sábado, 6 de outubro de 2018

#FORA_LÍDER_FASCISTA!


O jornal O Globo publicou, em sua edição de 04/10/2018 (P. 23), uma entrevista com o filósofo político Jason Stanley, da Universidade Yale.

O professor é um estudioso de formas contemporâneas de fascismo e acaba de lançar o livro 'How fascism works: the politics of us and them'. Sendo Donald Trump seu alvo preferencial, a obra promete ser um 'best seller'.

Conhecendo as redações brasileiras, coalhadas de esquerdistas-lulistas, o desavisado leitor poderia pensar tratar-se de (mais) um libelo contra Jair Bolsonaro.

A entrevista desviou-se do alvo pré-escolhido, mas o editor-chefe mandou publicar assim mesmo. Também, pudera, deve ter pensado... - Quem lê tanta notícia?

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Aqui, a íntegra da entrevista encomendada. Seguem trechos escolhidos da mesma:

Quais seriam as maiores características do fascismo?

- É um certo modo de se fazer uma distinção entre 'nós' e 'eles'. Muitos modos de fazer política usam essa distinção — a política de esquerda, por exemplo, se baseia em uma distinção de classe. Na política fascista, você faz reivindicações machistas, patriarcais e racistas. Você apela ao nacionalismo, à identidade de raça e à hierarquia...

Indago eu: No Brasil, quem inaugurou o discurso 'nós contra eles'? Quem culpou uma 'elite de olhos azuis'? Quem classificou suas partisans de 'mulheres do grelo duro'? Quem se apresenta como um 'paínho'?

- Meu livro é sobre como algumas pessoas usam determinado tipo de tática política para chegar ao poder. As políticas fascistas correm o risco de levar a governos fascistas, porque, quando as pessoas chegam ao poder, elas são tentadas a tornar o que dizem realidade.

Indago eu: No Brasil, quem repete sempre que realizou coisas que '... nunca antes, neste país? Quem se autodenomina 'uma ideia', conclamando que todos 'sejamos Lula'?

- O fascismo diz respeito ao poder e ao líder do país. O pai cria um medo avassalador. Ele usa as ondas de crime, as condições disponíveis, ou as inventa.

Indago eu: Quem patrocinou o maior sistema de corrupção do Estado na história do mundo? Quem disse que 'de nada sabia' e entregou seus comparsas de 'mensalão' já em 2005? Quem continuou provocando as 'ondas de escândalos' com 'petrolão' e 'BNDESparzão'?

- Você apresenta toda falação e negociação como fraquezas. Um homem de verdade age, ele não pensa ou escolhe, nem lê livros.

Acredito que não haja mais necessidade de comentários. O autor simplesmente  'psicografou' os 8 anos de Lula no poder.

Imagem: Edwin Tse.
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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Página não encontrada...


Hoje pela manhã, ouvindo Ricardo Boechat no rádio do carro, peguei um finalzinho de comentário que citava matéria publicada na Folha que traria notícia do regozijo de alguém frente ao incêndio que consumiu o Museu nacional, em 2 de setembro último.

Interessado no assunto, uma vez em casa, fui atrás da edição digital da Folha. Li e pasmei diante da seguinte 'matéria':

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/pequeno-circulo-de-poder-celebrou-fogo-no-museu-nacional.shtml

Matéria paga, bem entendido. Se a UFRJ não comprou o espaço, certamente a Folha de S. Paulo vendeu-se ao PSOL - sigla que abriga a Administração Central daquela universidade. Não é preciso ser tucano ou petista para saber que o que falta na questão da perda irreparável ao país é a responsabilização do autor do texto-jabá, o atual (des)reitor da UFRJ, juntamente com sua 'diretoria' do Museu Nacional. Se houve quem comemorou a 'queima de arquivo foram esses.

Rick Seabra, no Facebook:

Para o Museu do Crato, o IBRAM e nada eram a mesma coisa. Claro que me preocupo com esta nova agência e gastos em altos salários. Mas o que os museus precisam é de dinheiro MENSAL DE MANUTENÇÃO (um conceito que não existe na máquina pública). Antes de tomar alguma posição eu queria saber QUANTO o IBRAM custava para se manter e QUANTO repassava por mês para os seus 27 museus.

Eu, em comentário:

Como não sou regido pelo mote 'Fora Temer', ouso dizer que ambas as medidas são respostas - até rápidas - do Brasil oficial (no caso, o Governo Federal, goste-se dele ou não) à tragédia da (indi)gestão da UFRJ somada à inútil - e curta - vida de um instituto que foi criado por Lula para dependurar apaniguados, e que nenhuma contribuição trouxe ao setor (ouçamos o MinC sobre esta extinção).

