terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ESTE FOI UM ANO MARAVILHOSO!


2014 - Ano do centenário das Relações Públicas no Brasil - fechou-se com chave-de-ouro para o Observatório da Comunicação Institucional (OCI)!

‪#‎TODO_MUNDO_PRECISA_DE_UM_RP‬!

‪#‎RELAÇÕES_PÚBLICAS_PROFISSIONAL_DA_TRANSPARÊNCIA‬!
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Qual é o problema - ainda - com RP ?

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Entende-se o estado das discussões - velhas - em nossa área, hoje, pelos péssimos (há exceções, claro) "professores" colocados para ministrar as cadeiras de Ética, de Legislação, e de Direito da Comunicação.

Como secretário-geral do Conrerp1 (07/01/2010 a 07/01/2013) senti isto na carne.

As pessoas simplesmente desconhecem o ambiente jurídico-legal da área em que se... formaram!

Convido a todos a visitarem este site, o qual foi produzido a partir dessa minha experiência, em que eu era responsável por legislação, fiscalização, doutrina, jurisprudência e consultoria aos conselheiros analistas nos processos julgados em plenárias - quinzenais - do Conselho.

Nós tivemos - e ainda temos alguns - problemas porque:

(1) As profissões no país foram regulamentadas no período de exceção (a nossa, a de jornalista, a de publicitário, a de administrador - só para citar algumas mais próximas);

(2) Os primeiros errepês estavam postados nas empresas para NÃO deixarem a imprensa entrar (o que hoje é exatamente o oposto);

(3) Tínhamos que ter sido criados nas escolas de Administração (o primeiro curso chegou a ser dado na FGV), mas a ditadura inventou a tal da Comunicação "Social" (que aliás, e graças aos céus, não existe mais, desde setembro/2013, por decisão do MEC);

(4) Nas escolas de Comunicação fomos sempre o curso 'patinho feio' (primeiro a ser descontinuado em crises, por exemplo), justamente pelos fatos descritos em (2) e (3);

(5) Nossa filosofia de ação é - ou pelo menos deve ser - a da criação sueca "ombudsman" - ou seja - um membro do (ou pelo menos no) "board" a serviço do cliente, do público em geral e dos "stakeholders" em particular (e em nosso tosco Brasil, país antítese da Suécia, ainda vivemos num ambiente de barbárie humana, social e empresarial, infelizmente).

Mas - sempre tem um 'mas' - escolhemos esta paixão, e só há um caminho de tornar a nossa - bela e querida - formação um processo real de profissão (no mercado e de fé): trabalhar, trabalhar e trabalhar; explicar, explicar e explicar; mediar, mediar e mediar; negociar, negociar e negociar - eternamente!

Só assim se muda a cultura de uma organização, de uma comunidade ou de uma nação.

Nosso caminho, pois, é um só - civilizatório. Não existem boas Relações Públicas onde não há Jornalismo (e um ambiente geral) livre, diverso, plural. Relações Públicas são filhas da democracia, da livre iniciativa, da liberdade de opinião e do apego à verdade.

Fora disso, há só tráfico de influência, más práticas de comunicação institucional, e maus profissionais - e justamente para coibir isto é que somos uma profissão regulamentada. Com Código de Ética com força de Lei e Responsabilidade Técnica estabelecida por legislação complementar.

Somos idealistas? SIM! E por isso, recomendo sempre a leitura do mais recente livro do meu 'guru', Roberto Porto Simões: "Informação, inteligência e utopia: contribuição para uma teoria de relações públicas".
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Lançamento do RP.DOC e livro - homenagem aos 100 anos de Relações Públicas no Brasil - Centro Cultural JMM / INTERCOM.


Marcelo Ficher: - Felizes pelo gentil convite da INTERCOM; nosso livro em muito boas mãos; José Marques de Melo e Manuel Carlos Chaparro. Na foto, com Marcondes Neto, co-autor do livro e diretor do documentário "1 jornalista 10 errepês 100 anos...". 

Gratos às colegas professoras Edi Bacco e Sônia Jaconi. 

São Paulo, 13/12/14.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

MUDANÇA EM 5 TEMPOS. De um Sistema acuado e inoperante a um verdadeiro regime de fiscalização e defesa da profissão e de quem se beneficia dela - o cidadão e a comunidade.


1) O Sistema Conferp-Conrerp consultará - ainda no atual mandato (2013-2015) - os profissionais registrados sobre "atualização" da Lei 5.377/1967 - que criou a profissão regulamentada de "relações-públicas" no Brasil. Entre as 2.512 atividades listadas no Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), há apenas 62 profissões regulamentadas -, ou seja, um privilégio e um direito-dever que coloca as Relações Públicas no mesmo patamar, e sob a devida - e correlata - Responsabilidade Técnica de carreiras como as da Administração, da Arquitetura (cujo Conselho Profissional próprio foi criado em 2012!), do Direito, da Economia, Engenharia, da Farmácia, da Fisioterapia, da Medicina, da Química. Por isso o nosso Código de Ética tem força de lei e temos - diante da cidadania - a obrigação de fiscalizar, mormente a partir de denúncia, o mau exercício profissional e as más práticas de comunicação institucional, que, aliás, infestam o dia-a-dia dos brasileiros, vindas de toda parte: governos, empresas e mesmo do terceiro setor.

2) Há hoje, no Congresso Nacional, em diferentes estágios de evolução, Propostas de Emenda à Constituição (PECs) pleiteando a criação de inúmeras, dezenas, de profissões. Com melhor ou pior embasamento jurídico-legal, pugnam por reconhecimento, regulação e fiscalização junto ao mercado, "profissionais" de Marketing, de Pesquisa de Mercado, de Cerimonial, de Design, de Captação de Recursos, entre outras. Entende-se, em TODAS as justificativas para tais pleitos; (a) necessidade de amparar, profissionalmente, trabalhadores e clientes (b) regulamentar relações comerciais e laborais, e (c) proteger o cidadão consumidor de serviços... exatamente o que toda e qualquer profissão regulamentada provê... não só para o profissional, mas - sobretudo - para quem o contrata - a Responsabilidade Técnica por um trabalho específico, técnico, especializado.

3) Não existe a figura jurídica da "atualização de lei". Assim como não existe o termo empregado pela gestão anterior, de "flexibilização de lei" e, muito menos, a "abertura" do registro profissional preconizada pelos defensores da Carta de Atibaia (de 1997). O que alguns querem (a metade da classe, rigorosamente, por levantamento da gestão anterior - bastante documentado) - e que me posto CONTRA, agora - é, simplesmente, a "concessão do registro de relações-públicas a não-bacharéis em Relações Públicas". PONTO.

4) A Carta de Atibaia - um documento sério, fundamentado e ponderado - inspirou a muitos, inclusive eu, durante muito tempo, na concordância com a ideia da concessão do registro profissional a não-bacharéis. Confiávamos no estabelecimento de um exame de proficiência na área - à imagem do que acontece no Direito e nas Ciências Contábeis - algo, constate-se, absolutamente inexequível (por uma estrutura inexistente), inexigível (não há cursos com 2/3 de docentes errepês, ou com 2/3 da carga horária com disciplinas de RP - o que caracterizaria relevância a conteúdos específicos de pós-graduação) e, pior, inconstitucional - por não haver previsão em lei, de tal exame. Primeiro fato: as razões da Carta de Atibaia envelheceram com o advento da internet - que veio esvaziar seu detalhamento, justamente o mesmo que também deu origem à Resolução Normativa 43 do Conferp (2002) - norma natimorta, rechaçada pelo mercado.

