TV ABCD, uma webTV (www.tvabcd.com.br), das mais respeitadas do estado de São Paulo, que recebe mais de 1 milhão e 500 mil acessos por mês, tem 82.000 seguidores nas redes sociais e dispara cerca de 327.000 e-newsletters diariamente.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O BRASIL AINDA VAI TER O SEU 7 DE DEZEMBRO - leia - são apenas 4 singelos artigos SOBRE COMUNICAÇÃO, na nossa Constituição Federal, que todo cidadão deveria conhecer!

Constituição da República Federativa do Brasil
Promulgada em 5 de outubro de 1988
Capítulo V - da Comunicação Social:



"Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
    • Código Brasileiro de Telecomunicações: Lei n. 4.117, de 27/08/1962

    • Organização dos Serviços de Telecomunicações: Lei n. 9.472, de 16/07/1997
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

§ 3º Compete à lei federal:

I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde a ao meio ambiente.

§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
    • A Lei n. 9.294, de 15/07/1996, regulamentada pelo Decreto n. 2.018, de 01/10/1996, dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos terapias e defensivos agrícolas aqui referidos.
§ 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e da radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos quais caberá a responsabilidade por sua administração e orientação intelectual.

§ 1º É vedada a participação de pessoa jurídica no capital social de empresa jornalística ou de radiodifusão, exceto a de partido político e de sociedades cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros.

§ 2º A participação referida no parágrafo anterior só se efetuará através de capital sem direito a voto e não poderá exceder a trinta por cento do capital social.

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
    • A Lei n. 9.612, de 19/02/1998, institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária, e o Decreto n. 2.615, de 03/06/1998, aprova seu regulamento.
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, §§ 2º e 4º, a contar do recebimento da mensagem.

§ 2º A não-renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.

§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional na forma dos parágrafos anteriores.

§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.

§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e quinze para as de televisão.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
    • A Lei n. 8.389, de 30/12/1991, institui o Conselho aqui referido."

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mais uma guerra anunciada.

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A concepção do Vale-Cultura e da rede de Pontos de Cultura foram as melhores ideias surgidas no âmbito do Ministério da Cultura na gestão Gilberto Gil. 

Os Pontos de Cultura estão aí - são mais de 3.000 instalados e funcionando (cada um dos 5.568 municípios brasileiros tem que ter pelo menos um, de acordo com o projetado e aprovado). 

O Vale-Cultura caminha pelo Congresso Nacional há anos. Seu custo inicial - mesmo para uma implementação parcial (não atingindo a todos os trabalhadores, à base de 50 reais mensais) - seria de 4 bilhões de reais, em 2010, o que significa quatro vezes o maior orçamento do MinC já executado (não adianta brandir promessas - orçamento destinado é orçamento executado, depois de contingenciamentos, incompetências e perdas por inapetência dos próprios proponentes). 

Ou seja, sua aprovação, ou é uma ficção até para seus proponentes, ou é mais uma "guerra" a ser travada em Brasília - parecida com a dos 'royalties' do petróleo e das demais riquezas minerais brasileiras. 

Será necessária MUITA pressão. Quem viver verá. LINK: http://oglobo.globo.com/cultura/vale-cultura-aprovado-no-senado-segue-para-sancao-da-presidente-6942789
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Que carreira abraçar? Que formação escolher?



MENSAGEM AO VESTIBULANDO (repasse para aquele seu amigo ou conhecido que está em dúvida, ainda, sobre escolha de formação):

POR QUE ESCOLHER RELAÇÕES PÚBLICAS ?

Quando se chega às portas do ensino superior, vem sempre aquela dúvida sobre carreira profissional.

Se você é apaixonado por comunicação,

Se você se interessa por negócios e empresas,

Se você é uma pessoa dada ao diálogo e à conciliação,

Se você é um crítico de organizações pouco transparentes,

Se você é um consumidor atento e quer fazer valer os seus direitos.

Escolha a carreira de relações-públicas.

Você estará imerso em comunicação, lidará com pessoas e organizações o tempo todo, e mais:

- Terá escolhido uma profissão regulamentada - a única no campo da Comunicação Social -, ou seja, estabelecida no Brasil inteiro sob o Sistema Conferp-Conrerp e um Código de Ética Profissional.

- Terá escolhido uma formação que o habilitará a atuar em múltiplas funções; do atendimento a clientes ao marketing de produtos e serviços; do relacionamento com diversos públicos à pesquisa de opinião e de mercado; da ouvidoria à construção e manutenção da imagem de pessoas físicas e jurídicas, tanto em organizações governamentais quanto empresariais ou da sociedade civil.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

AMAR MUITO TUDO ISSO.. NÃO TEM PREÇO!

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Neste 3 de dezembro, na UERJ, no mesmo lugar onde há 34 anos ingressei como aluno do curso de graduação em RRPP, tive um sentimento parecido com 'dever cumprido'.

'Parecido' porque não considero concluída toda a missão que há para cumprir neste estado em termos de resgate das Relações Públicas, mas porque presenciei algo inédito - desde meus tempos de estudante - e que há apenas três anos atrás seria impensável: um evento comemorativo da data nacional das RRPP 'assinado' em conjunto por um movimento (na UERJ surgido!) - o Relacione-se! -, a FCS/UERJ, e o Conrerp/1a Região.

Bom sinal. Bom saldo de uma gestão penosa mas gratificante que se encerra daqui a um mês - e da qual orgulho-me de ter participado, ao lado de Alexandre Coimbra, Claudio Cotrim, Andrea Pestana, Marcelo Ficher, Alvaro Magalhães, Ricardo Benevides, Nicolau Maranini, Renato Möller, Heloiza Reis, Ilza Araujo, Maria Helena Carmo, Fabiana Pinto e Fernando Costa.

Os tempos estão propícios para mais e novas empreitadas. Sucesso é o que desejo aos 'novos' conselheiros Lala Aranha, Muriel de Paula, Mary Anne Sá, Fernanda Resende, Juliana Aoki, Bianca Corrêa, Luiz Fabiano Nericke, Denise Töpke, Francine Tavares, e aos atuais conselheiros que permanecem; Andréa Pestana, Nicolau Maranini, Heloiza Reis, Ilza Araújo e Renato Möller.

Este sentimento feliz não esquecerei jamais! [Na foto: Muriel de Paula, Ellen Rodrigues - uma das ganhadoras dos livros sorteados ao final do evento - e Marcondes Neto].
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domingo, 2 de dezembro de 2012

Mais uma dos jornalistas "criativos", sem emprego: "jornalismo de marcas" (sic).

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No dia nacional das relações públicas, mais do mesmo naquele mercado prostituído da comunicação empresarial... 