A tribo dos fora-temer, que não consegue encontrar outro mote na vida, criticou a medida alegando 'desmonte' e falando em 'cabides' na ABRAM proposta. Ora, é público e notório que o IBRAM, este sim, foi mais um armário cheio de cabides e vazio de ações. Uma agência no formato proposto é uma das vias que, no mundo civilizado, permitem cooperação entre governos, empresas e terceiro setor na preservação de patrimônio museal.

Claudio Manoel, no Facebook:

Ainda um pouco mais sobre o PSOL (Partido Socialista do Leblon - copyright meu): fui brincar falando sério num post anterior e logo apareceu gente pra passar pano: “mas era só um filiado”. Eu sei: o fato do esfaqueador ter sido do PSOL e agora ser fã do Daciolo (assim como o próprio Daciolo), não quer dizer nada... nada mesmo !

Eu, em comentário:

Quando fui visitar o Museu do Ipiranga há três ou quatro anos atrás e dei com a cara nos tapumes, não me revoltei. Isto deve ser exemplar: fecha-se, remove-se e protege-se o conteúdo, reforma-se - para, só então, abrir as portas novamente.

Parabéns à USP por sua atitude corajosa.

Vergonha - o comportamento institucional da UFRJ com relação ao Museu Nacional.

Solidarizo-me com os colegas pesquisadores e professores. Dói. Infelizmente, também fui mantenedor de um patrimônio hoje em cinzas por atitude de gestores criminosos que me sucederam.

Sendo de São Paulo, o Museu Nacional não ocupou este espaço de mais-ir quantitativo do que o Museu do Ipiranga. Mas nas férias - sempre passadas no Rio - era "o" lugar.

D. João VI legou-nos outros lugares assim: o MNBA e o Jardim Botânico.

Mas o Museu Nacional, já aqui, diariamente no meu caminho para a UERJ, era uma presença, algo que estava sempre lá a lembrar-me de origens, caminhos, descaminhos e legados culturais.

Também prego a impermanência como consciência individual necessária mas, para nossos filhos, como - agora - apresentá-los ao Brasil?

O país cometeu um suicídio no domingo. Como se portar, como filho, numa circunstância como esta, da falta de um pai, uma mãe? Estou zonzo ainda e não sei o que fazer ou, sem casa, para onde ir.

LINK - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214433528404910&set=a.3053346525548&type=3&theater

Mais:

Monica Waldvogel, ontem, no 'Em Pauta', detalhou bem os números, e responsabilizou, no ar, o (des)reitor.

No fundo de sua alcova, creio, ele está exultante: 'fora família real!', 'fora memória dos dominadores eurocêntricos!', 'fora escravagistas!', 'nunca antes de Lula houve este país!'.
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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Advertência!


'Alguém descobriu a água, e não foi o peixe'. A frase atribuída a Marshall McLuhan, nosso papa particular - na Comunicação - chama atenção para este meu singelo toque 'de outsider geracional' em relação à maioria (acho) nesta lista: muito cuidado com o atual 'frenesi digital' - o mundo continua povoado de pessoas cada vez mais necessitadas de contato humano (de tipo 'RP': nosso principal ativo profissional) em contraponto à imposição pós-pós-industrial que a indústria da tecnologia pauta. 

A inteligência natural de bilhões (de seres) deveria receber investimentos maciços de bilhões (de dólares) ANTES da artificial. 

Assumamos - com coragem - a nossa essência diferencial (sem, claro, deixar de dominar todas as ferramentas tecnológicas disponíveis): se o marketing e o branding agora estão digitais, as RP sempre foram - e sempre serão - humanas e pessoais. 

É isto que nos faz (e fará) ser úteis e necessários.
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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Para quem ainda não viu e ouviu sobre o composto de '4 Rs'...

... Resumo das Relações Públicas Plenas (RRPP) - aqui, com a luxuosa trilha sonora de Tavynho Bonfá:

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terça-feira, 10 de julho de 2018

Sobre a relativização geral e a liquefação específica da moral.


Vamos recorrer a uma lembrança ligada ao último estadista brasileiro, Leonel Brizola, a Cadeia da Legalidade, de 28 de agosto de 1961, para entender o que houve no país no último domingo, 8 de julho de 2018.

O PT, como diria Brizola, nesta data, 'caiu na ilegalidade'. O Partido dos Trabalhadores, na verdade já vem sendo, desde 2005, protagonista do relativismo que tomou conta do país. Tanto que de paladino da justiça social passou a patrono de Estado de compadrio, burla e saque - e 'coligado' aos partidos que, até então, vinculava ao 'passado a ser limpo'.