5) Segundo fato: as razões da Carta de Atibaia morreram. Com a queda da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista em 2001 (por "lobbying" dos patrões "jornalistas") e a expedição das novas diretrizes curriculares nacionais (DCNs) para Jornalismo e Relações Públicas, em 2013, pelo Ministério da Educação - que consagraram o fim do "guarda-chuva" da Comunicação "Social" imposto pela ditadura e tornaram autônoma a criação de cursos de Relações Públicas independentes MUDOU o ambiente legal - além do cenário de negócios, que cita RP de modo correto, como nunca, mídia incluída - o que RECLAMA que se mantenha a legislação, mudando a opinião de muitos, como eu, pela não concessão de registro profissional a não-bacharéis e se agudize o processo fiscalizatório em benefício da sociedade e da própria democracia - papel moral, ético, central e obrigatório de todas as profissões regulamentadas.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

OCI promove documentário de Manoel Marcondes Neto sobre os 100 anos de RP no Brasil.


OCI promove documentário sobre os 100 anos de RP no Brasil

Se você quer agendar exibição seguida de debate, entre em contato com a gente por e-mail: 

"observatoriodacomunicacao@gmail.com". 
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sobre instituições.

Para aqueles que já ultrapassaram a dificuldade - real - de compreender o que é a tal da comunicação institucional, principal valor, disciplina e sustentáculo da profissão de relações-públicas no Brasil.

INSTITUIÇÕES - repito isto há 29 anos, em aulas, palestras, bancas examinadoras, livros e vídeos - não são paredes de tijolo e massa (como as da Catedral da Sé, as da UFRJ e as da USP), ou de concreto, aço e vidro (como as da Catedral de São Sebastião ou as da UERJ). Instituições não são plantas industriais (como as da CSN e Nestlé), frotas de aviões ou caminhões (como as da Gol e da Itapemirim), ou redes de lojas (como a Casas Bahia ou Ponto Frio). Instituições não são nem sistemas de "big data" (tais como Google e Facebook).

MARCAS, como as mencionadas entre os parênteses acima, DESIGNAM organizações - que podem vir a tornar-se instituições (cito como fonte, aqui, a grande obra "Feitas para durar", de Collins & Porras, 1994). Designam, sim, organizações, mas também NÃO O SÃO, igualmente, os seus prédios, suas fábricas e seus equipamentos.

ORGANIZAÇÕES (e instituições), são, sim, PESSOAS reunidas sob um objetivo comum. Esta é a primeira lição dos cursos de Administração. E por isso a "gestão de pessoas" tornou-se, HOJE, "a" disciplina-chave da área. Trata-se de atrair e reter talentos, pois tais PESSOAS são também o centro de outro termo muito usado na atualidade - a INOVAÇÃO. A permanência das pessoas e, também, de visão e valores (a missão costuma mudar mais frequentemente) depende unicamente de GENTE.

SE A EMPRESA Chocolates Kopenhagen existe desde 1928, é porque pessoas assim o quiseram. Pedro Amadeu Dos Passos fundadores aos atuais proprietários da marca, passando por gestores, "gourmets" e funcionários - todos foram - e são - responsáveis por reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação dos produtos e serviços da empresa nestes últimos 86 anos. E é de se supor que a solidez buscada e mantida por todos que compõem a organização possa levar a Kopenhagen a mais 86 anos de trajetória. Isto faz a diferença. A ponto de podermos afirmar que a Chocolates Kopenhagen é das poucas organizações genuinamente brasileiras que - não sendo do Estado - alcançaram o patamar de instituições.

MAS ESTA É OUTRA HISTÓRIA... que Jim Collins manteve-se contando em seus - também ótimos - "Feitas para Vencer, 1998" e "Vencedoras por opção, 2012". A questão, aqui e agora, relaciona-se com a minha profissão e área de formação, as Relações Públicas.

RECONHECIDAS em todo o mundo por constituírem práticas "de ponta" em TODAS as esferas (pública, privada e do terceiro setor), no Brasil, "por opção" (citando Collins), as RRPP foram objeto de uma aglutinação de idealistas (ABRP, 1954) que deu tão certo que guindou a instituição, aos seus - apenas - 12 anos de vida, a constituir-se base para a criação do Sistema Conferp-Conrerp, dando-nos a condição de profissão regulamentada - algo que muitos querem mas que, sem "corpus" institucionais (pessoas aglutinadas, interessadas, apaixonadas, dedicadas, obstinadas) claudicam no Congresso Nacional há anos. Algumas, há décadas ("lobbying", por exemplo, vaga penando desde 1978).

FUI APRESENTADO ontem, aqui na 1a. Região (estado do Rio de Janeiro), à estratégia estabelecida pelo Conferp para tratar da famigerada "flexibilização da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP". Respeito - porque elegi, regional e nacionalmente - aqueles que estão com o "pulso" da área na ponta dos dedos, mas discordo diametralmente do encaminhamento proposto - o qual coloca em alto risco a manutenção da profissão regulamentada num momento em que o próprio MEC retira as amarras que inspiraram a Carta de Atibaia, tornando-a, ela sim, ultrapassada.

LEI É PARA SER CUMPRIDA. E por GENTE que vê valor nisso. Lei não precisa ser "nova", como ouvi na reunião de ontem. Nesse caso, "antiguidade" é valor; a constituição dos Estados Unidos tem mais de 200 anos e funciona. A do Reino Unido, então, tem o dobro dessa idade - funcionando melhor ainda que a estadunidense. E não é pecha ter sido criada na ditadura - como também ouvi. Na ditadura foi criada a maioria das profissões regulamentadas do país, inclusive as de jornalista, publicitário e administrador. Nossa origem é, sim, a ABRP!

NÓS, ERREPÊS, precisamos nos posicionar URGENTEMENTE quanto a isto. A omissão - marca maior de nossa categoria (o que tem levado a chapas únicas nas eleições para Conselhos Regionais e Federal, sempre criadas com muita dificuldade, em todo o Brasil) é a fonte desse estado de coisas - e justamente no ano em que se completam 100 anos da atividade!

AS FORÇAS LEGÍTIMAS que vêm, não do topo, mas da base do edifício da nossa área - cada vez mais reconhecida como "de elite" no contexto organizacional - precisam posicionar-se e trabalhar para evitar um fim melancólico, por inanição, ou desuso - para citar Lamarck (como, aliás, citei numa das audiências públicas - cujo vídeo está a seguir). Seria mais digno "plebiscitar" os registrados, censitariamente, pela manutenção ou extinção da profissão regulamentada... sobretudo se é verdade para a maioria o que também ouvi, ontem - que os registrados o são SOMENTE por que é obrigatório.

MINHA POSIÇÃO INDIVIDUAL - e "institucional", no OCI (do "alto" de seus 21 meses de vida) é pela manutenção de tudo como está e por assumirem os Conselhos Regionais e Federais PESSOAS realmente interessadas em trabalhar por aquilo que são e que se esforçaram para ser, relações-públicas, e não por interesses de terceiros.
MEMÓRIA. Terça-feira, 22 de julho de 2014. Do RPitacos
Meu posicionamento público sobre a chamada "abertura" da profissão de Relações Públicas
Por Manoel Marcondes Neto

Em 17 de julho último, pus o ponto final em um capítulo preparado especialmente para um livro de colegas relações-públicas, a quem muito agradeço pelo convívio e convite. Coube-me contar a pesquisa - ainda inédita - entre 100 executivos NÃO relações-públicas (por formação ou exercício), em SP, RJ e MG, a qual encerrei em 2012 e que gerou o "composto dos 4 Rs das Relações Públicas Plenas", publicado ainda naquele ano (vide este link), sem os resultados do levantamento, pois ainda estavam sendo tabulados (serão incluídos na próxima edição, completa), para comemorar meus 30 anos de formado. 