Na falta total de espírito empreendedor, de carência absoluta de noções de marketing e de nem sinal de inconformidade com o status ridículo do mercado de comunicação jornalística no Brasil atual, os coleguinhas não sabem mais o que fazer para conseguir trabalhar - até fazer o que não planejaram, não gostam e não chamam pelo nome correto: relações públicas. Fui consultor na Petrobras (já contei essa estória no Blog:http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2009/09/nota-reveladora-do-conflito-de.html) e presenciei "a febre". Um informe da diretoria "x", característico veículo de comunicação interna (algo com que nem um estudante de jornalismo sonha - pelo contrário, se sonha é pesadelo), quando entregue a um "velho homem de imprensa (a "minha" versão testemunhal de um Agamenon da vida) não demorou muito em ter seu nome mudado para "Jornal da x", com editor-responsável (uma invenção "para-legal" dos jornalistas para garantir espaço), "repórteres" (o editor-chefe insistia em me designar assim), "apuração", entrevistas com gravadores (que intimidavam os executivos) e a proibição de mostrar a matéria pronta à fonte (um pecado! - segundo o Mendes Pedreira). Uma das razões de ineficiência e politicagem da Petrobras é que a empresa transformou-se no maior empregador de jornalistas do país, os quais regozijam-se quando podem traficar informações. Um camarada lá, concursado, que só tinha como trabalho cuidar do meu contrato (e de "n" outros), atendeu a IstoÉ uma vez, na minha frente, com as pernas pro ar dizendo: - tô pegado aqui, irmão... tá muito pegado aqui, cara! Um tiro certeiro na "grande" mídia, mas também no pé desse pessoal foi a criação - genial - do blog "Fatos e Dados" - e a comunicação da Petrobras com seus públicos nunca mais foi a mesma. A empresa passou a não depender mais da mídia para "falar" com os "stakeholders" (coisa que para a maioria dos estudantes de jornalismo soa algo como "o pessoal que ficou de levar a picanha fatiada ao churrasco).

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/jornalismo_de_marcas_a_nova_estrategia_de_relacoes_publicas
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RELAÇÕES COM GOVERNOS: GRANDE DESAFIO PARA O RP

Discutir relações públicas e governamentais neste momento de julgamentos transmitidos "ao vivo", operações da polícia federal chegando a servidores públicos como nunca e imprensa investigativa fazendo o seu papel é oportuno, necessário e urgente. Como principais promotores potenciais da tão demandada transparência - o errepê é o único perfil técnico especializado em comunicação que não opera a mídia - podemos, de fato, auxiliar as empresas, os órgãos estatais e as ONGs, a analisar melhor - antevendo - e a decidir melhor - avaliando crises possíveis - sobre ações de seu dia-a-dia que, sempre, trazem embutidos riscos de exposição pública negativa, conflitos éticos inexplicáveis perante a sociedade e a imprensa, além de danos irreversíveis a reputações, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. Planejar é "a" palavra e analisar cenários é preciso. E errepês planejam. Aprendem a planejar. Isto os diferencia desde os bancos das faculdades. A jornalistas e publicitários, pela velocidade dos "media" - sobretudo em tempos de internet - em que estão imersos, é impossível tal distanciamento, ao mesmo tempo em que é impensável para esses profissionais discordar de suas lideranças quando seus próprios limites éticos são testados praticamente a cada hora do dia - uma rotina mortal de "fazer ou não fazer?" - em que a segunda opção simplesmente não existe.

No próximo dia 2 de dezembro comemora-se a data anual das Relações Públicas no Brasil - uma homenagem a todos os profissionais da área estabelecida na data de nascimento de seu pioneiro Eduardo Pinheiro Lobo.

O movimento Relacione-se, a Faculdade de Comunicação Social da UERJ e o Conrerp1 marcarão a data realizando, no dia 03/12/2012, na sala de R. A. V. do décimo andar da UERJ, a partir das 19 horas, um bate-papo com a profissional Muriel de Paula, formada pela UERJ, hoje nas Relações Governamentais da Petrobras, justamente sobre o desafio de cuidar dessa área tão sensível. Sobre a realização do evento, assim manifestei-me nas redes sociais:

Parabéns pela iniciativa conjunta! Agir em parceria é "a cara" das relações públicas. Academia, Conselho e Movimento juntos certamente criam o ambiente propício - e único - para a difícil tarefa de discutir as práticas vertiginosas da comunicação em tempos de internet. O segmento empresarial até pode unir-se em alguns momentos, mas isto fica para empreendedores especiais que já passaram da fase da "infância" (na qual só se faz propaganda) e da "adolescência" (na qual se soma a assessoria de imprensa) e se encontram na "maturidade" do ciclo de vida institucional de uma organização, quando, então, se passa a aspirar a chamada "cidadania corporativa" e se quer - tanto em nome da organização quanto em nome de seus controladores - "fazer diferença" na sociedade em que se está operando, fazendo real filantropia, mecenato ou empreendendo socialmente, para além das características básicas do agir comunitário, estágio de evolução institucional em que se está pronto para realizar o que chamo de relações públicas plenas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Relações Públicas: A arte de exercer!

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[Reproduzido do Blog Fantástico Mundo RP].

Muito falamos aqui, sobre as diversas funções que o profissional de Relações Públicas desenvolve no seu dia-a-dia. Funções estas, objetivando a imagem da empresa perante o público, o bom relacionamento, a consolidação no mercado, entre outros. Sabemos a partir disso, que a profissão é bastante ampla em suas áreas de atuação e que se deve ter um “feeling” especial para exercê-las.

Assim, acredito que a atividade de Relações Públicas, é antes de uma profissão, uma arte. Sim, uma arte, que não pode ser desenvolvida por qualquer pessoa, ela deve ser sentida, e ouvida. Deve-se saber a hora e a maneira exata de realizar cada minúscula ação, que no final, fará toda a diferença. Arte essa, que começa pela graduação, mas que se desenvolve no momento em que a paixão pela atividade nasce, e após isso, só têm a crescer.

Exercer a atividade de Relações Públicas é uma grande responsabilidade, pois estará lidando com diversos públicos e clientes, e é preciso saber atender as necessidades de cada um, tendo em mente os seus objetivos principais e o seu perfil, desta forma é que digo, a paixão é o mais importante para chegar a grandes realizações profissionais.

No momento em que nos deparamos com essa paixão, começamos a notar em qualquer lugar, fatos relacionados à nossa futura profissão, e nos tornamos assim críticos, sempre pensando no que poderia ser melhorado ou ter sido feito de outra maneira. Como sempre diz nossa professora “Nunca mais assistiremos a um evento sossegados, sem observar”.

