domingo, 27 de fevereiro de 2022

Confissão de um Cristão-velho.

- Foi mal aí, galer@


Mas não vou rir ou fazer rir

E nem gravar dancinha p'ra vender o meu peixe


Não sou humorista

E do que trato é trabalho...

Sério demais p'ra fazer memes


Não estudei por 54 anos - e tive publicados 14 livros - para fazer caber uma tese num 'card' animado


Lamento, mas...


Não dá para não ser sóbrio

Não dá para não ser formal

Não dá para não ser 'careta'


Quando se trata da gestão do dinheiro dos outros

Quando se trata de auditar balanços e transparência

Quando se trata de certificar práticas organizacionais


Fica difícil ser leve e lúdico num mundo que se desmancha sob os nossos olhos

Quando vícios viram moda, censura se traveste de virtude

E onde guerra passa a ser 'manutenção da paz'


Não dá para ser 'cool'

Quando o desvio de recursos públicos foi aceito 'pela vida' - gerando morte

E sofismar e mentir substituíram as funções de informar e educar


Perdoem-me


Mas estou cansado do 'me engana que eu gosto', do 'jeitinho', da não-resposta, e da ideia de fazer as coisas direito só quando for 'para inglês ver'


Afinal, vocês - concidadãos pagadores de impostos - não investiram em mim - em graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doc - para eu fazer papel de criança rebolando até o chão 


E eu próprio não investi em mim - tempo, recursos, coração e mente - para fazer cara e tipo de intelectual, numa vida egoísta de desfrute


A ideia era - e continua sendo - estudar e entender antes, para só depois esclarecer e tentar explicar


Não se pode condensar uma dissertação em um 'reel', uma carreira em uma 'selfie', um livro num 'tweet', uma vida numa 'live'


[Prossigo]


Deus não nos criou para o Carnaval, mas para a Quaresma, 

para o silêncio e a reflexão sobre a vida natural e a evolução, e não para o ruído e a cegueira militante das cartilhas revolucionárias


[Mas reconheço o epílogo]


Que o seu Único Filho retorne triunfante sobre as trevas em que, com tanto denodo e dedicação, a humanidade-criação conseguiu repor o mundo.

sábado, 5 de setembro de 2020

AGORA são '8 Rs' da Comunicação Funcional!


Lançado o novo 'e-book' de Manoel Marcondes Machado Neto: '8 Rs da Comunicação Funcional: instrumental para uma governança transparente'.

Neste ambiente de lançamento, coincidentemente, a Lamparina Sustentabilidade, empresa especializada em assessorar organizações em termos de Comunicação e Gestão, realizou - no IGTV - entrevista 'Comunicação e Transparência' com o autor.  

Gratidão à Isabela Esteves, cofundadora da Lamparina Sustentabilidade, pela oportunidade da conversa.

https://www.instagram.com/tv/CEpm2kcJxCO/

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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Convergências entre Relações Públicas e Marketing.

Este quadro faz parte do livro 'Relações Públicas e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração' (Ciência Moderna, 2016), disponível em formato impresso e 'e-book'.

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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Marcas do Tempo.


Minha mãe caiu de novo. Tomou mais um tombo – o quarto – e machucou o rosto. Faz três semanas. Tomou quatro pontos e o corte já cicatrizou. Mas a queda deixou sua feição marcada. Seu olhar ficou um pouco mais perdido, embora sua alma esteja lá, intacta, olhando para mim.

Com o lixo da pandemia chinesa fiquei 10 semanas quase sem vê-la. Odeio o Partido Comunista Chinês por isso. Monstros. Quantos filhos não puderam ver suas mães caírem. Ou evitar seus tombos... Quantos filhos não puderam ver suas mães morrerem... E partirem sem nem velório. Monstros mais uma vez.

Mas já posso vê-la, com todos os cuidados, sim. Suspendemos o lockdown de mãe. Chega! Abracei-a ontem e vou fazê-lo de novo hoje, retomando uma rotina de plantões que nós, filhos, nos impusemos fazer depois de duas cirurgias que quase a levaram de vez em 2016.

Ela – que ficou 64 dias hospitalizada, sendo 47 numa U.T.I. – nos conta que viu o Pai. Não o seu ex-marido, mas o Pai Eterno. E Ele lhe disse que ainda não era sua hora. Que voltasse daquele portal. E ela voltou. Para nossa alegria. Reconhecendo-nos a todos e, apesar da memória abalada por 95 anos de vida, lembrando episódios da longa jornada.

Vejo fotos com ela, escuto música, jogo dominó, assisto-a fazendo caça-palavras que volta e meia compro para ela.   

Minha mãe nasceu em 1925, no dia 21 de maio – sob o signo de Gêmeos. Trabalhou fora, na Companhia Telefônica Brasileira (CTB), onde chegou ao cargo de supervisora de telefonistas. Namorou meu pai por dez anos. Ela, de Cascadura (RJ) – ele, de Caçapava (SP). Por isso digo que sou 'filho da Dutra'. Casados no Méier, foram para São Paulo.

Três anos depois, eu nascia na Maternidade São Paulo, à rua Frei Caneca. Morávamos na avenida Lavandisca, em Moema – de onde não tenho lembranças. Com um ano ou dois fomos, para a Vila Olímpia – rua Nova Cidade, 263 – e, depois, no 275. Lá passei a infância até os doze anos. Depois, fomos para a rua Gomes de Carvalho, 1095. Mais três anos muito felizes. Estudei na rua Fiandeiras (no Jardim de Infância ABC), na rua Casa do Ator (Gurilândia São Domingos Sávio) e na rua João Cachoeira (no Instituto Estadual de Educação Ministro Costa Manso – onde fiquei por oito anos).