Revendo tudo aquilo, relembrando os riquíssimos debates que tínhamos no Conrerp1 (2010-2012) sobre a profissão, a formação, o passado obscuro e o futuro luminoso das Relações Públicas no Brasil, a ausculta pública sobre "flexibilização" que nos extenuou (vide este link), e os rumos dados (ou não dados) pelo Conferp até aqui sobre a questão; apesar da fama de "quadrado" - uma chefe querida me dizia que a cabeça é redonda para podermos mudar de opinião -, mudei minha convicção e sou: 

(1) pela manutenção da Lei 5.377/1967; 
(2) pela devida fiscalização do exercício profissional pelo Sistema Conferp-Conrerp - missão indesviável de toda e qualquer profissão regulamentada -;
(3) por sua efetiva defesa como marco regulador para a comunicação de caráter institucional no Brasil, ainda mais diante das novas diretrizes curriculares nacionais para o bacharelado, as quais reconheceram, finalmente, a especialidade e a especificidade de nossa formação/profissão - em linha com o resto do mundo (que, simplesmente, chama relações públicas de... relações públicas). 

#RP_NELES!

domingo, 26 de outubro de 2014

Just after... no change.


Uma vez que frustrei-me no ‪#‎FORA_PT_FORA_PMDB‬! que preguei nos últimos dias, consolar-me-ei em escrever este único texto, reservando-me ao silêncio de vencido diante da mal educada (e bem amestrada) claque de ambos os partidos que, desde 2010, se esmeram em estragar o país, no comando do Brasil e também do Rio de Janeiro, em minha derrotada opinião.

Os luminares papagaios da pirata-valente, Michel Temer, Carlos Lupi e Ciro Nogueira (para citar os três maiores partidos 'acionistas' da lavanderia em que se transformou a Petrobras), estavam ladeados por sumidades como Moreira Franco, Agnelo Queiroz e Rui Falcão, entre insignes 'presidentes' de siglas de aluguel que só o teleprompter fez Dilma lembrar quem eram, na sopa de letras das siglas que, juntas, produziram o jogo eleitoral mais sujo que vi desde que exerço o voto (1978).

O coro de "vai_tomar_no_cu" da Paulista - flagrado pela Globo News - é bem exemplar do lamentável quadro em que se encontra o civismo, a civilidade e a cidadania brasileira... e a partir dos mais jovens!

A remunerada galera, inadministrável, não deixava a presidenta-poste aclamar seu guia em um discurso provocativo - a um Congresso Nacional renovado (?) -, prometendo "consulta popular" para uma reforma política que criador e criatura (e seus asseclas da 'coalizão') prometem há mais de 12 anos...

E a candidata, agora eleita, do continuísmo prega... vejam só... mudança - justamente o que o pleito não conseguiu dar ao país. Lembra a "change" prometida - e não cumprida - por Obama nas duas vezes em que se elegeu, trêfego idem.

"E Pôncio Pilatos perguntou à multidão: - Qual desses dois quereis vivo? O povo respondeu: - Barrabás, o ladrão!". E as silhuetas ausentes do discurso - mas muito presentes no governo Rousseff - da vitória no Blue Tree DF Hotel fizeram-se presentes: Sarney (pai e filha), Collor (pai e filho), Renan (pai e filho), Jader Barbalho (pai e filho), Paulo Maluf, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Picciani (pai e filhos), Sérgio Cabral (pai e filho), Pezão e Dornelles.

O que o texto escrito por profissionais - e pessimamente declamado - vislumbra, ao ignorar a oposição, é que em 2018 o PT enfrentará não o PSDB, mas o PMDB comparsa, sob o comando de - imagine - Eduardo Paes, do alto de um pódio olímpico (e superfaturado) em 2016, aquele mesmo algoz terrível da CPI dos Correios, no alvorecer do mensalão. O relato do escândalo do petrolão, lá por 2017, abrirá a campanha.
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Suas ideias não correspondem aos fatos.


Denis Lerrer Rosenfield - com quem não concordo sempre - foi feliz, hoje.

Escreveu (n'O Globo, à página 16) sobre o resultado do primeiro turno da eleição, o seguinte: 

"O debate eleitoral é frequentemente permeado por falsos problemas, da ordem do discurso, que não guardam nenhuma relação com a prática real... a discussão sobre a autonomia do Banco Central é um caso ilustrativo... no governo Lula, foi um [sic] banqueiro, Henrique Meirelles, proveniente do Banco de Boston [e do PSDB, acrescento], que esteve à frente da instituição... as privatizações, outro exemplo, volta e meia, voltam ao debate como se fossem uma real questão do país. Trata-se, na verdade, de uma falsa questão, porém o que conta aqui são as repercussões eleitorais... Elas foram um grande sucesso. Basta pensarmos no desenvolvimento da telefonia, com celulares ao alcance de toda a população... [mas nas ferrovias foi um fracasso, em minha modesta opinião]. Seria da maior importância uma [sic] maior honestidade no debate e, sobretudo, a sinalização de rumos para o Brasil... não podemos ser reféns de disputas ideológicas ultrapassadas".

O Observatório da Comunicação Institucional (www.observatoriodacomunicacao.org.br) - fez a sua parte, analisando também este pleito do ponto de vista da "fala sobre si" dos partidos políticos brasileiros, conforme prometeu em seu portal ainda em 15/10/2013: colocou em evidência a falácia do discurso dos 32 partidos políticos brasileiros.

É hora de escrever programas com mais responsabilidade e cuidado - falha do PSB - e sem demonizar o outro - como PT e PSDB fazem. O que se lê neles precisa ser inspirador REAL para o voto. Assim não nos decepcionaremos tanto depois de dá-lo, como tem acontecido no Brasil, infelizmente.

A pesquisa do OCI: (1.213 compartilhamentos em 10 dias)

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domingo, 7 de setembro de 2014

Cem Anos de RP no Brasil. Muita história e muito presente.


SATISFAÇÃO TOTAL - de expectativa e de espírito - por participar da RPWEEK. 

Por três dias, pude estar imerso nessa verdadeira fonte de energia vital que é o Todo Mundo Precisa de um RP, culminando com a minha chance de falar à galera na manhã de sábado e ouvir colegas palestrantes do mais alto nível e da maior relevância no mercado. 

Pontaço para os - mui - queridos Guilherme Alf, Ariane Sefrin Feijó, Amanda Mayumi Takassiki e Pedro Prochno! 

Gratíssimo por existirem e por serem como são! RRPP de corpo e alma! 

Segue link para a minha apresentação de ontem: 

http://pt.slideshare.net/marcondesneto/apresentao-rpweek-06-09-2014?utm_source=slideshow&utm_medium=ssemail&utm_campaign=post_upload_view_cta.

Abração!
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

40 ANOS DE CARTEIRA ASSINADA, HOJE.


2 de setembro de 1974: eu começava no meu primeiro emprego, em São Paulo, como auxiliar de escritório. 

Em razão desta função, pré-GPS, conheço bem a minha querida - e maravilhosa - cidade. E sorrio a cada esquina da Brigadeiro, a cada poste da Santo Amaro, a cada imóvel da Avenida Brasil - antes casas, hoje negócios. 

Voltei a morar - e trabalhar - por lá algumas vezes, a última no doutorado, na USP. 

