quarta-feira, 28 de março de 2012

Lançado o composto das relações públicas!

Na minha vida, tive a sorte de contar com ótimos professores, desde o início, no ensino fundamental e no "Clássico" - Dilza, Dora, Cidinha, Antonieta, Tonica, Maria Galdina, Sonia - são nomes desse tempo.


Na UERJ, idem. Cid, Aquiles, Ivair, Heloisa, Nuno, Arthur, Roberto, Herbete e José Henrique são alguns memoráveis mestres. Mas um ficou mais marcado na minha carreira: Manoel Maria de Vasconcellos (
www.cpdcom.inf.br).

Pioneiro do marketing e das relações públicas no Brasil - tanto praticando quanto ensinando (UFRJ, UERJ, PUC, FACHA, ESPM, UNESA), Vasconcellos vislumbrou o contato entre as duas áreas e influenciou-me com sua visão.

E nada há de mais fundamental em marketing que os 4 Ps de Neil Borden e Jerome McCarthy. Algo que veio de fora para dentro da academia. Direto das reuniões de vendas para as salas de aula, na então nascente disciplina (Estados Unidos dos anos 1940/50).

Manoel Maria esteve no grupo que introduziu a nova matéria no ensino de Administração da FGV (anos 1950) e que, "de quebra", deliberou também que a "coisa" nova não teria tradução para o português. E o mestre dizia: mar-qué-tin-gue, com seu sotaque potiguar.

Conheci-o na UERJ, ministrando "pró-pa-gan-da" (ressoa até hoje em meus ouvidos), e amando o que fazia - ainda era consultor de empresas (revisou minha primeira proposta de prestação deste serviço, como autônomo, em 1986), além de ensinar (na pós da ESPM, também à época).

A "sacação" de resumir tudo o que se pode extrair de uma visão - que chamei "plena" - de Relações Públicas, nasceu naquelas salas do décimo andar. Antes eu já havia ousado colocar um 12o. P no composto de marketing do Francisco Madia ("Powerbranding"), criando um neologismo. Agora, a tentação do mnemônico ajudou a sintetizar um composto de RRPP (e teimo no uso desta sigla para sempre lembrar de outro grande mestre: Roberto Porto Simões): os 4 Rs: reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação.

E o meu impulso de doação, de informação disto a todos aqueles que ainda não conhecem as Relações Públicas, mas que delas muito poderiam beneficiar-se - sobretudo indivíduos e pequenos/médios empreendedores - é meu presente por 30 anos de formação.

Salve!

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terça-feira, 27 de março de 2012

Nasceu!

GRANDE DIA!

DIA DE LANÇAR OS 4 Rs aos 4 ventos.

E com o auxílio luxuoso de jornalistas e publicitários – num mix de sonhos para quem acredita em comunicação integrada.

Visite o website: www.rrpp.com.br

Assista ao vídeo: Os 4 Rs das Relações Públicas

Leia o livro: A transparência é a alma do negócio

Agradeço aos jornalistas:

Terezinha Santos, Luis Monteiro, Roberta Santo, Bruna Paranhos.

Agradeço aos publicitários:

Lucila Komolibus, Guilherme dos Reis e Alvaro Magalhães.

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domingo, 25 de março de 2012

RELAÇÕES PÚBLICAS são demandas pelo mercado, mas pouca gente sabe a quem procurar...

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Talvez como um vício de origem – o relações-públicas não tem que aparecer, só o seu cliente – as RRPP não fizeram o “dever de casa” em termos de sua própria divulgação.

Começando pela lei, que vinha de cima para baixo, obrigando a todos, fiscalizando, multando e punindo. Foram só dois anos de tratamento de exceção – entre 1967 e 1969 –, quando qualquer pessoa podia se registrar nos nascentes Conselhos Regionais comprovando conhecimento e práticas das técnicas básicas.

A profissão e a área já existiam. E eram muito prestigiadas.

Em 1951 a CSN foi pioneira e criou um serviço. Em 1954 um primeiro curso foi dado na FGV do Rio de Janeiro pelo consultor americano Eric Carlson. Nosso mestre Manoel Maria de Vasconcellos estava lá...

