domingo, 26 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A tese da transparência nos negócios pelo viés da Comunicação.


"A outra face da medalha da Ética é a Transparência". MACHADO NETO, Manoel Marcondes". 3o. Forum Abracom de Gestão da Comunicação Corporativa, São Paulo, 09/04/2014.

Epígrafe

"Quando sabemos que na empresa moderna as operações são voltadas para a clientela, verificamos que toda a sua atividade envolve um constante problema de comunicação social, quer no sentido amplo, quer no sentido mais estrito do termo, traduzido na expressão ‘relações públicas’." Manoel Maria de Vasconcellos, pioneiro do Marketing e das Relações Públicas no Brasil (in Marketing Básico, Rio de Janeiro, Conceito Editorial, 2006).

Enunciado da tese

Minha tese é de que ao lado do Direito, com leis específicas voltadas para a - obviamente necessária - transparência dos atos públicos, e das normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) acerca da também necessária satisfação pública pelas companhias de capital aberto que têm suas ações negociadas em bolsas de valores, há uma terceira força absolutamente necessária para atingir-se a tão demandada transparência nos negócios: a comunicação. Não qualquer comunicação, como um anúncio publicitário ou uma matéria obtida por meio da assessoria "de imprensa".

Terceira especialidade reconhecida pelo campo da Comunicação no Brasil (e única profissão regulamentada neste campo), as Relações Públicas sempre foram tidas como uma coleção de serviços, para além do relacionamento com a mídia – sua essencial "expertise" atribuída universalmente. Além disso, a formação de profissionais da área também privilegia uma abordagem holística e transdisciplinar da comunicação organizacional – condição propícia e ideal para a compreensão da questão da transparência nas organizações.

Propõe-se, então, compreender Relações Públicas a partir de demandas muito conhecidas, não só de organizações, mas também de indivíduos necessitados de melhor visibilidade ("disclosure"): reconhecimento no meio social, estabelecimento de relacionamentos profícuos com seus públicos de interesse, obtenção de relevância em seu segmento de mercado, construção e manutenção de uma boa reputação.

Um composto de 4 Rs (reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação) é, para tal objetivo, a minha tese; dar novo enfoque à questão (idem transdisciplinar) da transparência, a partir de uma abordagem “plena” de relações públicas.

Palavras-chave
gestão
governança corporativa
comunicação
relações públicas
transparência

Conheça a tese

Em livro: "A transparência é a alma do negócio: o que as relações públicas podem fazer por você". Rio de Janeiro, Conceito Editorial, 132 p. (formato: "pocket book"), 2012
"Os 4 Rs das Relações Públicas Plenas: proposta conceitual e prática para a transparência nos negócios". Rio de Janeiro, Ciência Moderna (lcm.com.br), 212 p. (formato: impresso - 23 X 16 cm e "e-book"), 2015

BREVE (30 de julho de 2015 - lançamento global): edição dos "4 Rs" em inglês.

Em website: WWW.RRPP.COM.BR

Em vídeo: O composto de 4 Rs das Relações Públicas Plenas (https://www.youtube.com/watch?v=nINJwcFuLgU)
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terça-feira, 14 de julho de 2015

Decisão de vida: trabalhar pela dignidade da profissão de RP.


Provocado por diversos tópicos, no Facebook e no Linked In, acerca das aflições e incertezas de jovens errepês, formados e em formação, disponho-me a entrar em grupos formado nas redes sociais, participar de 'hangouts' e até ir ao encontro de estudantes, professores, profissionais e empreendedores da área, onde for, pelo Brasil afora. 

Estou - depois de 30 anos de docência em um total de 40 de mercado - dedicando minha vida profissional a isto - colocar RP no seu devido lugar no contexto da governança corporativa. 