Desde 1985 na UERJ, encontrei-me na docência e para comemorar esta data coloco "no ar" 3 novos vídeos: 

2 tele-aulas - uma de RRPP

outra de Marketing Cultural,

e + uma participação especial no programa Tempo de Escola do Canal Futura. 

Como dizia o meu saudoso colega, jornalista Sílvio Júlio Nassar: "trabalho não é sacrifício, trabalho é privilégio".
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Brasil 'oficial' é canalha. Talvez nem uma 'nova política' dê jeito.


Não com esses políticos 'profissionais' que aí estão.

O dia 28/08/2014 ficará marcado na memória.

O orçamento da União para 2015 foi entregue pela presidência da República à presidência do Congresso Nacional propondo um salário mínimo de R$ 788,06 para janeiro de 2015.

Neste mesmo dia, o STF propôs R$ 30.935,00 para o salário de seus ministros (o que desencadeará, no Brasil 'oficial', um 'efeito cascata' extensivo também a parlamentares).

Só o 'reajuste' - para já - será de R$ 6.500,00.

Pergunto: 

- Quem ganha R$ 6.500,00 mensais no Brasil?

- 1% dos agora - anunciados ontem, pelo IBGE - 202.768.562 habitantes?

Temo que não.

Como pode ser 'mãe gentil' uma nação cuja 'elite política', nos três poderes, estabelece assim, calma e institucionalmente, um teto salarial público 40 vezes maior do que o piso?

De novo, o Brasil é 'único' no mundo 'civilizado' (se é que fazemos parte deste 'mundo', como 95o. país no Índice de Desenvolvimento Humano - também noticiado ontem).

Assim como é o único 'civilizado' em que o voto é obrigatório, aliás.

Leonel Brizola dizia que pagar um salário mínimo (e não saber onde, e como, mora o empregado) é bem mais barato do que manter um escravo.

Assim, caminhamos 'cordialmente' para uma guerra civil.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Chicote queimado com sete participantes.


No debate presidencial deste 26/08, na BAND, os candidatos de partidos "nanicos" cresceram. E os candidatos das "coligações" não. Brincaram de "estátua". E ficaram parados onde já estavam.

Marina e Dilma, desde 2010. Aécio apresentou o "museu de grandes novidades", como diria Cazuza, e seu "trunfo" foi anunciar o conservador-chefe. O pastor pregou seus dogmas.

Fidelix foi o único que chamou a atenção para o fato - real - de que, no orçamento, luta-se por "peanuts", bilhõezinhos, enquanto que as reservas internacionais do Brasil só crescem - hoje a cerca de US$ 360 bilhões, a ponto de termos criado, no BRICS, "uma outra versão do FMI" (como disse Dilma) e um banco de fomento - quando pagamos aos rentistas juros estratosféricos (os mais altos do mundo, em termos reais) e aos bancos um pornográfico serviço da dívida (na casa das centenas de bilhões de dólares idem).

O candidato "verde" e Luciana Genro (PSOL) foram os mais parecidos com o cidadão e a cidadã comuns, e reivindicaram em consonância com as reclamações vocalizadas nos movimentos de junho de 2013.

A dança das cadeiras continuará em torno dos cargos executivos, na União e nos estados - com debates na TV e fora dela. Mas a brincadeira brasileira - à vera - está no horário eleitoral "gratuito" das campanhas aos legislativos estaduais e federais. Ali, o ridículo e o desprezo ao bom senso imperam. E é dali que virão as "maiorias" para a tal da "governabilidade" que todos os executivos querem, precisam, cooptam.

Os Estados Unidos - nosso modelo de democracia presidencialista - elegem presidentes há 240 anos. Nós, só há 24. E em todas elas prometeu-se a tal da "reforma política" que nos tiraria do atraso, do compadrio, do conchavo, da demagogia e do patrimonialismo. Nada aconteceu e os parlamentares que o país elege não mudarão as regras que os constituem em "sem votos" que se transformam em "com mandato". Há muito, ainda, a aprender. E a um custo social muito alto.

Será que o Brasil resiste a este aprendizado tão lento?
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sábado, 16 de agosto de 2014

Todo trabalho é digno. E toda profissão regulamentada exige o pré-requisito da formação específica e o devido registro em Conselho Profissional.


O jornal O Globo noticiou, ontem, que o ex-ministro José Dirceu “digita fichas” (o que ele, aliás, acha “um tédio”, segundo a reportagem) preparadas pela bibliotecária do escritório de advocacia em que o mesmo está trabalhando.

Esta notícia deve-se à a fiscalização feita no escritório pelo Conselho Regional de Biblioteconomia (Regional DF).

José Dirceu recebe 2.100 reais mensais por seu trabalho e esta quantia – pela filosofia do próprio partido do agora digitador – deveria passar a ser considerado “piso” salarial em todo o país; um valor “de entrada” de qualquer cidadão no mercado de trabalho. Se conseguisse isto, o partido jamais deixaria o poder… por gratidão da massa. Mas não foi o que ocorreu em quase doze anos. O salário mínimo brasileiro continua sendo uma vergonha internacional. Pagar o que se paga – legalmente – para um trabalhador por um mês de sua labuta no Brasil, eu considero “trabalho análogo à escravidão”. Leonel Brizola, por sinal, dizia que pagar um salário mínimo era mais barato que manter um escravo…

Enquanto isso, o novo presidente do STF, Ricardo Lewandowski (que ainda nem tomou posse), já está reivindicando, na mídia – onde mais? – aumento dos proventos dos juízes, cujo “teto” salarial é, hoje, de pornográficos (para os padrões brasileiros) 29,4 mil reais mensais.

Quanto a profissões regulamentadas, a atitude do CRB deveria inspirar sobretudo aqueles errepês que relutam em se registrar no nosso Conselho Profissional.

Ter um Sistema Conferp-Conrerp funcionando – ainda que mal (por culpa exclusiva dos que insistem em ficar à margem da lei, mantendo os cofres da Autarquia – e, consequentemente, a função “fiscalização” do mesmo – à míngua) é um privilégio que não pode ser dispensado por qualquer pessoa com boa formação e um mínimo de bom senso.

O próprio José Dirceu já fora “impedido” de assumir a “administração” de um hotel de Brasília – por 20 mil ao mês (remuneração mais condizente com os hábitos gastronômicos dos nossos políticos “profissionais”) por grita do Conselho Regional de Administração. “Para ser gerente…”, alegava o relato da fiscalização, “… é preciso ter cursado Administração e portar o respectivo registro no CRA da Região”.

A imagem é da campanha do Observatório da Comunicação Institucional (OCI) pelos 100 anos de RP no Brasil em 2014.
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domingo, 27 de julho de 2014

#RRPP_SÃO_BUSINESS!


Estou produzindo um "curta" sobre o tema "2014 - Cem Anos de Relações Públicas no Brasil", e os depoimentos até agora são de cair o queixo.

Os mais antigos - todos - atuaram no nível de "board" das empresas - como acontecia, e ainda acontece hoje, nos países mais desenvolvidos. O que estragou tudo foi a "desimportância" da tal da Comunicação "Social" no universo dos donos de empresas, seus gestores e contratadores. Os gestores públicos sabiam do potencial da nossa atividade, mas estavam sob o tacão militar.

Infelizmente, "comunicólogos" - há exceções, como sempre - ficam atuando a vida inteira na periferia das coisas que realmente importam no planeta (indústria, comércio, política, gestão, finanças, emprego e renda). Relacionam-nos com entretenimento e com a "perfumaria" do mundo. Influir na tomada de decisões? Nunca! Talvez só na escolha do sabonete, ou do refrigerante, ou do político "profissional".