No mesmo ano foi criada a ABRP – uma típica ONG, resultado da reunião de pessoas em torno de um ideal.

Esta organização, forte como ficou, é que deu as bases para a criação do Sistema CONFERP/CONRERP.

Mas isto também dá outra história...

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terça-feira, 20 de março de 2012

RELAÇÕES PÚBLICAS AO ALCANCE DE TODOS !

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Uma experiência profissional muito gratificante foi entrar para a equipe de professores do primeiro curso de pós-graduação em Comunicação Empresarial do Brasil oferecido por uma universidade federal; a de Juiz de Fora.

O CEMP da UFJF tem tido, sistematicamente, uma grande procura por parte de interessados – das mais diversas formações – em atuar em Comunicação no âmbito de organizações e cabe-me, na grade curricular de lá, ministrar a disciplina “Propaganda Institucional e Relações Públicas nas Empresas”.

E, em 2008, lancei o livro-texto que passou a dar suporte à docência dessa disciplina: “Relações Públicas e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração”.

Lançamento no Rio de Janeiro.

Lançamento em São Paulo.

Lançamento em Juiz de Fora.

A história desse livro é a seguinte: tendo lecionado as disciplinas “Administração e Assessoria em Relações Públicas” 1 e 2 durante o tempo em que elas foram oferecidas na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, de 1985 a 2005, fiz uma sistematização de diversas apostilas, artigos e textos usados, tentando reunir em um só volume tudo aquilo que fosse possível no sentido de tornar o estudante concluinte do curso de Relações Públicas apto a mover-se com desenvoltura no campo dos negócios, tanto empreendendo quanto se colocando no mercado de trabalho – este último, o principal objetivo do pessoal nessa fase da vida.

A partir de 2006 passei a lecionar a nova disciplina “Assessoria e Consultoria” – e a cadeira de Administração voltou a ser, como nos meus tempos de estudante, de responsabilidade da FAF , a Faculdade de Administração e Finanças da UERJ.

Mas a FAF já dá outra história...

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segunda-feira, 19 de março de 2012

?QVOSQVE TANDEM CATILINA ABUTERE PATIENTIA NOSTRA?

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E mais um festival de imagens de corrupção explícita assola o país. Ainda mais picantes! Ainda mais reveladoras! De gente ainda mais descarada! Onde vamos parar?... perguntaria Mino Carta a seus atônitos botões...

- Até o inferno!

Mas o inferno já é aqui. A Chevron tenta perfurar o pré-sal na surdina... o ciclista “inadvertidamente”(*) não consegue se desviar de um bólido na descida da serra de Petrópolis... e faltam verbas para a saúde...

Terceirização: o termo que não quer calar.

Talvez possamos conseguir um outro país que aceite que terceirizemos a ele as nossas mazelas. Pagamos 20% de “overprice” para quem se candidatar. Burkina Faso? Ilhas Maurício? São Tomé e Príncipe? Ninguém se habilita...

O rótulo pomposo – outsourcing – chegou para ficar no patropi. E a regra junto: foco no core business. Estavam postas as condições para o surgimento de “n” empresas “especializadas” em... tudo! Manutenção predial, Serviços, Locações e Alimentação Ltda., Segurança e Entretenimento, Faxina Ilimitada etc.

Redução de custos. Tá downgrade no high society!

Ganha um doce quem provar que a contratação de faxineiros, seguranças, cozinheiros saiu mais barato que pagar salários diretos. A desculpa foi boa – no início – mas logo depois os políticos descobriram algo muito melhor que as empreiteiras (sempre visadas e com o risco de desabarem as pontes), os publicitários “tipo” Marcos Valério – especialista em fachadas bonitas.

Não é core business? – terceiriza, mano!

Era chegada a hora da terceirização daquilo que não fosse foco central, ou seja, no caso da Reebok, por exemplo – tudo – tendo sobrado só o microcomputador do designer. O resto? Fazemos fora. É mais barato.

