sexta-feira, 31 de outubro de 2014

OCI promove documentário de Manoel Marcondes Neto sobre os 100 anos de RP no Brasil.


OCI promove documentário sobre os 100 anos de RP no Brasil

Se você quer agendar exibição seguida de debate, entre em contato com a gente por e-mail: 

"observatoriodacomunicacao@gmail.com". 
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sobre instituições.

Para aqueles que já ultrapassaram a dificuldade - real - de compreender o que é a tal da comunicação institucional, principal valor, disciplina e sustentáculo da profissão de relações-públicas no Brasil.

INSTITUIÇÕES - repito isto há 29 anos, em aulas, palestras, bancas examinadoras, livros e vídeos - não são paredes de tijolo e massa (como as da Catedral da Sé, as da UFRJ e as da USP), ou de concreto, aço e vidro (como as da Catedral de São Sebastião ou as da UERJ). Instituições não são plantas industriais (como as da CSN e Nestlé), frotas de aviões ou caminhões (como as da Gol e da Itapemirim), ou redes de lojas (como a Casas Bahia ou Ponto Frio). Instituições não são nem sistemas de "big data" (tais como Google e Facebook).

MARCAS, como as mencionadas entre os parênteses acima, DESIGNAM organizações - que podem vir a tornar-se instituições (cito como fonte, aqui, a grande obra "Feitas para durar", de Collins & Porras, 1994). Designam, sim, organizações, mas também NÃO O SÃO, igualmente, os seus prédios, suas fábricas e seus equipamentos.

ORGANIZAÇÕES (e instituições), são, sim, PESSOAS reunidas sob um objetivo comum. Esta é a primeira lição dos cursos de Administração. E por isso a "gestão de pessoas" tornou-se, HOJE, "a" disciplina-chave da área. Trata-se de atrair e reter talentos, pois tais PESSOAS são também o centro de outro termo muito usado na atualidade - a INOVAÇÃO. A permanência das pessoas e, também, de visão e valores (a missão costuma mudar mais frequentemente) depende unicamente de GENTE.

SE A EMPRESA Chocolates Kopenhagen existe desde 1928, é porque pessoas assim o quiseram. Pedro Amadeu Dos Passos fundadores aos atuais proprietários da marca, passando por gestores, "gourmets" e funcionários - todos foram - e são - responsáveis por reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação dos produtos e serviços da empresa nestes últimos 86 anos. E é de se supor que a solidez buscada e mantida por todos que compõem a organização possa levar a Kopenhagen a mais 86 anos de trajetória. Isto faz a diferença. A ponto de podermos afirmar que a Chocolates Kopenhagen é das poucas organizações genuinamente brasileiras que - não sendo do Estado - alcançaram o patamar de instituições.

MAS ESTA É OUTRA HISTÓRIA... que Jim Collins manteve-se contando em seus - também ótimos - "Feitas para Vencer, 1998" e "Vencedoras por opção, 2012". A questão, aqui e agora, relaciona-se com a minha profissão e área de formação, as Relações Públicas.

RECONHECIDAS em todo o mundo por constituírem práticas "de ponta" em TODAS as esferas (pública, privada e do terceiro setor), no Brasil, "por opção" (citando Collins), as RRPP foram objeto de uma aglutinação de idealistas (ABRP, 1954) que deu tão certo que guindou a instituição, aos seus - apenas - 12 anos de vida, a constituir-se base para a criação do Sistema Conferp-Conrerp, dando-nos a condição de profissão regulamentada - algo que muitos querem mas que, sem "corpus" institucionais (pessoas aglutinadas, interessadas, apaixonadas, dedicadas, obstinadas) claudicam no Congresso Nacional há anos. Algumas, há décadas ("lobbying", por exemplo, vaga penando desde 1978).

FUI APRESENTADO ontem, aqui na 1a. Região (estado do Rio de Janeiro), à estratégia estabelecida pelo Conferp para tratar da famigerada "flexibilização da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP". Respeito - porque elegi, regional e nacionalmente - aqueles que estão com o "pulso" da área na ponta dos dedos, mas discordo diametralmente do encaminhamento proposto - o qual coloca em alto risco a manutenção da profissão regulamentada num momento em que o próprio MEC retira as amarras que inspiraram a Carta de Atibaia, tornando-a, ela sim, ultrapassada.