RRPP seriam implementadas nas escolas de Administração, em 1967, mas a ditadura não deixou e juntou todo mundo que escrevia debaixo da Comunicação "Social" - conceito inventado décadas antes pela Igreja Católica.

Só a independência (dada finalmente em setembro de 2013) e uma aproximação radical com a Administração e os Negócios poderá devolver os errepês ao "lugar" de onde a área deriva ("business") e de onde nunca deveríamos ter saído (o parecer de Caio Amaral - vencido no MEC - era neste sentido, contou Edson Schettine de Aguiar, diretor por 21 anos do DEPCOM da UGF).

Quem lhes conta isto é alguém que ministrou as disciplinas Administração e Assessoria 1 e 2 - por 24 anos -, na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, e agora ministra Comunicação Organizacional na Faculdade de Administração e Finanças da mesma universidade.

Alguém que se formou em um Instituto de Psicologia e Comunicação Social (o "Social" era imposição da ditadura em 1971) que mantinha SOMENTE o curso de Relações Públicas, fiel à tradição dos estudos de persuasão de Edward Bernays e às práticas de David Ogilvy junto à opinião pública - fontes e nascedouro da nossa área... E fundamentais!... Hoje "perdidas" no nosso "comunicólogo" tempo e entregues, de mão-beijada, a engenheiros de "software" e neurocientistas. Mas esta já é outra história.

 #RRPP_SÃO_BUSINESS!

 Evidências: a pioneira escola multidisciplinar, na USP, foi batizada a partir de parecer interno de antes de 1966 - Escola de Comunicações Culturais. Com a pressão da ditadura, mudou sua denominação - em parte - para Escola de Comunicações e Artes. Na UFRJ, onde o curso de Jornalismo tem origens na escola de Ciências Jurídicas (!), foi criada a ECO - Escola de Comunicação. Dois dos pontos de resistência mais conhecidos. Há outros.
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Precificação de serviços... tarefa complexa.


Preços variam muito. Dizem... até... dependendo da "cara do freguês"...

De modo geral, em relações públicas, um trainee (com até dois anos de formado) pode cobrar 50 reais a hora de trabalho - seja num planejamento, seja numa operação (de evento, campanha, conteúdo para portal na web).

Já para alguém "júnior", 75 reais/h; "pleno": 100 reais; e "senior" 200 reais. 

Em um mundo ideal, essas cifras seriam calculadas, mesmo no Brasil, em dólar (que é o que praticam as consultorias de grande porte, aqui - eu já trabalhei em três dessas empresas). Ou mesmo em euros, se o serviço for estratégico. 

Há casos em que se pode ganhar mais, mas isso dependerá muito do cliente. E sempre há a possibilidade de fechamento de "pacotes", quando se quer o consultor em bases mais permanentes. Aí o valor não é mais contabilizado em horas - pois ficaria muito caro - mas em semanas alocadas ou meses; e com "preço fechado" - um "job").

Pode-se prestar serviço como autônomo (registrando-se na prefeitura como pessoa física), MEI (micro-empreendedor individual) ou empresa limitada (agora sob o SIMPLES). 

Evite-se o termo "consultoria" na razão social, se for criar empresa. O Sistema CFA-CRA acha-se "dono" da palavra. Parece absurdo - e é - mas muita gente (inclusive eu) já perdeu tempo com isto... em vão.

O registro profissional em Conselho nada tem a ver com o formato da cobrança por serviços. 

A prefeitura tem uma classificação de prestadores de serviços autônomos (para emissão de RPA) que não é, necessariamente, coincidente com a legislação do trabalho ou a legislação fiscal. Por isso, aliás, o Brasil é dos últimos países no ranking da pesquisa "Doing Business", ano após ano. 

O contador, sim, é quem pode ajudar a verificar a melhor forma, em cada localidade sede da prestação do serviço. Afinal, há regramentos estaduais e municipais especiais que fazem incidir alíquotas diferenciadas ou até isenções fiscais! É o caso de Barueri com o leasing, por exemplo. A cidade aprovou uma legislação sobre este tipo de empresa que fez com que TODAS as empresas de leasing tivessem sua sede naquele município! 

É o tal do "cipoal fiscal" que nem um governo atreve-se a desvelar neste país.

Mas há que formalizar-se e no Brasil, com todos os percalços e demora, o custo e o tempo estão baixando. A dificuldade não nos deve desanimar.
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sexta-feira, 18 de julho de 2014

FLEXIBILIZAR OU FISCALIZAR? EIS A QUESTÃO!


Ontem, foi aprovada pelo Congresso Nacional – e encaminhada a sanção presidencial – lei que obriga farmácias e drogarias a terem um farmacêutico de plantão.

A lei baseia-se em um só ponto central: a questão da Responsabilidade Técnica (RT).

Responsabilidade Técnica é direito-dever das profissões regulamentadas. Como a nossa.

E o reconhecimento disto por todo o arco da sociedade é algo desejável embora difícil e complexo num país com as dimensões e diferenças regionais do Brasil, sobretudo nos quesitos “cidadania” e “direitos civis”.

Porém, a dificuldade não deve ser um entrave num ambiente que se quer civilizado, e fazer jus ao posto de oitava economia da mundo.

Esperemos a sanção presidencial desta lei. Acompanhemos o assunto.

Por analogia, muito interessa neste momento – espero que – final – das discussões sobre “flexibilização” da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP, momento em que se pode cogitar, ao invés de uma decisão interna ao Sistema Conferp-Conrerp (por Resolução Normativa), partir para a revisão da nossa Lei 5.377 no Congresso Nacional.

Lembremos, ancorados na realidade, que o dispositivo acima mencionado – ao largo de toda a discussão sobre real necessidade (hoje toda farmácia e toda drogaria têm que ter um Responsável Técnico) – levou 21 anos para tramitar!

Ora, sabemos que toda comunicação de caráter técnico tem que ter um relações-públicas como Responsável Técnico, o que tem potencial de empregar todos os perfis de RP que as IES puderem formar, ontem, hoje e sempre! E, cá entre nós, melhoraria em muito a comunicação de nossas empresas, entes públicos e organizações da sociedade civil.

Por que não direcionamos nossa energia, no Sistema Conferp-Conrerp, então, para fiscalizar e fazer valer o nosso direito legítimo, assegurado por lei (o que muitas categorias demandam no mesmo Congresso Nacional, há anos), ao invés de “abrir” nosso registro?

Essa é “a” questão.

E todos aqueles que estudam, ensinam, praticam, regulamentam e fiscalizam RP precisam se posicionar quanto a ela.

OBS.: A imagem acima é uma criação de Guilherme Alf e remete ao movimento #TODO_MUNDO_PRECISA_DE_UM_RP. Informe-se sobre. Participe. Colabore.

Em 2014, ao completar 100 anos, nunca mais as Relações Públicas serão as mesmas no Brasil.

[Do Observatório da Comunicação Institucional, em 17/07/2014].
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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Agora é BRA. BRA de bravata!

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O recreio acabou.

Prefiro perder 90 minutos de diversão nas quartas e sábados e que o país - e os brasileiros - "funcionem" em todo o tempo restante. O que não dá é achar que ser hexacampeão compensaria o milésimo lugar em índice de desenvolvimento humano, taxa de compreensão do que se lê, raciocínio quantitativo, e no ranking "doing business".

Alguns idiotas da objetividade não gostam que se relacione o futebol dos canarinhos com governo e dinheiros públicos e criticam quem relaciona. Ora, eu também não gosto!

