quinta-feira, 30 de junho de 2011

Anúncio na web: Freelancers criativos e articulados c/ boa redação p/ criação de artigos p/ blog a 1 real o texto e c/ boa imagem p/ ilustrar matéria.

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- Até onde isto vai chegar? Perguntava a colega no Clube da Comunicação (comunidade online de comunicólogos).

O limite de onde se vai chegar é dado por nós. Cada um de nós. Empregados ou não. Profissionais liberais tomam contato com essa realidade mais cedo, pois saem da faculdade sabendo que não terão emprego.

Eu mesmo já "entreguei" o boné várias vezes quando não concordava com o que queriam que eu comunicasse - é o preço da liberdade... do profissional liberal.

Publicitários e jornalistas, no meu tempo de faculdade, saíam empregados. Sei que não é mais assim. Os errepês como eu também saíam empregados, mas em menor quantidade. Para a outra parte, havia que empreender, prestar serviço pago por hora, "vender" sua especialidade a cada dia, o que, aliás, fazemos até hoje! Mas cada um de nós é que fazia seu "preço".

Dura realidade de mercado, mas com o limite exercido por nós mesmos. Sindicatos estabelecem pisos salariais... só para os contratantes furarem-nos. Temos que dizer NÃO. Tenho um ex-aluno, ótimo escriba, que largou tudo e vive hoje de seu próprio blog. Tem 700 leitores fiéis, recebe colaborações e perfaz uma renda mensal digna.

E ainda existe gente boa que se dá ao direito de ter preconceito quanto ao marketing... fazendo exatamente aquilo que o "market" mais quer (e, note, nós mesmos somos o "market"): preço baixo, "precinho" (como bem diz o anúncio das Óticas do Povo, morou?), justamente pela incapacidade de exercer um bom marketing voltado para o desenvolvimento de sua própria carreira, do seu negócio, da sua expertise, da sua área, da sua especialidade.

É absurdo que não existam disciplinas de comunicação de marketing nos cursos de medicina, engenharia, direito... e jornalismo! Muitos desses, profissionais liberais, não saberão lidar com as coisas da comunicação mercadológica e do marketing. E improvisarão. E cairão em contos do vigário de "mídias" mirabolantes. E cobrarão caro e falirão. E cobrarão barato e falirão também. E aprisionar-se-ão em planos de saúde, obras estatais escusas, concursos e blogs como o do pilantra abaixo mencionado, respectivamente. Nem saberão que há especialistas para ajudar devidamente. E cada vez mais os jornalistas também vem se tornando profissionais liberais, tendo que se adequar à realidade da tal da " precificação".

Bem, enfim, essa é a minha campanha permanente desde 2008: EXPORTAR (!) o ensino de Comunicação Integrada para que as pessoas das demais áreas, já na sua formação acadêmica, saibam valorizar a nossa especialidade e saibam a que tipo de profissional recorrer quando necessitadas de um plano de mercado, um plano de tratamento de crise de imagem, uma campanha para levantar fundos, uma pesquisa de opinião, uma assessoria de imprensa, um lançamento, uma simples divulgação, um plano de mídia etc. etc. etc.

E, não menos importante, é preciso que NÃO ACEITEMOS absurdos como este (se ninguém aceitar, a coisa muda):

"Freelancers criativos e articulados com boa redação para criação de artigos para blog a 1 real o texto e com boa imagem para ilustrar matéria".

- Ora, senhor con-tratante, vá para o inferno!
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Trash Media!

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Tenho uma amiga que atua em um grande (?) jornal, mas não o lê: "jornais são como as salsichas, que evito: você não sabe como aquilo é feito".

Patrões impuseram e jornalistas acomodaram-se, passando a fazer "jornalismo" sentados diante da telinha do micro (há honrosas exceções)... basta esperar os "releases" cuspidos pelos jornalistas desempregados aboletados nas famigeradas "assessorias de imprensa", escritórios que nada mais são do que agências de tráfico de interesses.