Acredito que a partir deste momento é que sabemos se estamos aptos ou não a continuarmos neste Fantástico mundo das Relações Públicas, se iremos ser bons profissionais e se iremos saber lidar com tudo o que a profissão nos exige. Mas uma coisa é certa, se houver paixão, haverá também dedicação, ousadia, e o principal, estar buscando sempre fazer a diferença. Janini Poncio.

[Meu comentário]

Cara Janini Poncio, considero este seu "post", desde que acompanho o grupo Relações Públicas do Facebook, como "the best", ou, pelo menos, entre os melhores. O aspecto subjetivo, de percepção de quem se aventura a esta área - que também amo de paixão - é tudo. Por isso, desde há muito tempo, em sala de aula, advogo que o "conflito" entre errepês e outros comunicólogos é algo muito fabricado, infelizmente, pelos próprios professores - aqueles que deviam mais tentar livrar a mente de seus estudantes de preconceitos e picuinhas do passado. 

Os pendores e inclinações ("drive") dos perfis de errepê, jornalista, publicitário, radialista, "film-makers" são completamente diferentes e em tese não deveria - nunca - haver qualquer "guerra por lugar" no mercado de trabalho. É claro que um ambiente deprimido economicamente e num país de empreendedores e executivos toscos, entender a sutileza do errepê bem formado, e seu diferencial, é coisa para poucos. E aí vem a "sobrinha talentosa", o "jornalista enfronhado", o "publicitário da moda", o "nerd muito maneiro" e "o designer dez!" para 'cuidar da imagem' e da comunicação de um sem número de empresas, causas, espetáculos que dá vergonha alheia de ler, de ouvir... coisas simplesmente "incurtíveis". 

Oswald de Andrade escreveu: "a massa ainda comerá do biscoito fino que eu fabrico". Este foi e continua sendo o meu norte como errepê. Grato por mais uma injeção do combustível "idealismo". Vou pedir ao webdesigner que cuida da página que edito na web (rrpp.com.br) que inclua o "fantasticomundorp" entre os links do site.
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domingo, 25 de novembro de 2012

Onde estão os 30 anos de 'royalties' da Capital Nacional do Petróleo?

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O DIA 26/11/2012 NÃO SERÁ O FIM DO MUNDO, mas os "líderes" fluminenses pensam que sim. E o pior é que querem convencer a população do estado do Rio – e a do Brasil todo – de que o Rio "vai acabar se a tia Dilma não vetar" pelo menos parcialmente o projeto aprovado na Câmara dos Deputados sobre a distribuição dos royalties do petróleo.

Não são poucos os equívocos propagados por essa gente. Que gente? Gente de todos os partidos: Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Lindberg Farias, Francisco Dornelles, Anthony Garotinho, Jorge Picciani, Marcelo Freixo...

Que querem? A título de rever uma "injustiça" com o estado do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de São Paulo – estados confrontados às reservas de petróleo do pré-sal –, querem que a presidente da República seja injusta com todos os demais estados da federação.

Pergunte aos irmãos de Minas Gerais: para onde vão que royalties?

Aos equívocos:

1) Justificar-se-ia algum barulho – nada dessa presepada de decretar feriado e bancar ônibus de servidores públicos, cabos eleitorais e apaniguados – pela manutenção dos contratos. Aquilo que já está contratado deve manter-se. O Brasil saiu da longa noite em que não oferecia segurança jurídica e amargou décadas de "risco-país" alto por conta disso. Menos estardalhaço separaria as duas coisas: o que já existe contratado e o pré-sal (que, por enquanto, só aparece em dois lugares: nos estudos geológicos e perfurações pré-operacionais da Petrobras e nas promessas de gastos dos oportunistas de todos os partidos).

2) Reza a Constituição Federal que a riqueza mineral do subsolo brasileiro é da União. Não é diferente com a plataforma continental. É óbvio – e já está previsto por leis e regulamentos infraconstitucionais – que os estados em que a lavra se dá (em terra ou no mar) devem ter compensações por danos ambientais. E só. De resto, o fruto do pré-sal deve ser repartido igualmente por todas as unidades da federação.

3) É absurdo que governos, quais governos, comecem a dizer o que "não vai mais acontecer" porque se perderá receita. Ora, pergunto: como "funcionava" o Rio antes do pré-sal? Como "funcionava" a Bahia antes de nos dar os primeiros poços de petróleo, na década de 1950? O que Minas ganhou com as riquezas de suas Gerais? A campanha mineira atual pelo pagamento de royalties responde: muito pouco. 

4) O Rio depende disso? A arrecadação do estado do Rio de Janeiro só cresce, há uma década. Fruto de "n" fatores e acontecimentos, a sangria de empresas parou e as cidades todas melhoraram – capital incluída, apesar do caos em que o carioca está metido por conta de outras promessas mirabolantes que preveem o fim do mundo para um pouco mais adiante: depois de 2014 ou depois de 2016... a resposta é não!

5) Os royalties do petróleo da Bacia de Campos vêm jorrando nos cofres públicos da capital e das cidades do interior do estado há três décadas. E o que temos lá? IDH ótimo? Modelos de gestão? Não. O que temos é mais rosinha, é mais garotinho, são praças de granito, monumentos de mau gosto e dinheiro roubado da população. Você viu no vídeo, aí em cima, o estado da rodoviária de Macaé – a autodenominada “Capital Nacional do Petróleo”. As imagens foram gravadas em 2012 – após 30 anos de royalties jorrando por lá, pois. A rodoviária – porta de entrada da cidade – mais parece um cortiço. Cadê o fruto dos royalties?

Que esses benditos royalties – todos – sejam destinados a educação; único investimento que não se transforma em chafarizes e palácios nababescos (se bem controlados, frise-se, porque se as vagas dos tribunais de contas continuarem a ser objeto de nepotismo como já aconteceu em vários estados do Brasil, tudo está perdido). E aí é melhor mudarmo-nos de vez. Não para um estado mais "aquinhoado" por royalties, mas para um país pelo menos um pouco mais sério.

OBS.: Nossos "representantes" fazem muito barulho por pouco e pela razão errada –  o orçamento do estado do Rio de Janeiro aprovado para 2013 é de 72 bilhões de reais. A perda dos royalties de um petróleo que ainda não jorrou uma gota (comercial e viável) sequer foi avaliada como sendo de 2 bilhões de reais, em 2013 (dados da Secretaria de Planejamento do Rio, publicados no jornal O Globo de 25/11/2012). Melhor, e certo, seria "brigar" em Brasília (e não na Cinelândia) pelo recolhimento do ICMS do petróleo em seu lugar de origem. Isto garantiria recursos da mesma ordem "de volta" ao Rio de Janeiro (maior produtor de petróleo do Brasil, com 80% do montante) e, por definição constitucional e lógica fiscal, não implicaria em qualquer "guerra fratricida" ou "ameaça à federação" como se pinta o quadro por aí para animar a claque amestrada.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Reflexões sobre vídeos virais.