Mas... sobre dinheiro privado VERSUS dinheiro público: a FIFA recebeu isenções fiscais, a CBF tem verbas públicas e TODOS os clubes e federações que a compõem DEVEM à previdência, imposto de renda recolhido dos atletas na fonte e não repassado à RFB, além de tributos estaduais e municipais.

As TVs e rádios que vendem a mídia mais cara do mundo, em dólar, são concessões públicas - e os anunciantes maiores são... Petrobras, CEF, Banco do Brasil, ApexBrasil e Correios.

Meu ponto é se Faustões e Galvões, além de Neymares e David Luizes, teriam coragem de andar entre as pessoas (do povo) que os adulam com um crachá constando sua pornográfica renda anual.

Vamos ser transparentes?

Não sou eu quem "junta" governo e futebol, tentando "faturar" o "coração amarrado na chuteira do Itaú". Quem faz isso, há tempos, é o governo do PT-PMDB desde que compactuou com a pantomima do Sr. Blatter, em Zurique, "sorteando" o Brasil (único país candidato a sede) a país-sede em 2007.

E prometeu 12 sedes (quando só eram necessárias 8 - e em estados absolutamente "sem-futebol"), Itaquerão (um escândalo pago com dinheiro público), o trem-bala entre Rio e SP (outra piada), as obras de mobilidade urbana (desnecessárias "p'ra ontem" e superfaturadas se em 2011 o Congresso Nacional aprovou uma lei que permitiu a governadores e prefeitos criarem feriados "na canetada" (do que o comércio e as atividades estão se ressentindo agora, e muito) e entregou à FIFA uma renúncia fiscal (com o meu, o seu, o nosso dinheiro) sem precedentes, descumprindo, até, a lei (tão suada) de proibição de bebida nos estádios (de excessos que até o Sr. Valcke reclamava anteontem, na mídia).

Agora é BRA. BRA de bravata.
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domingo, 22 de junho de 2014

A enganação da democracia direta do corinthiano Lula.

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Antes de criar mais instâncias - Conselhos, Conferências -, seria interessante se os políticos "profissionais" - ou melhor, os partidos, educassem a população politicamente (usando o horário eleitoral "gratuito, por exemplo), ao invés de discursos vazios de conteúdo com que nos empulham de 2 em 2 anos; e mudando a realidade atual em que ninguém quer ser síndico ou sequer participar de assembleias do condomínio em que moram.

Para que deixassem de pedir "ajuda" ao vereador para capinar a praça e passassem a cuidar de suas ruas. Parassem de "dar" votos ao deputado estadual que mantém uma milícia e um posto de "serviço social".

Instigando as instâncias "diretas" e deixando como está aquelas que vêm pelo voto, os políticos "profissionais" mantêm as mamatas, assentos, preferências, privilégios - com salários e benefícios impublicáveis, e fingem que "nos ouvem" por meio de conselhos (com dezenas, centenas, milhares de pessoas que "trabalham" sem qualquer remuneração, reunindo-se, escrevendo, pensando, discutindo), mas que só existem "para inglês ver", porque NADA usarão (sei por experiência própria) do que muitos crentes discutiram, suaram a camisa para "aprovar" em assembleias intermináveis - mas os políticos votam 3 vezes por semana - se tanto - em acordos de lideranças que levam segundos de "os que estão de acordo permaneçam como se encontram" (sic)... APROVADO!

Democracia seria extirpar TODOS os que não se enquadram na ficha limpa JÁ.

Extirpar TODOS os que ilegalmente mantêm veículos de comunicação.

Eliminar o salário - parlamentar não é profissão - e voltar a um tempo (sim isto já houve no Brasil) - em que pessoas de bem, com suas profissões bancando suas vidas, tinham mandato parlamentar para, duas vezes por semana, votar leis e aprovarem - ou não (vide AMARRIBO.org.br) as contas do Executivo.

Antes de partir para 'outro' sistema de democracia é preciso fazer funcionar bem a democracia representativa que temos - e que funciona em todos os países mais desenvolvidos socialmente que o Brasil.

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quinta-feira, 12 de junho de 2014

90 milhões dizem não... PT-PMDB... tchau-tchau mensalão...


Ôô-Ôô-Ôô-Ôô... Rolou a bola... ao som de J-Lo. E a FIFA Fan Fest também. Como seria pedagógico se cada cidadão brasileiro pudesse fazer uma visita "técnica" a uma ilha de edição de vídeo. E descobrir como são "fake" as reportagens especiais dos jornais da noite - que mostram uma estreia exitosa da Copa no Brasil, colhendo uma e outra manifestação de populares em que até o ridículo show de abertura pareceu um sucesso. O Galvão a-do-rou.
Edição de TV faz isso com a gente: engana. Collor "ganha o debate de Lula", Bush Jr. faz discurso no porta-aviões bradando "mission accomplished" e o Iraque acabou como país e desponta como pavio planetário aceso com Obama dizendo que, agora, este é um problema da "comunidade internacional". E o Ôô da Claudia Leitte encerra "bem" a nossa jornada nesta quinta-feira, feriado. Lembremos Cid Moreira: Boa noite.
O ministro Gilberto Carvalho - o homem dos "Conselhos" e Conferências Sociais por decreto - dá agora uma entrevista ao vivo, no programa "Diálogos", na Globo News, e desdenha a calamidade do (des)governo do PT-PMDB : "A festa se estende por todo o país. A imagem do nosso país vai ganhar um grande crédito (sic). Acho que o Brasil ganha e a Dilma ganha. A eleição é outra coisa... O Brasil merece estádios confortáveis... houve uma brutal desinformação...".
Mas foi D. Dilma que foi vaiada no Itaquerão do Lula e "inaugurou' um metrô em Salvador que não funcionará mais em 2014, além do "passeio presidencial".
E digo eu, sobre a edição do decreto da Comandanta Dilma: "Pior - e anterior - a editar decretos: as conferências (de que participei) de Cultura e de Comunicação, só existem para o PT 'dizer que fez', 'dizer que ouviu', porque NEM UMA das 'centas' contribuições dadas de boa-fé nas 'n' pré-conferências (e tome gasto do dinheiro público) regionais, estaduais e municipais, foi acrescentada àquilo que os 'gênios da raça' (como aquele ministro que não vê o que museu tem a ver com educação, ou aquela ministra relaxada e gozada) já haviam preparado anteriormente em seus convescotes nos comitês-sovietes-fechados".

LINK para mais imagens ilustrativas não-editadas.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Uma vida em 7 estações - ou em 30 minutos - HOJE, no Marcia Peltier Entrevista, CNT/Gazeta, 23 horas.


ASSISTA AGORA!

1
Margarida Kunsch disse certa vez, em sala de aula, que o saber é "artesania intelectual". Pois bem, esta artesania é trabalho de carreira, de vida inteira. É como a construção de uma reputação. É reconhecimento fruto de perseverança. Algo que vai muito além da imagem, ou da relevância que se atinge em determinado momento-flash da vida, ou mesmo dos relacionamentos - que vêm e vão. O conhecimento é um edifício de tijolos pequenos. Mais a argamassa dos encontros, nas organizações. Cada pessoa pode contribuir um pouco. Na academia, cada tese doutoral é um tijolo da construção. Departamentos, faculdades e universidades constituem a argamassa.

2
Em minha carreira, que agora chega a 29 anos na UERJ, os primeiros vôos foram curtos. Comecei como professor auxiliar, ainda no saudoso Instituto de Psicologia e Comunicação Social da UERJ, com 10 horas semanais (era preciso acomodar a nova atividade com a carreira no mercado) e, depois, com o mestrado (da ECO/UFRJ), cheguei a professor assistente. No ano 2000, conclui o doutorado (na ECA/USP) e tornei-me professor adjunto, com minha tese em marketing cultural. E o doutorado é - dizem muitos - só o começo.