Explico: slogans do poder recente, tais como 'país de todos', 'recursos não contabilizados', 'marolinha', 'pátria educadora', 'escola com partido' são, na verdade, preâmbulo da 'justiça com partido' que acabamos de testemunhar.

Só isto explica o desrespeito à hierarquia (ato monocrático em oposição a decisão colegiada), a petição feita por partidários e não advogados do réu, e sob alegações vãs: pré-candidatura, pré-campanha.

Meus alunos têm-me dado provas diárias de que essa perigosa relativização vem, insidiosamente, erodindo suas mentes e seu julgamento, por exemplo, quando defendem a 'uberização' da Economia com o tosco argumento 'é ilegal, e daí?'.

Brizola tinha a educação e a soberania nacional na base de sua visão de país, passou a Darcy Ribeiro o colar de Chanceler da UERJ - o melhor que tivemos aqui - e nunca engoliu o que chamou 'sapo barbudo', a lamentável personagem Lula, filhote da ditadura, aprendiz do general Golbery.

Lastimável!

E. T.: Por que será que o PT recorre a imagens de um passado muito remoto - de antes das toalhas de algodão egípcio e das estadas, com séquito, em hotéis nababescos - para promover seus candidatos?

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segunda-feira, 9 de julho de 2018

DATA VENIA: revogada a GRAVIDADE. Tudo é RELATIVO. Albert Einstein não foi consultado. Nem Sepúlveda Pertence.


INFELIZMENTE, o Brasil virou ISTO:

PAIS revogam o dever de vacinar seus filhos, retirando-lhes o direito à proteção mais básica de saúde.

NORMAL!

DEPUTADOS revogam um serviço e uma profissão - ambos regulamentados - permitindo que 'aplicativos' (de empresas que não são do ramo de transportes e nem são sediadas no país) vendam com lucro extorsivo e escorchante ao prestador (de até 25%, bruto, sem impostos) transporte particular de pessoas, a qualquer preço, por qualquer um.

NORMAL!

DEPUTADOS peticionam - diariamente - 'Habeas Corpus', sem consulta à defesa constituída, alegando que 'pré-candidatura' candidatura é, e que mesmo um réu condenado em segunda instância tem o direito de 'fazer pré-campanha', seja lá o que isto signifique. MAIS: em sincronicidade com um de seus lacaios partidários - sorteado em plantão judiciário - o CONSEGUEM!

NORMAL?

QUANDO o grave deixa de ser grave, o que - parece - será nosso muito provável próximo estágio, a 'RELATIVIZAÇÃO' justifica até a barbárie. Na Alemanha nazista foi assim: os decretos se sucediam e iam, pouco a pouco, suprimindo direitos e garantias, 'relativizando', entre grupos de pessoas.

LÁSTIMA!

QUE OS NOVOS movimentos políticos - que alegam possuir mais alcance numa população desencantada da política, da qual 60% declaram não ter candidato algum este ano, sejam pedagógicos e se dediquem a ensinar aos cidadãos eleitores (que eventualmente ainda não o saibam), que leis presidem a democracia, e que cumpri-las é tão importante quanto votar naqueles que as fazem e nos que as têm que fazer cumprir.

domingo, 8 de julho de 2018

Radicais livres: precursores da internet se transformam em militantes anti-digital.


Quando publiquei a nota 'Por uma revolução analógica', em maio passado, muitos docentes e discentes próximos disseram que eu estava radicalizando.

Ontem, quando O Globo deu voz aos mesmos autores partícipes 'digerati' contemporâneos dessa ideia, talvez aqueles mesmos interlocutores agora a tachem de 'in'.

A Auditoria Funcional da Comunicação Organizacional para aferição do Índice de Transparência Ativa '5R INDEX' - lançada pelo OCI naquele mês - é obra, inteira, 'digerati'.

É preciso lembrar que a Comunicação é ciência humana e que a Administração é ciência social. Já a 'cool' Tecnologia da Informação é... 'techie'. OK, mas organizações são gente.

LINK para a nota publicada no OCI em 29/05/2018 - https://lnkd.in/eVSA5nH

LINK para a matéria publicada n'O Globo de hoje - https://lnkd.in/e3mngGp
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quinta-feira, 5 de julho de 2018

RRPP: no futuro sempre tem mais...

Como um típico construto didático-pedagógico, o composto 'Resumo das Relações Públicas Plenas' (RRPP), nascido em 2012 com 4 instâncias, é dinâmico e evolui com o tempo. 