Brasil... il... il...

Anteontem acompanhei, na madrugada, reprise da sessão da comissão especial do Senado que investiga o contrato de transmissão pela TV do Campeonato Brasileiro. Uma aula! De hipocrisia e de alguma "vida" parlamentar. Na bancada os representantes de quatro redes de TV, o do CADE, Ricardo Teixeira e Fábio Koff (Clube dos 13). As primeiras - e com ótimas intervenções - inscritas? Três senadoras: Lídice da Mata, Ana Amélia e Marisa Serrano. Mataram a pau a frágil cobrinha da mentira que paira sobre a licitação "RedeTV-venceu-mas-não-levou". Romário, presente - deputados foram convidados a participar da audiência - decepcionou-me. Sabe mais do que disse - e dos assuntos ele entende: futebol & media.

Que jornal haveria de cobrir tal evento e seguir tal história? No Rio, ninguém. O Globo? Never. A Folha? Nunca (é sócia do primeiro no Valor Econômico). Sobraram o Estadão, talvez o Correio Braziliense e Zero Hora (grupo gaúcho como Koff e Pedro Simon, que também brilhou). Saudades do Jornal do Brasil...

Cadê o CADE? Cadê o Paulo Bernardo?

O representante da Vênus Platinada só fazia repetir os números de seu monopólio nutrido de favores governamentais por décadas (fato que por si só demandaria uma CPI, vez que isto representa descumprimento da Constituição Federal e dos mandamentos de uma economia concorrencial - outro dia mesmo, O Globo e A Folha publicaram anúncio de página espelhada tronitroando, bem inconstitucionalmente, que "os 30 programas de maior audiência são da Globo - a gente se vê por aqui..."). E só por aqui. O cartola da CBF, com sorriso do gato de Alice, é outro que deveria deixar a sala das comissões algemado.

Carnaval, futebol e... orçamentos secretos.

Está mais que na hora do polvo global ter um revés em sua acachapante tomada das parcas inteligências das "novas" classes "médias"; C, D, E, F, G, H. Como demonstrou o representante da RedeTV, o público vai assistir ao jogo no canal em que o mesmo estiver sendo transmitido (o representante da Record insistia, também, que os jogos deveriam acontecer às 20:30h, em benefício do torcedor - mesmo o televisivo). Isto viraria de ponta-cabeça a audiência cativa, não só a dos meros mortais, mas a do PIB nacional (anunciantes e suas agências de propaganda), que alimenta o monstro. Será que nossos bravos (e bravas) parlamentares terão tal coragem?

Fiat Lux!

Zapping rápido: no jornal da TV Cultura, na véspera, matéria sobre o apocalíptico apagão paulista. Com direito a "especialistas" comentando. Na hora do comercial, quem aparece? AES Eletropaulo fazendo propaganda da nova iluminação do Túnel Ayrton Senna.

Está ficando impossível engolir a grande (?) mídia brasileira.
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quinta-feira, 9 de junho de 2011

PORNOGRAFIA!

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Pornografia.

Não há outra palavra para qualificar os juros que o Brasil paga a quem "investe" ou nos empresta recursos (e muito menos os que cobra da população. Bem... a esses talvez pudéssemos chamar de roubo mesmo).

E entendamos bem. Este Brasil somos nós, os cidadãos, de cujos bolsos se move o capital que alimenta esta novela impublicável.

Hoje, didático como sempre, com bom infográfico, O Globo faz a enésima matéria que compara os juros do Brasil aos de outras nações (nação: todo o conjunto de cidadãos que, territorialmente, a partir de fronteiras entre países, compõem, culturalmente, uma "nacionalidade").

Desastre anunciado para as gerações futuras.

O Brasil (eu, você e todos neste "barco") paga - como tem sido sempre, nas últimas duas décadas - os maiores juros reais do mundo: agora, desde ontem, 6,8% ao ano.