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RP gosta mesmo é de festa...

Título provocativo... Curta duração... Politicamente incorreto (nem sempre). Produção tosca (mais ou menos). Graça, humor (será indispensável?). O que caracteriza um vídeo viral?

Para difundir o que os 4 Rs das Relações Públicas Plenas podem fazer por você, seu cliente ou por sua organização, produzi - com Samuel Oliveira - este... como dizer?... - videoclip, por onde passam - rápido, é claro - as 16 táticas que nós, relações-públicas, conhecemos muito bem, ao som de um hit de época, do "progressivo" grupo italiano Premiata Forneria Marconi: È festa!

O videoclip sugere visitar o site (www.rrpp.com.br), ler o livro ("A transparência é a alma do negócio") e ver o vídeo (sobre o composto das RP Plenas) com uma sucessão rápida de imagens relacionadas que transmitem, pontual e "telegraficamente", os tais 4 Rs: Reconhecimento, Relacionamento, Relevância e Reputação. Para cada um deles, um desdobramento em 4 táticas totaliza as 16 frentes de ação das Relações Públicas Plenas. A música de fundo reforça a brincadeira do título "RP gosta mesmo é de festa..." e celebra os meus 30 anos de Relações Públicas, completados em 2012.

Perdi a conta de quantas pessoas já entrevistei nos últimos dezoito meses - período de "gestação" do livro, do website, do vídeo, e da própria campanha - querendo saber o seguinte: - um vídeo "é" viral ou "se torna" viral?

A grande maioria das respostas - que vão do premiado publicitário Alvaro Magalhães, meu amigo, ao porteiro do meu prédio, que fica o dia inteiro na internet - aponta para a segunda possibilidade, ou seja; um vídeo "se torna" viral. E quase sempre é um vídeo curto e tosco, justamente "com cara" de que não foi feito para "bombar"... mas acaba "bombando". Se for engraçado - com jeito de "videocassetada", melhor ainda! O importante é que agrade e motive as pessoas a difundi-lo em suas redes sociais. É a minha pretensão aqui e agora, sem qualquer garantia de um resultado "viral".

Mas alguns autonominados "gênios da propaganda" insistem em dizer: - produzimos este vídeo já sabendo que se tornaria um viral. E agora? O que você acha? Dê a sua opinião. Estou testando a teoria dos spoofs e dos "virais".

Evolução e falta de tempo: quando eu cursava, em Relações Públicas, a disciplina "recursos áudio-visuais" (1980), um vídeo institucional ideal tinha 20 minutos de duração. Quando concluí o mestrado em Ciência da Informação (1990), um vídeo institucional já não podia durar mais de 7 minutos. E quando terminei o doutorado em Marketing Cultural (2000), a duração de um vídeo institucional - então chamado de infomercial - estava na casa dos 3 minutos. (O anúncio publicitário padrão para TV, no entanto, o popular "comercial", em todas essas décadas - e até hoje - sempre foi um "filmete" de 30 segundos).

Um dos prefaciadores do livro, Renato Möller, escreveu: "Fruto de mais de 30 anos de experiência obtida como consultor empresarial e professor, o modelo dos 4 Rs proposto por Manoel Marcondes Neto representa um sopro de renovação teórica no campo das Relações Públicas, com vocação para propagar-se como um 'viral', tanto nos círculos universitários quanto no mundo das organizações".

Aceitei a provocação do colega errepê e coloquei doida a equipe do Cannal Z, uma experimentada produtora de vídeos corporativos - nicho diferente daquele das produtoras de historietas publicitárias em 30 segundos. Conseguimos somente este "feito": não um vídeo de 30, não um vídeo de 40, mas um "longa" de 50 segundos. Os publicitários e mídias que nos perdoem. E os amigos? Que curtam!
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Leitura crítica dos meios nos cursos de Comunicação já!

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Quando menciono a necessidade e a urgência de uma "leitura crítica da mídia" em aulas, palestras, seminários, quermesses, aniversários de criança, comícios, despedidas de solteiro e onde mais puder falar, quero referir-me à especial condição que nós, errepês, temos de, sendo insiders (e, ainda por cima, holísticos) desse admirável mundo da comunicação, analisar suas práticas com uma visão "de conjunto", fenomenológica (*) - que não pode ser feita por quem as opera, na maioria das vezes; jornalistas e publicitários.

Tal viés específico e especial da nossa formação há de se impor pela qualidade de nossas análises e sua contribuição para a melhor decisão daqueles que nos contratam e ouvem, independente de qualquer outro requisito "cartorial". Neste aspecto - eminentemente qualitativo - podemos ser imbatíveis. Não se pode esperar dos veículos, das agências e dos "anunciantes" (organizações em geral - públicas, privadas e do terceiro setor) questionar as péssimas - ou, pelo menos, duvidosas - características do que a mídia veicula atualmente.

É mesmo preciso não estar no mainstream do jornalismo e da propaganda para enxergar os vícios. “Alguém descobriu a água – e não foi o peixe” (Marshall McLuhan). Conclamo os grupos de estudo, nas faculdades e fora delas, que assistam juntos o Jornal Nacional e o Roda Viva; leiam juntos a Folha de S. Paulo e a Veja; ouçam juntos a Band News e "A Voz do Brasil"; "naveguem" juntos o UOL Notícias e o Yahoo News e discutam por uma hora o que viram, ouviram, leram e surfaram "na web". Vai dar muito o que falar, pensar e refletir, ainda mais em tempos de debate, no Congresso Nacional, de marcos regulatórios da mídia, da telefonia e da internet.

(*) Sim, visão 'de conjunto', fenomenológica... ou seja, a 'visão lógica' ganha mais importância. 'O fenômeno é quando e porque é pensado' (Edmund Husserl). Na aldeia global, na qual o meio é a mensagem (Mc Luhan, de novo), ganha a lógica dos 'media', organizacionais e jornalísticos (e os jornalísticos, hoje, atendem mais aos interesses corporativos (Ben Bagdikian). 
O errepê pode oferecer a leitura alternativa ao discurso homogeneizante e avassalador do marketing e da política (e esta, hoje, é mais marketing político-eleitoral - Cid Pacheco, 'Voto é marketing, o resto é política' - do que ciência política, ciência social - como constata Porto Simões, aliás). 
Resta assumir essa possibilidade e a decorrente responsabilidade (Roberto Fonseca Vieira).
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

30 anos de formado, uma convicção e uma satisfação.