E quem acompanhou tudo isso de perto, perto mesmo, ao lado de meu pai, Manoel Filho? Mamãe Stella. Revezavam-se na assinatura de meu Boletim escolar. E minha mãe todo ano me levava ao posto do MEC-FENAME  - na galeria Prestes Maia (no Anhangabaú) para comprar material escolar, e ao da CMTC para adquirir passes para os ônibus – das linhas 699 e 700 – que eu tomava na avenida Dr. Cardoso de Melo, saltando na rua Clodomiro Amazonas, na ida – e vice-versa, na volta.

Os últimos três anos de Paulicéia foram na rua Benjamin Constant, no Campo Belo. Ali, tirei a minha primeira carteira de trabalho e tive a minha primeira namorada – que se mudou para o Rio (e foi motivo de minha vinda também, um ano depois, em 20 de dezembro de 1976). A mãe dela, D. Maria, foi falar com a minha para ‘aconselhar’ que esquecêssemos aquele namoro... Meu salário (trabalhando como office-boy) só permitia uma viagem a cada cinco semanas... E no ombro de quem eu chorava muito, de saudades? No da minha mãe. Três anos depois, o namoro acabou, mas eu já tinha me tornado um 'cidadão carioca' – carioca como minha mãe – mesmo considerando-me muito mais um típico paulista, como meu pai. Bobagem – somos 50% DNA de um + 50% DNA do outro.

Depois, no Rio, fomos morar no Sítio ‘Nosso Cantinho’ (de meus tios Neusa e Nonito), na Rio-Petrópolis. Foi o único endereço em que nós, eu e meus três irmãos, ‘aceitamos’ morar – o da casa onde passávamos as férias todos os anos, em julho e janeiro. Minha mãe enfrentou tudo sozinha naquele ano, pois meu pai ficou morando em São Paulo para ir fechando a firma que administrava – uma distribuidora de alimentos macrobióticos. Meus dois irmãos estudaram numa escola rural. Minha irmã foi morar com a tia Glória – sua 'segunda mãe' – em Jacarepaguá.

Depois disso tudo, Ilha do Governador. Rua Haroldo Lobo, rua Rui Vaz Pinto, rua Gaspar Magalhães – endereço que foi o derradeiro para meu pai, em 1985. Anos sempre muito felizes. Lembro os lanches da tarde – café-com-leite e pão-com-manteiga. Adoro lanchar com minha mãe até hoje. É um ritual. Depois, às 18 horas, sempre que possível, sintonizamos a Ave Maria e rezamos juntos.

Que sorte a minha! Já vou indo... me aprontar para visitá-la.

Rio de Janeiro, 29 de junho – dia de São Pedro – de 2020.

Manoel Neto.
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Fechem esse blog!

Afinal, ele publica fake news!

Onde já se viu contar uma história - triste - dessas?

Pois é. Narrativa boa deve ser só a do tipo ficcional.

Acesse este link.
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domingo, 3 de maio de 2020

Maverick - a quem interessar possa.



Tenho apanhado por ser contracorrente à manada. Ao pensamento único. Ao discurso que agrada. Sem ideologia ou político de estimação.

Mas a 'paz' e a alegria proverbial dos brasileiros... nesta 'Nova República'... desde Sarney até aqui... deveu-se a uma só coisa: 'articulação'.

'Articulação', leia-se 'corrupção absoluta'. Nos palácios e nas cortes. De todos os 35 partidos. Não é conversa de botequim. Estudo todos eles desde 2014.

Mas tivemos carnavais e futebol. A saúde lixo e a última educação do mundo são meros detalhes. O cidadão não bate panela por isso.

Estamos devendo o PIB de um ano inteiro. Mas isso também não é nada. Importante, hoje, é o PT - que execrava Moro - festejá-lo.

Que volte a articulação! Sejam felizes! Eu, não.
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quarta-feira, 29 de abril de 2020

RPs cuidam de Comunicação Integrada há mais de três décadas...

... como meu livro-texto 'Relações Públicas e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração' demonstra.

Assessoria 'de imprensa', essa jabuticaba, não é mais reivindicação da área de Relações Públicas desde 1988.

Jornalistas-em-assessoria-de-imprensa (autointitulados J.A.I.), esses, sim, fazem a chamada 'contenção', dentro das Redações, para clientes - sobretudo políticos. Para estes ficarem 'bem na fita', apesar das barras das calças pesadas de lama.

E mais desinformação, sempre, infelizmente... Mas... vamos lá: cerimonialistas, há duas décadas, constituíram sua própria profissão, e pedem, inclusive, regulamentação (o que os jornalistas não têm, nunca tiveram e... pior... não querem ter).

Sobre isto, a propósito; nos Conselhos Profissionais de RP apoiamos a iniciativa de Lula, de criação de Conselhos Federal e Regionais de Jornalistas - o que foi abortado pelos... patrões, aliás, os mesmos que pediram o fim da obrigatoriedade do diploma de nível superior para o exercício da profissão - dispensa que, desde 2009, vigora. E que, talvez, explique, pelo menos em parte, o péssimo nível do jornalismo brasileiro no presente.
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