LEI É PARA SER CUMPRIDA. E por GENTE que vê valor nisso. Lei não precisa ser "nova", como ouvi na reunião de ontem. Nesse caso, "antiguidade" é valor; a constituição dos Estados Unidos tem mais de 200 anos e funciona. A do Reino Unido, então, tem o dobro dessa idade - funcionando melhor ainda que a estadunidense. E não é pecha ter sido criada na ditadura - como também ouvi. Na ditadura foi criada a maioria das profissões regulamentadas do país, inclusive as de jornalista, publicitário e administrador. Nossa origem é, sim, a ABRP!

NÓS, ERREPÊS, precisamos nos posicionar URGENTEMENTE quanto a isto. A omissão - marca maior de nossa categoria (o que tem levado a chapas únicas nas eleições para Conselhos Regionais e Federal, sempre criadas com muita dificuldade, em todo o Brasil) é a fonte desse estado de coisas - e justamente no ano em que se completam 100 anos da atividade!

AS FORÇAS LEGÍTIMAS que vêm, não do topo, mas da base do edifício da nossa área - cada vez mais reconhecida como "de elite" no contexto organizacional - precisam posicionar-se e trabalhar para evitar um fim melancólico, por inanição, ou desuso - para citar Lamarck (como, aliás, citei numa das audiências públicas - cujo vídeo está a seguir). Seria mais digno "plebiscitar" os registrados, censitariamente, pela manutenção ou extinção da profissão regulamentada... sobretudo se é verdade para a maioria o que também ouvi, ontem - que os registrados o são SOMENTE por que é obrigatório.

MINHA POSIÇÃO INDIVIDUAL - e "institucional", no OCI (do "alto" de seus 21 meses de vida) é pela manutenção de tudo como está e por assumirem os Conselhos Regionais e Federais PESSOAS realmente interessadas em trabalhar por aquilo que são e que se esforçaram para ser, relações-públicas, e não por interesses de terceiros.
MEMÓRIA. Terça-feira, 22 de julho de 2014. Do RPitacos
Meu posicionamento público sobre a chamada "abertura" da profissão de Relações Públicas
Por Manoel Marcondes Neto

Em 17 de julho último, pus o ponto final em um capítulo preparado especialmente para um livro de colegas relações-públicas, a quem muito agradeço pelo convívio e convite. Coube-me contar a pesquisa - ainda inédita - entre 100 executivos NÃO relações-públicas (por formação ou exercício), em SP, RJ e MG, a qual encerrei em 2012 e que gerou o "composto dos 4 Rs das Relações Públicas Plenas", publicado ainda naquele ano (vide este link), sem os resultados do levantamento, pois ainda estavam sendo tabulados (serão incluídos na próxima edição, completa), para comemorar meus 30 anos de formado. 

Revendo tudo aquilo, relembrando os riquíssimos debates que tínhamos no Conrerp1 (2010-2012) sobre a profissão, a formação, o passado obscuro e o futuro luminoso das Relações Públicas no Brasil, a ausculta pública sobre "flexibilização" que nos extenuou (vide este link), e os rumos dados (ou não dados) pelo Conferp até aqui sobre a questão; apesar da fama de "quadrado" - uma chefe querida me dizia que a cabeça é redonda para podermos mudar de opinião -, mudei minha convicção e sou: 

(1) pela manutenção da Lei 5.377/1967; 
(2) pela devida fiscalização do exercício profissional pelo Sistema Conferp-Conrerp - missão indesviável de toda e qualquer profissão regulamentada -;
(3) por sua efetiva defesa como marco regulador para a comunicação de caráter institucional no Brasil, ainda mais diante das novas diretrizes curriculares nacionais para o bacharelado, as quais reconheceram, finalmente, a especialidade e a especificidade de nossa formação/profissão - em linha com o resto do mundo (que, simplesmente, chama relações públicas de... relações públicas). 

#RP_NELES!

domingo, 26 de outubro de 2014

Just after... no change.


Uma vez que frustrei-me no ‪#‎FORA_PT_FORA_PMDB‬! que preguei nos últimos dias, consolar-me-ei em escrever este único texto, reservando-me ao silêncio de vencido diante da mal educada (e bem amestrada) claque de ambos os partidos que, desde 2010, se esmeram em estragar o país, no comando do Brasil e também do Rio de Janeiro, em minha derrotada opinião.