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O primeiro ato da carreira de um jornalista-em-assessoria deve ser o de reconhecimento de que está exercendo outra profissão.
No mundo civilizado, o conflito de interesses entre o papel do jornalista (aquele que atua profissionalmente na imprensa, em prol do público leitor, espectador, ouvinte ou internauta) e o papel de relações-públicas (aquele que atua no interesse de seu cliente-assessorado) é
 algo caracterizado e normatizado.
Ou se exerce uma atividade ou se exerce a outra.

No presente, constato entre colegas formados em Jornalismo e que como eu também são professores, há uma aceitação deste fato como não havia antes, no país. Na UGF, quando diretor do DepCom (2001-2004), vários assessores - a convite da jornalista e colega docente Terezinha Santos - em palestras - admitiram "sou jornalista, mas o trabalho que realizo hoje é de relações-públicas".
Vivi para ouvir isto.

Em meus tempos de faculdade (1978-1981) era algo simplesmente impossível. Sinal dos tempos e do amadurecimento de todos nós, e do Brasil, é o que baseia a seguinte proposta que venho pregando para sanar de vez qualquer nuvem cinzenta que ainda paire sobre a questão do trabalho profissional na área das relações públicas:

- que os jornalistas-em-assessoria registrem suas pessoas jurídicas no Conrerp, credenciando-se ao exercício legal da atividade, podendo inclusive participar de licitações públicas para este serviço (desde 2010 separadas das licitações de propaganda), bastando para isso apresentar um colega errepê como responsável-técnico, exigência de todas as profissões regulamentadas.

Isto não desmobiliza, contudo, o nosso apoio à volta da exigência de diploma de nível superior para o exercício do Jornalismo e, também, à regulamentação da profissão de jornalista, com a consequente criação de seus conselhos federal e regionais - algo que só reforçaria a área e o compromisso de seus profissionais para com a cidadania e a sociedade, pois que conselhos existem para protegê-la de maus profissionais e de más práticas, numa ação complementar à de sindicatos e associações - aos quais cumpre a proteção do trabalhador.
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O problema dos ignorantes é que ignoram o estrago que fazem.

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Com uma frase mais ou menos assim, como o título desse 'post', o diretor do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, do Rio de Janeiro, (Liszt Vieira) reagiu ao discurso do deputado federal Edson Santos (PT/RJ), que declarou que "não precisamos de mais parques"...

Rasgando a fantasia.

Já que o nobre deputado rasgou a própria em público, colocando-se pessoalmente - residiu na área invadida do parque (que algum dia foi preciso) e tem familiares que ainda residem - contra a remoção dos invasores do Jardim Botânico, sinto-me no direito de também colocar a minha solução pessoal para o imbloglio "fundiário".

O Rei quis. Que se faça a vontade do Rei.

D. João VI - o "maior brasileiro de todos os tempos", em minha modesta opinião, fundou o parque (na época Jardim de Aclimação - para a aclimatação das espécies vegetais trazidas pelos navegadores portugueses de todas as partes do mundo conhecido) - em 1808. É, pois, o JBRJ, uma das mais antigas instituições neste país em que, infelizmente, verdadeiras instituições ainda são raras.

Cem anos depois, ou pouco mais, algum gênio dos recursos humanos - e falo sério - decidiu que os funcionários deveriam residir no entorno do horto com o qual lidavam diariamente. Muito antes do vale-transporte, ou do salário mínimo (invenções republicanas, mas escravagistas), esses servidores teriam uma facilidade na vida, o que de quebra também deve ter reduzido o absenteísmo, numa pérola de política social que também reverte para a organização.

620 residências estão lá, hoje, nesse entorno. Todos a título daquela memória de "moradias para funcionários do parque". Tem puxadinhos, tem puxadões. Quantos trabalham no parque? Não sei. Talvez nem um.

Solução a vista.

Minha proposta, "administrativa": que não seja demolida uma edificação sequer! (Vou "comprar" a ira dos amigos do Jardim Botânico). E que se destine-as, todas, ao longo dos vínculos empregatícios, bem entendido, aos atuais jardineiros, seguranças, bilheteiros, vigias e ajudantes do parque - aquelas pessoas que realmente precisam e que hoje madrugam para vir de Paciência, Mesquita, Queimados, Belfort Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Gonçalo para cuidar desse patrimônio da humanidade que o nobre deputado prefere achar que é só seu.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

De graça, nem injeção na testa...


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Regis Tadeu, escriba do Yahoo Notícias fez hoje um comentário que incorporo integralmente. Leia-o neste LINK. 

Fiz, solidário, o seguinte comentário:

Caríssimo! Você escreveu um clássico da crônica, ou da crítica (há especialistas em classificar 'posts'). E um clássico que só poderia ter sido gerado no Brasil-il-il. O que você passou é fruto de algumas 'obras', entre elas, a separação entre Cultura e Educação, administrativamente, de alto a baixo, no país. A teimosa sigla MEC ainda tenta nos mostrar o erro, mas ninguém vê. 

A coisa também vem 'de berço'. Imagine uma família reunida num barraco (isto ainda existe em São Paulo; aqui no Rio é tudo alvenaria com três pavimentos) de 1,5 m X 2,0 m, com um telão de 42 polegadas, assistindo Avenida Brasil com 'su-round sound'. Não conheço melhor modo de imprimir algo na mente - e não esqueça da propaganda 'varejão' dos intervalos. 

Mas nem tudo está perdido, no entanto, para você e eu que, como nosferatus, vagamos à procura de civis civilizados. Estive em Sampa no último fim de semana e fui a um programa 'grátis' (a Bienal) e a outro de 6 reais (Museu do Futebol). 

O primeiro estava mais ou menos de público e havia vagas na porta do pavilhão (por 3 reais). Não dei de cara com as gangues de New York, ou mesmo as de São Paulo por lá... no Pacaembu, parei 'na porta' (paguei 10 reais pelo talão de Zona Azul), cheguei à bilheteria só (não havia mais ninguém por lá no domingo). Passeei tranquilo, ouvi tudo, assisti tudo, vi o 3-D com mais 4 pessoas, dei chute a gol (a 59 km por hora), tomei um café ouvindo samba, tentei comprar um livro, guia ou catálogo do museu (não existe!) e acabei com uma camisa do meu querido Santos nas mãos... feliz e amando a minha cidade - será que deu tudo certo porque dois milhões de "maloqueiros-com-grana-no-banco" foram para a praia? 