Tudo começo assim... e depois veio a lei das licitações, a 8.666 – que não à toa tem essa alcunha toda.

(*) Você já deu um passinho para trás no Metrô, ou um "passão", no ponto de ônibus? Estamos falando de objetos que se aproximam de nós a 40 km por hora, um pouco mais, um pouco menos. Nossa percepção funciona, mesmo distraídos, e "somos salvos" a toda hora, diariamente, de atropelamentos - também de bicicletas de entregadores em cima de calçadas; motoboys entre filas, no trânsito; e automóveis conduzidos por "navalhas" diversos. Mas... como escapar de um bólido que pode andar a mais de 300 km por hora? O termo "inadvertidamente" constante da "nota" inicial do filho de Odin improcede, pois. E toda a argumentação baseada nisto, também.

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Conselho de Comunicação é demanda de 1988!!!

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Os processos são demasiado lentos no Brasil.

Pelo contrário, as empresas se antecipam, agilizam-se, e vão escrevendo a história da nossa mídia, da nossa cultura, da nossa educação.

46 milhões de brasileiros 'votaram' num paredão do BBB. Enquanto isso, uma notícia perdida na seção 'Rio de Janeiro' de O Globo reproduzia a sonsa notinha - supremo produto das assessorias de imprensa - da Chevron, dando conta de que 'pedia para parar de produzir depois de um vazamento de 5 litros de petróleo'.

Alguém acredita que é possível detectar 5 litros de qualquer coisa no Oceano Atlântico? Nem de Kriptonita Verde! Tal empresa deve ser um assombro de tecnologia de rastreio. Recomenda-se que seja contratada para controlar quando uma criança faz 'pipi' na praia.

A empresa fez a nota - com assessores 'coleguinhas' a peso de ouro - a imprensa não fez uma perguntinha sequer e ficamos assim; tudo como dantes... até a próxima crise a ser administrada pelo tráfico de influência.

A Cultura, por sua vez, está abaixo da última prioridade do Governo Federal - os Pontos de Cultura não recebem recursos.

A Educação, errônea e demagogicamente apartada da Cultura por Sarney, o mesmo que criou o monstro indomável dos incentivos fiscais para quem-não-precisa-de-incentivo, mirra. Esse talvez tenha sido o começo da historinha de dar-se um ministério por compadrio.

As duas Conferências de Cultura infelizmente deram em nada e a da Comunicação... parece que vai pelo mesmo caminho.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Tudo começou em 22 de janeiro de 1982...

... Colação de Grau!

Completando 30 anos de formado, resolvi comemorar lançando novo livro, website e um vídeo tratando de Relações Públicas.

Tudo começou com a ideia de um novo site que trouxesse textos de apoio ao ensino de RRPP. Era o ano de 2007. Registrei o domínio na internet e comecei a coletar artigos para as mais diversas atividades que compõem esse nosso “universo”.

Muitos colegas colaboraram – e o primeiro foi o saudoso Marcelo Zikán –, mas a ideia inicial, composta de sete sub-áreas, passou a dez, depois a quatorze. Mais...

Uma loucura!

"Relações Públicas" - habilitação solitária na graduação da UERJ em 1978.

É claro que eu não posso deixar de contar como foi a minha escolha e a minha formação na UERJ, ainda no tempo do Instituto de Psicologia e Comunicação Social (IPCS).

Vinha de um semestre cursado e aprovado em todas as cadeiras na graduação da ECO, tendo antes passado em primeira opção nos vestibulares da FUVEST, em São Paulo – onde eu morava – e da CESGRANRIO (sempre para Comunicação Social). Mudei-me para começar a estudar e a viver na Cidade Maravilhosa.

Era a virada 1976/1977. A ECA voltaria à minha vida, mas noutro momento – o do doutorado.

Na UFRJ eu não me encontrei. E prestando novo vestibular para a UERJ, “achei-me”, a partir do ano seguinte, no curso de RRPP – era aquilo que eu queria!

Bem, por ora, as primeiras novidades: no Facebook e no Twitter. Visitem!