3
Nos primeiros anos, as incursões foram tímidas. Cursos de extensão na UERJ e palestras em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis. Veio o primeiro livro, sobre a tese. Depois, alargou-se o circuito: Macaé, Juiz de Fora e São Paulo. Em 2006, a primeira entrevista para uma TV por assinatura. Em 2008, o segundo livro "Relações e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração". E, de lá para cá, diversas oportunidades para falar à mídia, sempre em rádios e em emissoras fechadas de TV.

4
Os convites se multiplicaram; Bauru, Salto, Campinas,  Uberlândia, Porto Alegre. Em Passo Fundo, a segunda edição do livro "Marketing Cultural: das práticas à teoria" rendeu-me um prêmio, o Vasco Prado, na 12a. Jornada Nacional de Literatura. E em 2009 comecei nova etapa na carreira, agora na Faculdade de Administração e Finanças da UERJ.

5
Em 2011, com o terceiro livro, em coautoria, sobre Economia da Cultura, veio a chance de falar à CBN, em rede nacional de rádio. Aí o leque se abriu mais: Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Goiânia. Em 2012, com o quarto "filhote", o site "RRPP.com.br" e seus 4 Rs das Relações Públicas Plenas, veio a promoção a professor associado e, consequentemente, viagens mais longas; a Salvador, Aracajú, Maceió, São Luís e Santa Cruz do Sul.

6
E o livro "A transparência é a alma do negócio" - onde explico o mix dos "4 Rs" é o objeto da entrevista de hoje a uma emissora aberta de TV, a Rede CNT-Gazeta, no programa "Marcia Peltier Entrevista". A jornalista foi a primeira colunista de cultura da Globo - fato memorável que comentei com ela durante a gravação havida na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, sob a direção de Marco de Cardoso.

7
E a próxima parada está fora do país. É preciso explicar as Relações Públicas Plenas por lá, porque RP no exterior, é sinônimo de assessoria de imprensa, "media relations". No Brasil, o estatuto acadêmico abrangente da área, que completa 60 anos (em 1954 foi fundada a nossa ABRP - base-mestra do Sistema Conferp-Conrerp), é muito mais complexo. Para se ter uma ideia da amplitude da visão de RP "no modo brasileiro", assessoria de imprensa é apenas uma tática no universo de oito estratégias e dezesseis táticas que se desdobram a partir dos 4 Rs originais de minha nova tese. E lá vou eu, "vender o nosso peixe".
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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Paradise.


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Paradise.
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domingo, 18 de maio de 2014

Do STF ao Planalto - o hino da seleção de se_tenta (se_consegue).


Do STF ao Planalto (cantarolando, em coro, depois da tradicional introdução assobiada)

Noventa milhões votam NÃO
PMDB e PT
Tchau tchau mensalão

Todos juntos vamos
Juntar o Brasil
De Sampa ao Maranhão

De repente é aquela torrente de gente, parece que todo o Brasil acordou
Nós desligados da televisão
Juntos na oposição

Todos juntos vamos
Limpar o Brasil, tá vil
Chama o Barbosão!

Todos juntos vamos
Mudar o Brasil, a mil
Nessa eleição!
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domingo, 11 de maio de 2014

Vamos ser... transparentes?


Que tal?

E qual o critério para esse vamos? Todo mundo? Como? Nos blogs pessoais? Nas redes sociais? No cartão de visitas? Na testa?

Temos que começar de algum modo, por algum meio, certo?

Comecemos, pois, pela chamada inserção na mídia.

Não é a mídia a principal janela - dos outros - e aberta - por esses próprios outros - para que os espiemos?

Não gostam - os outros - de aparecer, de aconselhar, de brilhar? Nos jornais, revistas e audiovisuais de cinema, vídeo, internet e TV - aberta e fechada?

Relações Públicas puras... na veia, quer dizer, à vista... de todo o mundo

OK. Então que, além de seus nomes ou pseudônimos, digam sua renda mensal. Não, não. Não é mais preciso dizer a profissão. Ou a idade - coisa incômoda! Nem de onde veio, saiu, foi mandado...

Toda vez que aparecerem, aparecerá junto só o número, a cifra. Bruta, antes dos descontos. E se for uma aparição sem voz - tipo Caras -, que seja dada a informação via lettering, na telinha ou na foto, para que saibamos o quanto fatura mensalmente aquela criatura de Deus. Sim, porque somos todos filhos Dele.

Ah... faltou o rádio - essa mídia que teimosamente resiste. Que sejam informadas as rendas mensais dos locutores e dos entrevistados, pois, sempre antes de se começar o papo radiofônico.

Quem acontece...

Tony Ramos, Fátima Bernardes e Roberto Carlos - novos propagadores da carne. Ronaldinho, garoto-propaganda da FIFA, Luciano Hulk, da TIM, o Galvão Bueno, o Faustão, a Giovana Antonelli, a Fernandona, o Crivella, o Garotinho, o padre Marcelo Rossi, o Papa. Todo mundo, sem exceção.

É isso mesmo. Todo mundo! O FHC, o Lula, o Sarney, o Mantega, o Eike, a Miriam Leitão, a Rachel Sheherazade, o Felipe Massa, o Felipão, o Fred, o José Maria Marin, a Xuxa, o professor participante do 'Globonews Painel', o médico no 'Sem Fronteiras', o motorista de ônibus no 'Pânico na TV', o transeunte entrevistado pelo 'SBT Repórter' para a matéria do assalto, a dona de casa ouvida pela 'Hora do Brasil'. Sem exceções. Ninguém escapa. Apareceu na tal da mídia, tem que declarar quanto ganha por mês, senão não aparece. E isso não vai tomar mais tempo ou espaço da mídia. Ao invés da idade, a renda. Sempre.

Transparência. Que tal?

99 VERSUS 1

Segundo o best seller do momento, o economista francês Thomas Piketty, chegou-se a um ponto nunca antes atingido na concentração da renda e da riqueza no mundo.

E não são os rentistas os principais vilões. São os salários pornográficos que se paga por aí para dirigir as petroleiras, os canais de TV, as cadeias de lojas etc. etc. etc.

Indago: como é que conseguem, ganhando salários astronômicos, conviver bem com a audiência, os empregados - e seus clientes - que não têm como morar, como se alimentar, como cuidar da saúde, como estudar, como viver?

Vai ter gente muda, ficando vermelha diante das lentes... ou se perdendo em intermináveis explicações...

Então, é isso aí, pessoal da produção! Aqui e lá fora! De hoje em diante, apareceu diante das câmeras de fotografia ou de vídeo, ao lado da autorização de uso da imagem, peçam uma declaração da renda mensal.

O povão precisa saber.

Vai ser muito pedagógico sobre nossas democracias.
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quarta-feira, 30 de abril de 2014

"Somos todos macacos" é emenda pior que o soneto.

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No presente imbróglio, dá para entender porque a "torcida do Flamengo" (a parte que estudou mais) quer ir embora daqui.

Como professor, entre outras cadeiras, de planejamento, sempre pergunto aos estudantes:

- Somos bons de improviso e isto nos fez péssimos de planejamento ou não planejamos porque somos ótimos na improvisação?

Executivos brasileiros são incensados no mundo porque dão nó em pingo d'água, mas será que isso é, só, uma qualidade? Ou pode ser encarado como uma falha também?