Atuo, hoje, em duas frentes: 

(1) No terceiro setor, com o Observatório da Comunicação Institucional - uma associação (de errepês, para errepês, pelas RRPP) aberta a quem quiser participar; 

(2) Promovendo a minha tese (expressa em livro que acabo de lançar, em 07/07 - e que vou lançar em inglês no dia 30/07 - contando para o mundo como se formar errepês no Brasil - um conteúdo transdisciplinar único no planeta) de que as RP "Plenas" são, ao lado do Direito (com as leis específicas) e da CVM (com as normas da governança) - caminho efetivo para a tão demandada transparência nos negócios. 

Não tenho pretensões eleitorais ao Sistema Conferp-Conrerp (para o que conclamo toda a Geração Z de errepês a participar, renovando todo o sistema e preparando-o para o presente e o futuro) pois julgo central o seu papel no missão de reposicionar e valorizar esta nossa formação ÚNICA e DISTINTA, e esta linda profissão - que amamos - e que nasceu de pai americano mas sob a ideia da mãe (sueca) de "ombudsman", ou seja, "ser, dentro da organização, representante de quem está fora dela".
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domingo, 5 de julho de 2015

DESIGN "TICKING". Do Rio de Janeiro, em 5 de julho de 2015.

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Isso mesmo... tic-tac... tic-tac... tic-tac...

Lê-se, hoje, n'O Globo (caderno Boa Chance, P. 6), a seguinte nota:

Profissão "designer" - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, essa semana, em Brasília, o PL - Projeto de Lei - 4.692/2012, que visa ao registro oficial da ocupação. O próximo e último desafio é conseguir a aprovação do Senado Federal. Atualmente, são mais de 179 escolas espalhadas pelo país que oferecem o curso de "designer" de interiores. De acordo com a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), mais de 80 mil profissionais da área já atuam no mercado de trabalho.

NOTA (minha): No mesmo ano de 2012, aliás, começou a funcionar no Brasil, o Sistema CAU, de Conselhos (Federal e Regionais) de Arquitetura e Urbanismo, entidade (criada pela lei 12.378/2010) de profissionais que tiveram a coragem e o desprendimento de sair de sob a fortíssima égide do CREA para seguir sua própria trilha, o seu próprio destino. Não se menciona, na matéria, mas o país é berço de "designers" nos mais diversos campos, tais como de paisagismo (Burle Marx), além do de arquitetura e urbanismo (Oscar Niemeyer e Lucio Costa), mobiliário (Sergio Rodrigues e Joaquim Tenreiro), e de marcas (Aloisio Magalhães, criador da marca da UERJ, pontuo), entre outros.

Enquanto isso...

Uma categoria de profissionais formada na esteira de uma área consagrada no país desde 1914, (apenas 8 anos depois de sua criação nos Estados Unidos), que teve seu pioneiro curso de especialização na FGV, em 1953 (da qual meu professor - e mentor - Manoel Maria de Vasconcellos foi aluno), e a fundação de sua primeira ONG, a ABRP, em 1954 - base, também, da reivindicação de ser considerada a atividade mais que ocupação, uma profissão regulamentada - coloca-se omissa e declinante de registros (apesar da centena de escolas idem espalhadas pelo país), justamente no momento em que vislumbra (logo ali, em setembro) sua autonomia e independência acadêmicas, com as novas DCNs - reflexo da importância que a gestão de relacionamentos e de reputações ganhou em todos os círculos de negócios, além do Estado e do Terceiro Setor.