Decidi que vou a Sampa, doravante, em feriadões. Assim dá. Chego à conclusão de que o problema é gente. Gente demais. Para educar, para consumir, para tomar Metrô, para dirigir por aí. 'O inferno são os outros', disse Jean Paul Sartre - que viveu numa bem menos cheia Paris e já achava isto. Ainda vale.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Coisas que, simplesmente, não existem.

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No Brasil há coisas que teimam em desfilar na nossa frente, com a maior desfaçatez, mesmo não existindo...

Vamos a elas

Moto-táxi: não existe isso. Pegar carona em moto, pagando pelo serviço, por lei não pode. Não existe. Outra coisa parecida que também não deve existir "legalmente": "moto-gás" - entrega de gás com motos guiadas por equilibristas, verdadeiros homens-bomba.

Outra inexistência: cheque pré-datado. A lei é clara: não existe esse negócio de escrever no cheque "pague-se por este, ao portador, a quantia de..." com data que não seja a de hoje. Cheque é um instrumento financeiro para pagamento à vista - como se fosse dinheiro. Está na lei. Portanto, quando te oferecerem aquela geladeira nova a perder de vista, com  "n cheques-pré", não aceite. Você não poderá emiti-los, pois eles não existem.

Mais outra

E tem um negócio de que se fala muito, mas de que não existe não há dúvida. Trata-se do pagamento de "jabaculê" às rádios e TVs para executar essa ou aquela música. Onde já se viu tal coisa? Absolutamente, o tal de "jabá" não existe. E ponto final.

Há tempos venho observando essas coisas que não existem e na última semana, numa turma de Ciências Contábeis, descobri mais uma: balancetes fidedignos de empresas simples, de responsabilidade limitada... parece que são todos "chutados", já que não existe qualquer legislação que os regule. Ou seja, que regule a ponto de que os números expostos sejam espelho das operações (razão de existir dos balanços financeiros empresariais).

E assim...

De inexistência em inexistência, nos tornamos este país do "me engana que eu gosto".
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domingo, 21 de outubro de 2012

Que é a sua avenida Brasil ?


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Nesta semana, um dos programas da Globo que homenagearam o carro-chefe de audiência da casa exibiu uma reportagem sobre as avenidas chamadas Brasil. Dentre as centenas, ou milhares, de logradouros espalhados pelo país inteiro, foram selecionados quatro, todos interessantíssimos. No extremo sul do país, no Arroio Chuí, a avenida escolhida não fica propriamente no país, é preciso atravessar a fronteira com o Uruguai para conhecê-la, logo ali do outro lado. É uma avenida simples, cujo toque pitoresco é mesmo sua localização.

Já a avenida Brasil que fica no outro extremo, numa pequeníssima cidade a 60 km de Manaus, tem singelos 200 metros e quase nenhum movimento. Poucas pessoas na rua, nenhum carro nas imagens – um horizonte de paz e tranquilidade. A equipe de reportagem acompanhou o trabalho de um carteiro que, evidentemente, conhece cada morador pelo nome e, em menos de cinco minutos, chega ao final daquele CEP. Um bom exemplo dos 90 por cento das cidades que formam o Brasil.

Em São Paulo, capital, a grandeza da sua avenida Brasil está nas margens. Com dois quilômetros de extensão, a via é ocupada por casarões de gente muito abastada, que se dividem entre moradores históricos (seguidas gerações de famílias que criaram ali seus filhos bem nascidos), que preservam o aspecto tradicional, e construções ultramodernas – verdadeiras obras de arte da arquitetura e do design – ex-residências quatrocentonas que se renderam ao business. Na avenida, propriamente, muito trânsito. E pouca gente nas calçadas. A avenida é lugar de passagem, a vida pulsa intramuros.

A quarta avenida selecionada não poderia ser outra, a boa e velha avenida Brasil do Rio de Janeiro, maior via do país, com 58 quilômetros de extensão. A artéria é decisiva para o humor da cidade. Quando tem encrenca ali, provavelmente haverá outras em muitos lugares. Desde o gasômetro, lugar de sanha urbana febril, até onde termina, no número 58.000, com idas e vindas de roceiros e charretes, de tudo há. Na reportagem, o que se via era gente trabalhando. Trabalhando, inclusive entre os carros, fazendo do engarrafamento um escritório a céu aberto para vendedores ambulantes que se misturam aos passantes tentando oferecer algo que torne menos penoso a sua travessia; uma água, um pacote de biscoito Globo (– sal ou doce, dotô?), quem sabe um sorriso simpático. A avenida carioca também tem seus arroubos de grandeza. 

O Observatório de Favelas da Maré, ONG de uma das maiores favelas da cidade, na margem direita da Brasil, sonhou e empreende a transformação de seus galpões abandonados em espaços de arte. O deles, o BELA MARÉ, originado numa proposta de exposição Bienal de artistas da região, já está em funcionamento, ao lado de outros tantos que vêm sofrendo intervenções de retrofit e se transformando numa inusitada fonte de surpresas em meio ao “purgatório da beleza e do caos”, como rapeia Fernanda Abreu.

O que se viu, enfim? Um retrato da diversidade dessa imensa avenida por onde desfilamos o jeito de ser brasileiro. O tema do programa não foi coincidência. Entrávamos na última semana da única avenida Brasil que não é real – mas a da novela.

E a avenida Brasil – a conceitual, a do imaginário popular brasileiro – transformou-se em quê? Numa “obra” que é a antítese do que aquele sonho de BELA (falo por mim) significava. Tornou-se um esgoto de ideias, um valão de emoções torpes e baratas, numa generalização horrorosa do que seja o Brasil, ou os brasileiros, ou os bairros, as comunidades, de norte a sul.

Juntou-se, como na BELA, um grupo de criadores – os “melhores da raça” – mas para usar de todo o seu talento para escrever, vestir, teatralizar, ambientar e vender uma coisa que nada tem de bela, de inspiradora de espíritos, de “cultural” ou mesmo de mero entretenimento a que um cidadão queira se lançar após um dia de trabalho estafante nas verdadeiras avenidas Brasil do país todo – com seu trânsito feroz, sua arquitetura pavorosa, sua gestão caótica, seus saldos de mortos, sua atmosfera podre.

Diariamente, por meses, como numa cuidadosa lavagem cerebral, digna do Big Brother de Orwell, quando passava por ambientes variados, começando pela própria – pasmo – casa fraterna, indo por consultórios e restaurantes no horário de exibição desta novela – “mais um campeão de audiência” – o que eu sentia no ar? Susto, medo, raiva, revolta, esgares, vozes alteradas, negatividade, baixo astral, provocação aos mais baixos instintos humanos; uma verossimilhança vilã de cortiço... tão competente que não perde em nada para o pior de Hollywood: da Noiva de Chuck ao Desejo de Matar, do Exorcista "n" ao Massacre da Serra Elétrica. 