Os luminares papagaios da pirata-valente, Michel Temer, Carlos Lupi e Ciro Nogueira (para citar os três maiores partidos 'acionistas' da lavanderia em que se transformou a Petrobras), estavam ladeados por sumidades como Moreira Franco, Agnelo Queiroz e Rui Falcão, entre insignes 'presidentes' de siglas de aluguel que só o teleprompter fez Dilma lembrar quem eram, na sopa de letras das siglas que, juntas, produziram o jogo eleitoral mais sujo que vi desde que exerço o voto (1978).

O coro de "vai_tomar_no_cu" da Paulista - flagrado pela Globo News - é bem exemplar do lamentável quadro em que se encontra o civismo, a civilidade e a cidadania brasileira... e a partir dos mais jovens!

A remunerada galera, inadministrável, não deixava a presidenta-poste aclamar seu guia em um discurso provocativo - a um Congresso Nacional renovado (?) -, prometendo "consulta popular" para uma reforma política que criador e criatura (e seus asseclas da 'coalizão') prometem há mais de 12 anos...

E a candidata, agora eleita, do continuísmo prega... vejam só... mudança - justamente o que o pleito não conseguiu dar ao país. Lembra a "change" prometida - e não cumprida - por Obama nas duas vezes em que se elegeu, trêfego idem.

"E Pôncio Pilatos perguntou à multidão: - Qual desses dois quereis vivo? O povo respondeu: - Barrabás, o ladrão!". E as silhuetas ausentes do discurso - mas muito presentes no governo Rousseff - da vitória no Blue Tree DF Hotel fizeram-se presentes: Sarney (pai e filha), Collor (pai e filho), Renan (pai e filho), Jader Barbalho (pai e filho), Paulo Maluf, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Picciani (pai e filhos), Sérgio Cabral (pai e filho), Pezão e Dornelles.

O que o texto escrito por profissionais - e pessimamente declamado - vislumbra, ao ignorar a oposição, é que em 2018 o PT enfrentará não o PSDB, mas o PMDB comparsa, sob o comando de - imagine - Eduardo Paes, do alto de um pódio olímpico (e superfaturado) em 2016, aquele mesmo algoz terrível da CPI dos Correios, no alvorecer do mensalão. O relato do escândalo do petrolão, lá por 2017, abrirá a campanha.
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Suas ideias não correspondem aos fatos.


Denis Lerrer Rosenfield - com quem não concordo sempre - foi feliz, hoje.

Escreveu (n'O Globo, à página 16) sobre o resultado do primeiro turno da eleição, o seguinte: 

"O debate eleitoral é frequentemente permeado por falsos problemas, da ordem do discurso, que não guardam nenhuma relação com a prática real... a discussão sobre a autonomia do Banco Central é um caso ilustrativo... no governo Lula, foi um [sic] banqueiro, Henrique Meirelles, proveniente do Banco de Boston [e do PSDB, acrescento], que esteve à frente da instituição... as privatizações, outro exemplo, volta e meia, voltam ao debate como se fossem uma real questão do país. Trata-se, na verdade, de uma falsa questão, porém o que conta aqui são as repercussões eleitorais... Elas foram um grande sucesso. Basta pensarmos no desenvolvimento da telefonia, com celulares ao alcance de toda a população... [mas nas ferrovias foi um fracasso, em minha modesta opinião]. Seria da maior importância uma [sic] maior honestidade no debate e, sobretudo, a sinalização de rumos para o Brasil... não podemos ser reféns de disputas ideológicas ultrapassadas".

O Observatório da Comunicação Institucional (www.observatoriodacomunicacao.org.br) - fez a sua parte, analisando também este pleito do ponto de vista da "fala sobre si" dos partidos políticos brasileiros, conforme prometeu em seu portal ainda em 15/10/2013: colocou em evidência a falácia do discurso dos 32 partidos políticos brasileiros.

É hora de escrever programas com mais responsabilidade e cuidado - falha do PSB - e sem demonizar o outro - como PT e PSDB fazem. O que se lê neles precisa ser inspirador REAL para o voto. Assim não nos decepcionaremos tanto depois de dá-lo, como tem acontecido no Brasil, infelizmente.

A pesquisa do OCI: (1.213 compartilhamentos em 10 dias)

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