O tempo passa para todas... as atividades

No nosso caso, das Relações Públicas brasileiras, temos um capital imenso - este é meu juízo - com lei, regulamentação, doutrina, jurisprudência firmada, estrutura de conselhos regionais e federal, formação em nível de graduação a doutorado, uma base de muito mais de 100 mil formados e potencial de mais de 30 mil registros ativos - entre pessoas físicas e jurídicas, além das posições no serviço público (que em 90% dos casos cumpre a lei - em 10% não cumprida por desconhecimento e incompetências de setores de RH estatais e privados - cuja maioria esmagadora é corrigida após a intervenção do Sistema Conferp-Conrerp), e vamos deixar isto ser tomado pela sanha desregulamentadora, mãe da "financeirização", terceirizações e precarização do trabalho, mundo afora? Vamos deixar nosso mercado ser tomado por jornalistas (e outrem) em desvio de função, praticando - só - imoral tráfico de influência? Até quando assistiremos a oportunistas lutando pela mudança de leis e regulamentos para - além de imorais, ilegais e antiéticos - tornarem-se "legais", "regulares", "exemplares"?

Oportunismo, arrivismo, má-fé e mau-caratismo

Lembremos o caso da lei discricionária de Getúlio Vargas, que editou-a apenas para atender a UMA pessoa, na maior canetada da nossa história republicana. Pois é, há um verdadeiro pelotão de pessoas trabalhando para que algumas, senão uma pessoa, aufira o registro de relações-públicas. Mas não se trata, este, de um mero caso de parentela - ou só compadrio - como no da lei discricionária sancionada por Getúlio Vargas - caso muito bem contado, aliás, no livro "Chatô, o rei do Brasil", de Fernando Morais - a qual deu acesso individual a um (suposto) "direito", mas a abertura de uma brecha, o verdadeiro arrombamento (aqui, agora, e alhures - há tempos - já anunciado) de uma porteira que dizimará nossa querida, e única no mundo, formação superior; aquela forjada na ideia sueca (Suécia: "mátria" da profissão) de "ombudsman" (quando somos, nas organizações, representantes de quem está fora dela) e não pela simples "tomada da mídia" pelo poder das "corporações-clientes" via suas poderosas assessorias "de imprensa" - autêntica jabuticaba brasileira com os dias contados sob tal rótulo e, por isso, necessitada urgente da nossa denominação ("public relations") - que é universal.

Robert Zemeckis inspira

Depois disso virá o desmantelamento do próprio sistema de regulação da nossa (hoje) privativa responsabilidade técnica (R.T.) de "informação de caráter institucional" (nossos conselhos), e o fim dos cursos de graduação em RP (algo também já em curso, fruto da ação do mesmo pelotão). Ou seja, nossos diplomas - de verdade - como que desaparecerão, a exemplo - na ficção - das fotos familiares do personagem Marty McFly na saga cinematográfica de "Back to the future".

Quem viver - sem agir - verá.
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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Esclarecimentos necessários e oportunos. E um agradecimento público.

Caros colegas errepês de todo o país,

Aproveito o informe eleitoral expedido pela presidência de minha regional do Sistema Conferp, a 1a. Região (Conrerp1) para expressar-me acerca de algumas questões relacionadas à profissão e que a meu ver exigem esclarecimento:

1. É auspicioso receber - agora - tão oportuno convite. Tempestivo e adequado, é mais uma ação construtiva e transparente da atual gestão do Conselho no estado do Rio de Janeiro.

2. Apresentar - agora - o processo eleitoral, inaugura uma boa - ótima - prática de sucessão. No passado, chapas de situação surgiam "no apagar das luzes" e votar nelas parecia sempre a única opção a seguir.

3. O mandato de que fiz parte (o anterior) foi fruto da eleição de uma chapa (Renovadores) de oposição, a única em todo o Sistema, então. E nossa gestão viu nascer a chapa (Por um Conrerp Sustentável) que agora faz este convite, a qual, como "de situação", deu prosseguimento a várias iniciativas que julgou boas, principalmente o necessário saneamento financeiro da regional (visando sua necessária sustentabilidade) - o que vem fazendo exemplarmente.

