quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Rio, 25 de novembro de 2023.

Hoje, sonhei com minha mãe... neste décimo dia depois de seu passamento... pela primeira vez.

Ela me perguntou sobre um bolo de aniversário... e eu respondi que era verde, decorado com a bandeira do Brasil...

Ela estava bem, sorriso sempre brotando do rosto, espontâneo. Minha mãe tem esse jeito aí da foto...

Eu a deixei lá pelas 18 / 19 horas da terça-feira, 14 de novembro, e disse: 

- Tchau, mãe. No sábado eu volto. 

E fui para São Paulo, encontrar a Profa. Nelly - para tratar de seu legado... com ela e sua filha. Segundo a Nelly, "sua mãe está educando você até aqui...".

Eu, que me sentia culpado por seu estado atual, por tê-la levado ao Hospital baseado numa porcaria de Oxímetro, fui preparado por ela - e por Deus - para o desenlace de nosso convívio terreno que, desde sempre, foi o meu pior pesadelo.

Foram trezes longos meses, sendo sete deles, internada.

Nossa "impaciente" - como a chamávamos desde a outra internação longa, em 2016 - foi-se enfraquecendo...

E eu, sempre acreditando que o novo especialista, o novo tratamento, o novo remédio, trariam minha mãe de volta... para ao menos saber, ter consciência, de quanto a amávamos... fiquei no vácuo... mas acho que ela sempre soube de tudo o que estava acontecendo em seu entorno. Só estava cada vez mais fraca para expressá-lo.

Foi muito difícil e longo o caminho. Preocupavam-se comigo, "muito apegado", "grude"... De fato, nunca consegui orar pedindo a sua partida. E como ela não dava sinais de dor... eu não me sentia um egoísta por isso.

Eu orava muito - minha mãe e meu pai ensinaram-me a rezar - e pedia por um milagre. Isto aliás, é o que me segura. 

Mesmo sabendo que era pequeno, falho, pecador e desprovido de merecimento, eu orava sabendo que estava pedindo algo quase impossível - para Deus nada o é -, orava eu, pedindo demais.

E ela se foi entre 6 e 7 horas da manhã da quarta-feira, 15 de novembro, enquanto dormia, no silêncio da madrugada, em casa de meu irmão Mario, no quarto que sua neta Vitoria tão prontamente cedeu-o em 14 de abril último. Ninguém viu seu último suspiro. Deus quis assim.

Segundo a técnica de Enfermagem super-dedicada, super-carinhosa e super-crente, que lá estava, ao lado dela, em plantão, mas que no momento exato teve uma câimbra, foi tudo um plano perfeito de Deus para sua partida... eu, longe, num ônibus - sou "filho da Dutra" por causa dela -, provavelmente passando pela cidade de Caçapava, terra de meu pai.

Cheguei a São Paulo e imediatamente voltei com meu irmão caçula Mauricio, sua esposa Daniela e minha sobrinha, Ana Clara. Tive tempo apenas de abraçar o meu filho Thiago, este moço aí da foto, e sua esposa, Ciça.

Chegamos para orar por D. Stella e sepultá-la no jazigo que Mario e eu preparamos quando de sua primeira internação - da qual ela saiu como "Highlander". Desta última internação, ela saiu apelidada "Fênix".

Pois Stella vive, como Fênix, em nossos corações e em nossas memórias. Muitas fotos e vídeos nos ajudarão a lembrar da mãe incomparável com que Deus e o Manoel pai nos presentearam.

Até a vista, mãe.

Manoelzinho.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

No vácuo... o filho da Dutra...

Ontem, feriado que cultiva a memória de um genuíno golpe de Estado - numa desgraçada república cuja "proclamação" só existe na pintura encomendada (um regime "legal", "democrático", "de Direito", que enriquece u'a mínima plutocracia que começa pelo poder judiciário e se espraia pelos demais, cujas sinecuras se multiplicam a cada ano que passa desde 1889) - marca o reencontro, no Éter, de minha mãe e meu pai, recriando o par energético que remonta a uma festa junina na região do Méier, no Rio de 1945.

E onde estava eu, ontem, na madrugada? Na Dutra - eterna ligação entre Rio e São Paulo. Talvez em frente ao município de Caçapava, terra de meu pai - algo cósmico que nos situa na Terra, parte do Universo imensurável. 

Esteja em paz, mãe, longe das dores deste mundo.

Somos só poeira de estrelas... a essência... de Stella, Manoel, e minha.

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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Alberto Kaplan expõe na Real Galeria.

Av. Princesa Isabel, 500, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ.

De 29 de junho a 01 de setembro de 2023.

Informações: (21) 99490-0711.

RP: Marcondes Neto.

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segunda-feira, 29 de maio de 2023