A mim, suas cenas, seus diálogos, embrulhavam-me o estomago, assolavam-me de vergonha alheia, desagradavam-me a alma e me afastavam como me afasto sempre da cornucópia de horas diárias de violência nos inúmeros canais de TV, tão “customizados” quanto uma caixa de bombons mofados. O agravante é que este lixão humano foi ao ar na TV aberta, deseducando – sem fronteira alguma – as crianças pelo país afora, empobrecendo as relações, envenenando a juventude desprotegida (e não me venha com aquela lição de merval de que os 'pais mudam de canal', pois não há pais presentes nas malocas brasileiras, uma vez que estão sempre correndo atrás do sustento, até tarde da noite, todos os dias da semana) e mal-educada por professores desprovidos culturalmente  pais tão desprotegidos quanto , neste Brasil de mensalões. Alias, mensalão entre telenovelas dá um bom sanduíche triplo somado à idem pobre comédia de preconceitos edulcorados das ‘empreguetes’, versão infantil da novela das 9, que só faz reforçar o endurecimento espiritual do horário dito nobre. 

E como diria aquela conhecida voz de além-túmulo: - Boa Noite! 

Nesta avenida da telinha, que já vai tarde (até o “Vale a Pena Ver de Novo” de 2015, claro), está tudo aquilo que os idealizadores daquela BELA não desejavam mais ver como principal mensagem associada à avenida em torno da qual nasceram, brincaram, cresceram, criaram seus filhos e sonharam um dia ver mudada, bonita, viável, vivificável. Não só na telinha da TV, mas num belo dia a cada dois anos de suas, nossas, duras vidas. Plena de beleza, de fruição, de congraçamento, de poético e de sublime – sentimentos que esta telenovela fez questão de desconstruir, um a um, com tamanho padrão de qualidade e desservindo, como nunca antes, à alma deste país. Durma-se com um barulho desses...

Colaborou: Marcelo Ficher.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quantos campos de futebol ainda restam?

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Desde que me lembro, ouço, leio e vejo - más - notícias sobre a "nossa" floresta amazônica. O curioso é que, assim como feito esta semana, anuncia-se com grande orgulho e pompa que o desmatamento diminuiu "n" por cento em relação ao ano anterior. Ou seja, se no ano passado a área desmatada foi equivalente a 1.000 campos de futebol, uma redução de 25% no desmatamento - graças à 'ação firme, integrada e positiva da polícia, de governos muito responsáveis, prefeitos diligentes e ONGs maravilhosas' - tivemos um desmate de "apenas" mais 750 campos de futebol! Que beleza! Quantos campos de futebol será que ainda temos 'em estoque'. Será que não dá para comercializá-los em troca de créditos de carbono? Uma espécie de Kaká Trade ou um Neymarketing...

No país do futebol.

Apesar de perna-de-pau, também já joguei bola. E para se jogar bola é preciso um descampado. Nos terrenos baldios da minha querida Vila Olímpia da infância, os "campinhos" eram pedaços "carecas" de terra, ou seja, chão batido, poeirento, daqueles que fazem a gente ralar os joelhos nas quedas. Com tantos "campos de futebol" providenciados pelos ruralistas, boiadeiros, especuladores, grileiros, fazendeiros, invasores, chineses 'da Barra' e afins, não há dúvida de que voltaremos ao primeiro lugar no ranking da FIFA... e no último, em termos de responsabilidade ambiental. Triste trópico.

Aqui um link para a discussão que sobrou mesmo depois dos vetos presidenciais dados ao texto do novo Código Florestal Brasileiro, em 17/10/2012: assista agora! 
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domingo, 14 de outubro de 2012

Repercussão - 4 Rs - USC.

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Em breve.
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sábado, 13 de outubro de 2012

DIRETO: do notebook do Klaus.

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E mais não é preciso dizer sobre... Está tudo aí. Grato Klaus!
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Repercussão - 4 Rs - UNESP - campus Bauru.

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Tudo está lá, no RPitacos. Acesse por este link.


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terça-feira, 9 de outubro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

HOJE é dia Interamericano de RRPP! Comemoremos!


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PUBLICITY: este é o nome do jogo!
Divulgação é atividade que se confunde com relações públicas em sua função precípua - dar publicidade a fatos que envolvem pessoas públicas e organizações. 
É o sentido que o Direito dá ao termo “publicidade”. Todo ato legal só ganha concretude quando publicado. Uma tese só é válida se defendida publicamente.
Mais vale o que dizem sobre você do que aquilo que você diz de si mesmo!
Em inglês, publicity, a divulgação se obtém, fundamentalmente, a partir daquilo que é “dito sobre você” na mídia, em oposição à propaganda institucional, que é aquilo que se dia “de si mesmo” – algo que, muito compreensivelmente, vem acompanhado de desconfiança por parte do público. É sabido que o efeito zapping tem hora certa para acontecer – justamente o momento dos intervalos comerciais... quando a propaganda é veiculada. 
Free publicity... ou mídia espontânea... muito prazer!
Divulgação é “free publicity”, na língua inglesa dos PRs (public relations ou publicists). O que se traduz, no Brasil, pelo termo “mídia espontânea”, apesar dos protestos dos assessores de imprensa (errepês e jornalistas), que acham que o termo não traduz bem o esforço que se empreende para obter divulgação junto à imprensa e protestam: - espontânea nada; dá um trabalho danado!
A assessoria de imprensa é instrumento clássico de comunicação institucional. É a obtenção de espaços prestigiados no noticiário – o que se obtém fazendo com que as “novas” da organização sejam de real interesse para o(s) público(s) leitores, espectadores, ouvintes ou internautas do(s) veículo(s) em que se quer aparecer. E foi, inclusive, a razão do surgimento das modernas relações públicas, em 1906, com Ivy Lee. O pioneiro estadunidense, jornalista atuante, descobriu o nicho da divulgação (não-publicitária, paga) de atuação junto às empresas – e, dado importante, deixou a imprensa - no primeiro mundo é imoral o acúmulo de funções. Aqui é imoral e ilegal. Num tempo em que todas as empresas já faziam anúncios pagos, elaborou um serviço de informação ao público e mencionava em seu próprio material institucional: “não fazemos jornalismo; não fazemos propaganda”. Seu objetivo era a “divulgação de matérias no interesses de clientes”. 

Há casos exemplares de bom uso das relações com a imprensa para a obtenção de boa presença institucional: Bradesco, Natura, Vale (principalmente no seu período estatal, quando não fazia, como hoje, publicidade comercial), Embraer, Volkswagen, Nestlé e Votorantim.