4. São essas mesmas, as qualidades mencionadas - responsabilidade, conhecimento, isenção e desprendimento -, que se espera de colegas que se candidatam ao Conselho. Explicar que a função é honorífica, não remunerada, e em prol da sociedade (muito antes que à própria classe), é absolutamente necessário para infundir no nosso meio o sentido de causa e missão daqueles que, entre nós, aceitam o encargo de trabalhar pela profissão (oportunidade única, declaro eu, para a nossa vida - ver tudo aquilo "por dentro" só nos enriquece, por mais trabalhoso e exigente que o seja). A gestão atual deu prosseguimento à anterior nesses aspectos e honra a "virada" havida em 2009 no estado do Rio de Janeiro, deslocando a 1a. Região da periferia para o centro das discussões e práticas em torno da nossa profissão regulamentada.

5. Pude, pessoalmente, nesse aspecto, por convite da presidente, dar continuidade a uma iniciativa absolutamente original de nossa regional - o trabalho de uma comissão acadêmico-científica (CAC), exemplo de profícuo encontro de colegas (e sempre agradável, lembrou-o, na FACHA, parceira magnífica, sempre - Ricardo Benevides, com quem dividi - ainda anteontem - uma banca examinadora), fora da extenuante rotina das reuniões meramente administrativas. Nesse trabalho, tive total liberdade e apoio, chegando, inclusive, a um parecer divergente - pelo não endosso do, então em andamento pelo Sistema, "processo de flexibilização" - o que foi recebido com a mais cabal urbanidade, respeito e serenidade por parte da diretoria executiva. Tal conclusão, motivo pelo qual pedi cordialmente, sendo cordialmente atendido, afastamento da CAC - em 18/07/2014 -, deveu-se à minha mudança de convicção acerca do tema, motivada única e exclusivamente pela expedição das novas diretrizes curriculares nacionais (DCNs) para o bacharelado em RP, a vigorarem a partir de setembro próximo, o que, em minha opinião (e em opinião da CAC de então, que eu coordenara) mudava completamente a problemática de nossa inserção - principalmente como formação - em relação ao "status quo" anterior.

6. O convite aberto a todos os errepês do estado do Rio de Janeiro - a quem interessar possa - para montagem de uma "chapa de situação" é prática inédita, de uma transparência total, e coloca diante de nós, principalmente àqueles que amamos a nossa escolha de formação e de atuação profissional, a chance de dar continuidade ao bom trabalho que tem sido feito pela atual gestão, potencializando-o ainda mais, sobretudo pela atmosfera de coleguismo e de convicção de bom rumo dado às coisas das Relações Públicas em nossa regional e no contexto do Sistema - a nível Brasil.

7. À figura da nossa presidente, Lala Aranha, reservo esta minha última "fala" pública: Lala, admiro-a e cito-a sempre como exemplo de profissionalismo, de liderança profissional e de desprendimento ao aceitar, do alto de suas grandes responsabilidades junto a clientes cuja confiança conquistou ao longo de anos e anos de ótimo trabalho em Relações Públicas, vir ao coração da autarquia federal - presidi-la no Rio - e emprestar sua competência, destemor, clareza e objetividade (além dos amor às RRPP) à classe, o que foi sentido por todo o Sistema, e que credenciaria você até a presidi-lo, em Brasília -, num próximo mandato, coisa que não acontece com um membro da 1a. Região desde Edson Schettine de Aguiar, no triênio 1992-1995. Não tenho pretensões eleitorais neste pleito e confiarei meu voto, sem medo de errar, à "chapa de situação" que você e os demais membros - valorosos - de seu mandato vierem a construir em nossa regional, saneada e dignificada pelo mandato que se encerra no início de janeiro, próximo. Ocupa-me integralmente o Observatório da Comunicação Institucional (além das minhas atividades docentes na UERJ), iniciativa que nasceu no seio do Conrerp1, com todo o seu apoio pessoal e institucional, sem o qual - aliás - não teríamos conseguido, ainda tão "novos", editar o livro que sonhamos, juntos, fazer em homenagem ao centenário da nossa atividade no Brasil, em 2014 - e pelo qual serei eternamente grato a você.