Há alguns anos tínhamos a companhia de alguns outros países, como a Turquia ou a África do Sul - apenas para ficar na "elite" dos desgraçados - que bem perto, ou às vezes até ultrapassando a nossa Selic, também remuneravam "bem" a quem especulasse em suas plagas.

Exclusivité.

Agora não! Somos campeões do mundo isoladíssimos. A segunda maior taxa depois da nossa é a primeiro-mundista 1,5% ao ano, do Chile.

Primeiro-mundista? Como vai o primeiro mundo neste quesito? Juros reais da mais vigorosa(?) economia do planeta, a dos Estados Unidos: 2,9% NEGATIVOS!!!

Suiça: 0,1% - também negativos!

Usura!

Para poder pagar esses rendimentos, necessário se faz cobrar do tomador de dinheiro interno, aqui no Brasil, uma taxa de juros mais que pornográfica... pecaminosa até... genuína usura, o que na Idade Média levava seus praticantes à fogueira.

A mais baixa taxa - de cheque especial - quem cobra é a (minha, sua, nossa) Caixa Econômica Federal: 8,2%... ao mês!

E a mais alta, digna do fogo eterno de um inferno de Dante Alighieri? A do Santander: 10% mensais - verdadeira agiotagem... com autorização do Banco Central do Brasil.

200 anos de submissão e transferência de riqueza.

Parece que foi com D. Pedro I que começamos a nos endividar pagando juros escorchantes. O Brasil, depois de 300 anos de saques de pau-brasil, de ouro, de pedras, de jacarandá, de borracha, passou a ser, também, produtor e exportador de... dinheiro.

A galinha dos ovos de ouro chamada Brasil continua a financiar os países mais desenvolvidos, hipotecando o seu futuro e o das futuras gerações à base de títulos públicos que são renovados a cada dia, postergando a banca rotativa de dez em dez anos até o infinito.

A Inglaterra está pagando 0,5% de juros ao ano a quem compra seus títulos públicos, e o Brasil, 6,8%.

Indaga-se:

- Quem é o país rico?
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bye Bye, Dilminha Paz & Amor.

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Só faltou este título para completar a coluna "Sócios na crise" de Ricardo Noblat hoje, n'O Globo, sobre o affair nada republicano envolvendo lobby (do mal. No Brasil não existe outro lobby) verbas de campanha, tráfico de influência e cargos de confiança).

Quem vai querer a Casa Civil?

Ninguém... ou um Zé Ninguém!
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sábado, 4 de junho de 2011

Anunciantes (e agentes) globais exigem: - edição de prima para o lobista!

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Palocci edi'tadinho no horário nobre da família Simpson. Não se pode servir a dois senhores, mas a Globo, no seu morde e assopra, não tem igual.

Como se sabe:

- No Brasil pagamos a mais cara veiculação do mundo, em dólar.

- A assessoria de imprensa não fica atrás, ainda mais em "gerenciamento de crises" (sic): a FSB, empresa que "produziu" a entrevista-release, também não cobra barato.

Continha.

13 minutos no Jornal Nacional custam 2,6 milhões de dólares.
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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Casa de Tolerância Civil.

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Piada de mau gosto a "preparação" de longos e eternos dias para que Antonio Palocci dê satisfações públicas.

Esta semana, uma das últimas empresas a entregar ao público suas demonstrações financeiras, a Eletrobras, o fez.

A empresa do ministro já - seguramente - entregou as suas. Por que o Governo não as mostra? De acordo com o "novo" Código Civil Brasileiro (de 2003!), todas as sociedades empresárias devem satisfações públicas - não tem essa de sigilo; muito menos "cláusula de confidencialidade". Não existe confidencialidade para o crime perpetrado COM nota fiscal. É um degrau acima à satisfação delubiana. Agora os recursos "são sim contabilizados".

O que se está fazendo? Preparando xerox de contratos inventados? Ou de relatórios de tempo que não foram emitidos? (Quantas horas de consultoria perfazem 20 milhões de reais?).

Talões de notas fiscais "justas' serão preenchidos com data retroativa?