(Matéria originalmente publicada no blog RPitacos em 06/06/2012)
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Viral... e daí?


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As lendas urbanas – e as nem tão urbanas assim – dão conta de que “potências estrangeiras”, ou “grupos terroristas” estão sempre desenvolvendo novos vírus letais, as tão temidas armas de destruição em massa a partir de experimentos químicos e biológicos. Não faltam também teorias conspiratórias a respeito da ganância do cartel farmacêutico transnacional em busca de doenças que o enriqueçam na venda de tratamento e cura – um belo exemplo desse tipo de narrativa pode ser visto no filme “O jardineiro fiel”, de Fernando Meirelles.

Mas não é nada disso...

No dia 12 de agosto passado, a partir da minha curiosidade acerca de mensagens, vídeos e campanhas ditas “virais”, postei, via 100 e-mails pessoais, link para um “videoclip” (http://www.youtube.com/watch?v=pdo5wW2TE0s&feature=plcp) promocional de meu último livro, associado a website e vídeos explicativos produzidos em comemoração aos meus 30 anos de carreira em Relações Públicas.

O livro “A transparência é a alma do negócio: o que os 4 Rs das Relações Públicas podem fazer por você” fora lançado em 27 de março (http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2012/03/nasceu.html), na internet, com uma estratégia sem eventos “físicos” (o evento na UERJ ocorrido em 17 de abril não estava planejado), os vídeos estavam “no ar” e o website especialmente desenvolvido (www.rrpp.com.br) também.

Tudo corria bem, mas uma coisa ainda intrigava-me. Mesmo com toda uma campanha específica levada a cabo pela Mediterrânea Propaganda e Marketing Integrado, faltava uma tentativa mais “massiva”, se é que a gente pode falar assim.

Pois bem, o que se conseguiu?

No último dia 12 de setembro o “videoclip” fora acessado por 372 internautas. Esse foi o resultado da ação. As considerações sobre o quê levou-me à ação estão lá, descritas no próprio ‘post’ do vídeo no canal de YouTube “marcondesRRPP”.

Valeu mais este aprendizado.
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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma história em 50 segundos. Ou "um vídeo na web 'é' viral ou 'se torna' viral?".


RP gosta mesmo é de festa...

Título provocativo... Curta duração... Politicamente incorreto (nem sempre). Produção tosca (mais ou menos). Graça, humor (será indispensável?). O que caracteriza um vídeo viral?

Para difundir o que os 4 Rs das Relações Públicas Plenas podem fazer por você, seu cliente ou por sua organização, produzi – com Samuel Oliveira – este... como dizer?... – videoclip, por onde passam – rápido, claro – as 16 táticas que nós, relações-públicas, conhecemos muito bem, ao som de um "hit" de época, do "progressivo" grupo italiano Premiata Forneria Marconi: È festa!

O videoclip sugere visitar o website (www.rrpp.com.br), ler o livro ("A transparência é a alma do negócio") e ver o vídeo (sobre o composto das RP Plenas) com uma sucessão rápida de imagens relacionadas que transmitem, pontual e "telegraficamente", os tais 4 Rs – Reconhecimento, Relacionamento, Relevância e Reputação. Para cada um deles, um desdobramento em 4 táticas totaliza as 16 frentes de ação das Relações Públicas Plenas. A música de fundo, "È Festa", do grupo italiano PFM, reforça a brincadeira do título "RP gosta mesmo é de festa..." e celebra os meus 30 anos de Relações Públicas, completados em 2012.

Perdi a conta de quantas pessoas entrevistei nos últimos dezoito meses – período de "gestação" do livro, do website, do vídeo, e da própria campanha – querendo saber o seguinte: "Um vídeo 'é' viral ou 'se torna' viral"?

A grande maioria das respostas – que vão do premiado publicitário Alvaro Magalhães, meu amigo, ao porteiro do meu prédio, que fica o dia inteiro na internet – aponta para a segunda possibilidade, ou seja; um vídeo 'se torna' viral. E quase sempre é um vídeo curto e tosco, justamente "com cara" de que não foi feito para "bombar"... mas acaba "bombando". Se for engraçado – com jeito de "videocassetada", melhor ainda! O importante é que agrade e motive as pessoas a difundi-lo em suas redes sociais. É a minha pretensão aqui e agora, com o LINK abaixo, sem qualquer garantia de um resultado "viral".

Mas alguns autonominados "gênios da propaganda" insistem em dizer: - produzimos este vídeo já sabendo que se tornaria um viral. E agora? O que você acha? Dê a sua opinião. Estou testando a teoria dos "spoofs" e dos "virais".

Evolução e falta de tempo: quando eu cursava, em Relações Públicas, a disciplina "recursos áudio-visuais" (1980), um vídeo institucional ideal tinha 20 minutos de duração. Quando concluí o mestrado em Ciência da Informação (1990), um vídeo institucional já não podia durar mais de 7 minutos. E quando terminei o doutorado em Marketing Cultural (2000), a duração de um vídeo institucional – então chamado de "infomercial" – estava na casa dos 3 minutos. (O anúncio publicitário padrão para TV, no entanto, o popular "comercial", em todas essas décadas – e até hoje – sempre foi um "filmete" de 30 segundos).

Um dos prefaciadores do livro, Renato Möller, escreveu: "Fruto de mais de 30 anos de experiência obtida como consultor empresarial e professor, o modelo dos 4 Rs proposto por Manoel Marcondes Neto representa um sopro de renovação teórica no campo das Relações Públicas, com vocação para propagar-se como um 'viral', tanto nos círculos universitários quanto no mundo das organizações".

Aceitei a provocação do colega errepê e coloquei doida a equipe do Cannal Z, uma experimentada produtora de vídeos corporativos – nicho diferente daquele das produtoras de historietas publicitárias em 30 segundos. Conseguimos somente este "feito": não um vídeo de 30, não um vídeo de 40, mas um "longa" de 50 segundos. Os publicitários e mídias que nos perdoem. E os amigos? Que curtam!

Referência do tema musical: "O hit 'È festa' – música de Franco Mussida & Mauro Pagani – é a terceira faixa do LP 'Storia de um minuto', primeiro álbum de estúdio do grupo, lançado em 1972 pelo selo Numero Uno (ZSLN 55055, Fonorama C. A. R., Milão, Itália) e produzido por Claudio Fabi. Excerto: concerto ao vivo (Tóquio, 2002), no Club Città Kawasaki. Fonte: YouTube".

LINK: http://www.youtube.com/watch?v=pdo5wW2TE0s

Grande abraço, Manoel Marcondes Neto.

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