Sabemos que seríamos a sede da Copa desde antes de 2007 - aquela pantomima do "sorteio" do país-sede da Copa em Zurich... e estamos pagando (e caro) este mico; super-faturamento e... feriados de um mês (o que dispensaria as obras de mobilidade urbana sob este pretexto (!).

Ontem, um executivo do COI disse que o trabalho preparatório do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos é o pior que já viu em sua vida... para depois vir o - eterno - Nuzman e o - inacreditável - Paes desdizerem-no brandindo mais um "nota à imprensa" politicamente correta do próprio COI. Politicagem.

Racismo... aqui e lá...

No caso do proprietário do time de basquete dos EUA (banido do esporte e multado em 2,5 milhões de dólares), não foi o Estado que o baniu, mas a própria NBA - uma ONG cortando na própria carne (!). A luta por direitos civis completou 60 anos nos EUA... mas ainda nem começou neste patropi...

Domenico de Masi está - de novo - no Brasil dizendo que somos "modelo" para o mundo. Nada mais equivocado. Domenico de Masi assim diz porque não sabe mais falar em outro lugar... dado que o - insano, indecifrável, iletrado - Brasil concretiza suas teorias que, simplesmente, não cabem no mundo desenvolvido do qual ele mesmo é produto feito e acabado. Acha o carnaval carioca um exemplo do seu "ócio criativo".

Arte não é ócio. É trabalho, é produção, que - como todos os outros - precisa ser reconhecido e remunerado.

Este país "modelo" separou a Educação da Cultura (embora a teimosa sigla "MEC" continue em vigor para nos mostrar o erro). E só a cultura (que, esta sim, é a base de tudo, inclusive do 'jeitinho brasileiro') e a educação podem tratar da "questão 'bananalizada' do preconceito' que inspirou este tópico.

E para quem não aprende?

Tipifique-se o crime, cobre-se a multa e prenda-se se preciso for.

Mas - sempre tem um "mas" - enquanto o Japão elucida 90% dos seus homicídios (0,3 em 100.000 habitantes - primeiro, no mundo), o Brasil elucida 2% dos seus 200 homicídios por 100.000 habitantes - último, no mundo).

E nosso - desonesto, chantagista e ignorante - Congresso Nacional - é a "cara" dos... eleitores. É - mesmo - como escreveu Decio Pignatari - Podbre Brasil!
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sexta-feira, 11 de abril de 2014

“A outra face da medalha da Ética é a Transparência”. Por Manoel Marcondes Neto, do Observatório da Comunicação Institucional, doutor pela ECA/USP.


Fala inicial no Painel “Os dilemas éticos da comunicação”, 3o. Fórum Abracom de Gestão da Comunicação Corporativa, São Paulo, 09/04/2014.

Agradeço muitíssimo a Abracom, sua diretoria e membros associados, a gentileza de abrir esta oportunidade ao OCI, uma entidade sem fins econômicos ainda bebê, criada há um ano e dois meses apenas.

Falar após uma filósofa como Terezinha Rios não é fácil... Preparei um texto, mas devido ao horário e às indagações colocadas por Eugênio Bucci, reformulei e adaptei também à luz do que pude ouvir no momento anterior deste Fórum...

Tratando de dilemas contemporâneos que afetam diretamente a nossa área de comunicação, listei cinco situações, questões, ou instâncias às quais o Brasil pede leitura e respostas:

1. Instituições fortes ou não?
2. Planejamento ou cultura do improviso?
3. Poder econômico ou poder político?
4. Estado mínimo ou Estado indutor?
5. Jornalismo forte ou “jornalismo de assessoria”?

Antes, porém, é preciso fazer três anotações que julgo necessárias sobre o Painel que nos antecedeu.

- É, no mínimo, curioso que neste Fórum, numa mesma frase, tenhamos ouvido um clamor por “instituições fortes” seguido de uma “prece” por “explosão” do Sistema Conferp-Conrerp.

- Também é paradoxal, incoerente, e intrigante, que quem tenha participado da comissão de especialistas que “enterrou” a ideia de polivalência da comunicação “social”, compartimentando – por decreto – Jornalismo, Relações Públicas, e possivelmente as demais (antigas) habilitações da área de saber, pregue uma ideia – indutiva, propagandística, impositiva – de... “mestiçagem”.

- E na sequência, ainda, que, falaciosamente, se lembre do “tempo da ditadura” para referir-se aos relações-públicas, quando as ocupações formais de publicitário e jornalista (com seus DRTs e MTbs) também foram estabelecidas por leis nos mesmos anos de chumbo.

Agora, prosseguindo: o que, afinal, queremos?

Somos ruins de planejamento, no Brasil, porque somos excelentes na improvisação? Ou improvisamos porque não sabemos planejar – e cumprir planos? Sabemos que a Copa do Mundo aconteceria no país desde 2007 e, hoje, metade dos 12 aeroportos das cidades-sede tem as suas reformas inacabadas até depois do torneio mundial, assumidamente. Vendemos ao mundo imagens desenhadas, ilustradas, edulcoradas... mas a realidade nos revela um rascunho bem menos “artístico”. Em 2011 aprovamos em Brasília uma lei que permite a governadores e prefeitos decretar “feriados” nos dias de jogos. Para que, então, as obras “especiais” de mobilidade urbana (superfaturadas por “urgentes”), se não haverá trabalho e aulas naquelas datas?

Queremos uma democracia, mas nos rendemos ao diuturno noticiário em que o poder econômico avassala as relações políticas. E uma lei que limita a presença ilimitada de empresas no financiamento de campanhas eleitorais foi alvo de providencial “pedido de vistas” no STF para que isto “não atrapalhe” o pleito de outubro próximo...

Queremos um Estado “presente”! Votamos nesta ideia para o poder central já por três vezes seguidas, em oposição à ideologia anterior de “Estado mínimo”. Mas o que tem sido “entregue” a nós? Num e noutro “regimes”, o uso do Estado por uma casta de políticos “profissionais” sempre de costas para o povo. Recentemente houve o estabelecimento de parceria entre a Rede Globo e a “tele” Oi. Ou seja, os medos da mídia eletrônica em termos da concorrência “desleal” das teles simplesmente desapareceram. E o mercado publicitário concentrou-se ainda mais – em situação de genuíno monopólio. E o que faz o Ministério das Comunicações? E o CADE? O mais eloquente dos silêncios.

Em São Paulo, ainda vive-se sob duas grandes “casas jornalísticas tradicionais”. Lê-se a “Folha” ou o “Estado”. Claro está que isto é só uma redução “didática”, ainda mais em tempos de internet. Mas o que dizer do Rio de Janeiro, segundo centro econômico, político e cultural do país? Tem-se só “O Globo” por lá, após a melancólica saída de cena do contraponto oferecido pelo Jornal do Brasil. Como esta plateia reagiria se amanhã de manhã só houvesse uma das duas tradicionais opções dependurada nas bancas?

Assessoria de comunicação forte combina melhor com a ideia de jornalismo forte, diverso. Se a assessoria de comunicação é forte, mas o jornalismo fraco, o que advém? Um “jornalismo de assessoria”, imposto, como hoje, por cerca de 25 empresas fortíssimas no segmento, as quais, se um lockout promovessem, não teríamos jornais para ler ou telejornais para assistir no day after. Sobraria, talvez, algum rádio... e a internet.

Essas questões inquietam o setor. E devem ser – para usar um termo da moda – “endereçadas” aos verdadeiros centros pensantes da nação. Este Fórum da Abracom é um deles.

Ao debate, pois.
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