É uma inimaginável crise pós-Francenildo vinda do mesmo domicílio o que ameaça o governo Dilma. Exoneração já! Se Lula e seu governo sobreviveram à amputação de Dirceu (e de Palocci), Dilma sobrepujaria mais essa cirúrgica intervenção na Casa Civil.

Se ele ficar...
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

- Não é um país sério! De Gaulle? Não, eu!

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Está ficando cada vez mais difícil ser brasileiro e dormir bem.

Não, não são os mosquitos da dengue. Apesar de não receberem combate à altura.

Também não são os aviões que sobem e descem em Congonhas fora dos horários recomendados - estes já estão na base do "ilegal, e daí? global".

Refiro-me à consciência - aquela musa de sono mui leve que tentamos ninar todos os dias depois de muito trabalho...

Trabalho este meu que, apesar de ser de consultoria, deve ser muito diferente daquele de um Antonio Palocci, por exemplo. Sim, porque suo muito para vender minhas habilidades e competências por cem reais a hora e o ministro faturou 20 milhões de reais em pouco mais de 4 anos... E isto acumulando os jobs com a extenuante atividade parlamentar entre Brasília e... (onde é mesmo que fica o domicílio do ex-prefeito de Ribeirão Preto?) o seu novo apartamento de 6,6 milhões de reais.

Cadê o C. F. A.?

Indago se não é um caso para o Conselho Federal de Administração.

Explico: a atividade de consultoria, quando constante de um contrato social de empresa implica, necessariamente, no registro da mesma no Sistema CFA/CRAs regionais. Ora, se o ministro não faz consultoria e sim tráfico de influência (afinal, cadê os working papers? cadê os time sheets? cadê os comprovantes da consultoria de zilhões de horas que geraram tão polpudos rendimentos?), não deveria poder criar uma empresa "de consultoria" igual à minha, por exemplo.

Centro Empresarial Senado.

Este é o nome - parece galhofa... e é - das duas torres erguidas num quarteirão inteiro que abarca a rua Henrique Valladares, no centro velho do Rio de Janeiro. Acabei de passar, engarrafado, em frente.

Os gigantescos arranha-céus foram objeto de pendengas na justiça, uma vez que suas fundações abalaram vários imóveis nas redondezas e sua construção travou toda a circulação no bairro. Nada se pôde opor, porém, às obras. Afinal, como dizem todos os taxistas da cidade, para ali vai... a Petrobras!

Petrobras? Aquela mesma da Sede, na avenida Chile? Ou será aquela "internacional" da Almirante Barroso? Ou aquela, distribuidora, perto do Maracanã? Ou a novíssima universidade corporativa, na Cidade Nova?

Nada disso. Trata-se de duas torres erguidas em formato de bigode (vista aérea... e que deve ser uma homenagem ao eterno José Ribamar Sarney), pela empresa WTorre - sim, aquela mesma que figura entre os - êpa - sigilosos clientes da consultoria "Projeto", do Palocci.

É por essas e por outras que o lobby precisa ser regulamentado no Brasil. Esse é o genuíno tipo de "consultoria" do senhor ministro. Trabalho por comissão, isto sim. E numa percentagem "de sucesso" (como enrolou-se o Eduardo Suplicy para tentar explicar, ontem) até baixa - mas que a um político na ativa deveria ser vedado -, se considerarmos que a Petrobras alugará as tais torres por cerca de 13 milhões de reais ao mês, contribuindo para o completo caos no entorno da sede da Polícia Civil.

Criatividade sem limites.

Mais singelo ainda que o nome do edifício, que bem poderia ter no saguão os bustos de um Romero Jucá, de um Renan Calheiros, ou de um Jáder Barbalho, é o slogan da construtora WTorre, aposto assim, bem grande, na placa em frente ao canteiro de obras: "empreender é surpreender".

É, os torcedores do PT que puseram Palocci lá em Brasília, já por duas vezes, não devem parar de se surpreender com o empreender do nosso médico ribeirão-pretense.
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