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quarta-feira, 7 de março de 2012

A democracia é o regime em que são garantidos plenos e iguais direitos à pessoa... jurídica.

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"Carta" enviada hoje aos mais de 1.000 membros do Clube de Comunicação:

Queridos "sócios" (quem é "sócio" deste clube tem tudo),

Ecoo Mirna Tonus: o que me preocupa - e deveria ser preocupação de toda a cidadania brasileira, se bem que 46 milhões destes estão mais ocupados "votando" em quem será eliminado no próximo "paredão" do Bial - é a qualidade do jornalismo que se faz no país.

Para além da graduação ruim - o que é mau para qualquer área que se pretenda de formação acadêmica - a mais valia grassa, a "pejotização" impera, e, pior, substitui-se jornalistas por estagiários (e durante anos, "entupindo" as vagas nas escolas e roubando empregos de mães e pais de família).

A praga da assessoria de imprensa (quando vista como solução para as escassas vagas em redações - quando fiz Comunicação Social havia 7 jornais diários no Rio) "terceirizou" as redações para os escritórios (muitas vezes em casa, sob custeio privado) dos jornalistas que veem suas matérias saírem sem qualquer apuração, controvérsia, contraponto, crítica etc. etc. etc. E, ainda, "assinadas" por supostos coleguinhas...

Nossos parlamentares, ilegalmente, são donos de veículos e, como muito bem disse Aydano André Motta, em um encontro Aberje de que participei, "se a Folha e O Globo garantem que continuarão a contratar jornalistas formados, de Niterói 'pra cima', a lógica do compadrio, da subserviência, da parentela, do tráfico de influência e dos interesses escusos vai prevalecer".

Do meu ponto-de-vista, jornalismo é para jornalista. Formado. E sou favorável também à criação do seu Conselho Profissional (que os patrões trataram de pintar de "dirigismo", junto à proposta - muito civilizada - da Ancinav, numa iniciativa - que deu certo - de vender a sua visão de "atentado à liberdade"... de lucrar). Em tempo: os veículos de comunicação no Brasil praticam os preços de mídia comercial MAIS caros do mundo EM DÓLAR!

Cidadania robusta pede jornalismo forte. E assessoria de imprensa forte (praticada por jornalistas, relações-públicas ou quem a saiba fazer bem - é mercado, não profissão regulamentada) só existe com jornalismo forte. Jornalismo fraco - cidadania fraca.

Jornalismo fraco e assessoria forte - pior ainda. Só prevalecem as "notas", "notinhas" e "notões" dos clientes das 20 empresas líderes do setor.

Sabem quantas vezes "emplacamos" uma nota sequer sobre "n" cursos (alguns de rotina mas vários inovadores) nos últimos três anos - mesmo no meio digital - na coordenação de extensão na UERJ? Zero!!! Ligávamos para a redação e acabávamos recebendo a visita de um "corretor" de "espaço", vendendo o que é ilegal vender: inserções comerciais "diretas", sem a comissão de agência, por fora, para ficar mais barato (- e ainda produzimos a sua arte, viu?). Vergonha que os publicitários deveriam combater veementemente.

Acabou aquela lenda de que "você prepara o press release, envia para o jornal, depois telefona para a redação, faz uma 'pressãozinha' e reza para conseguir espaço" - que, pasmem, ainda se ensina nas salas de aulas...

Todos nós, dessa grande família (eu ía escrevendo "massa"...) do que o meu amigo Marcelo Ficher (presidente da Comissão de Fiscalização do CONRERP/1a. Região) de "trabalhadores da comunicação profissional" - ou seja, nós, profissionais de comunicação, atuando em veículos, em anunciantes, em instituições em geral - empresas, governo e terceiro setor -, precisamos nos unir, pois vem aí, sempre, cada mais pressão de patrões, que só pensam em produzir o tal "conteúdo" pelo menor custo por segundo, clique ou centímetro-coluna.

É como sempre digo em minhas "aulas inaugurais": "a democracia é o regime em que são garantidos plenos e iguais direitos à pessoa... jurídica".
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