Tínhamos, então:

- Reconhecimento no meio social
- Relacionamento com públicos-chave
- Relevância no segmento de atuação
- Reputação administrada

E a cada uma dessas 4 instâncias correspondendo 2 estratégias e 4 táticas, assim:


Em 2015, os 5 Rs, incorporando

- Resiliência institucional

Assim:


E agora, em 2018, os 6 Rs, incorporando

- Responsabilidade


Com as seguintes estratégias:

- Compromisso com condutas éticas e legais
- Compromisso com normas contábeis-financeiras

E as seguintes táticas:

- esfera civil - Answerability
- esfera social - R$Compartilhada
- esfera ambiental - Safety/Security
- esfera fiducial - Padrões IFRS/Public Trust

O fim prevalente destes desdobramentos é didático-pedagógico. 

Já para a aferição do 'Índice de Transparência Ativa' permanece válido o composto de 5 Rs - que formatou o '5R INDEX' acima, lançado a 16 de maio último no 21o. Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas.
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segunda-feira, 25 de junho de 2018

sábado, 5 de maio de 2018

Porque hoje é sábado.

O dia da criação - Vinícius de Moraes - Rio de Janeiro, 1946

Cit.: Macho e fêmea os criou. [Bíblia: Gênese, 1, 27]

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I

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

II

Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado.

Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado.
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.

III

Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia,
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.
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sábado, 14 de abril de 2018

HOJE é data para comemorar!

14 de abril de 2000 - defesa de minha tese de doutoramento na ECA/USP, sob a orientação de Margarida Kunsch.

Trabalho aprovado - com a participação de Marcos Campomar - tradutor de Philip Kotler - e professor da FEA/USP.

14 de abril de 2018 - data de maioridade do texto. Aprovada sua 3a. edição em livro - atualizada, revista e ampliada.


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domingo, 8 de abril de 2018

Um ciclo convivencial completo, de Vasconcellos a Illich, de Bernays a Marcondes.


Em um mundo melhor, o Facebook voltaria a ser uma brincadeira de estudantes enfadados, o Instagram, um 'app' grátis de fotos, e o WhatsApp seria extinto por concorrência desleal - sacramentando a separação essencial entre as indústrias de 'telecom' e mídia.

Fusões e aquisições seriam restritas por um código social (toda organização tem um objeto social), e a propaganda retornaria a cumprir o seu papel tal como descrito por Manoel Maria de Vasconcellos: uma indústria com responsabilidade à altura de sua missão - também - educativa.






sábado, 17 de março de 2018

14 coisas de que estou farto:


- Leis não cumpridas na base do 'ilegal e daí?'

- Empresas disfarçadas de ONGs

- Fundos abutres tidos como empresas 'de tecnologia' (que não são), como a Uber

- Toscos metidos a doutos

- Ignorantes auto-alçados a 'coaches'

- Espertos auto-proclamados 'experts'

- Máfias travestidas em partidos políticos

- Políticos néscios que pensam(?) que são 'gestores'

- Negócios mal ajambrados escondidos sob enganosa propaganda

- 'Compliance' considerado substantivo, quando é meio

- Endomarketing 

- Storytelling

- De continuarmos, no Brasil, a ser - colonizados - consumidores de estrangeirismos

- Casas de tolerância fantasiadas de Instituições de Ensino Superior
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terça-feira, 13 de março de 2018

Uma bela forma de comemorar o 8 de março!


Reinício - em grande estilo - das gravações do programa 'UERJ Entrevista': no novíssimo estúdio do CTE (Centro de Tecnologia Educacional), com a querida colega - errepê e professora - Eneida Leão, no Dia Internacional da Mulher, e refletindo sobre transparência!

Em breve!
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sexta-feira, 2 de março de 2018

Pequeno artigo sobre 'transparência' para o Fantástico Mundo RP.


Transparência: promessa de muitos, competência de poucos.

Vivemos um mundo de discursos e narrativas. Todo mundo tem algo a dizer, uma estória para contar. Não admira, pois, que surjam cada vez mais cursos que vão da oratória ao ‘storytelling’.

Quando estamos no universo corporativo, nós, Relações-Públicas, precisamos nos adaptar a essa realidade e prover as organizações de um discurso sobre si, único e distinto, além de aprimorar sua arte narrativa para construir táticas de negócios como relações institucionais e memória de empresa, por exemplo.

E hoje, como um sinal dos tempos, surge a demanda global por transparência. Algo que se abate sobre governos, empresas e organizações da sociedade civil. Muitos prometem, mas quase ninguém cumpre. Está aí algo para o que podemos contribuir.

Ser transparente é, antes de tudo, comunicar-se — bem — e com todos os públicos-chave; de colaboradores à imprensa, da comunidade circunvizinha às agências reguladoras, das entidades municipais, estaduais e federais à opinião pública em geral.

Todos querem saber tudo sobre o seu negócio. E se você mesmo não cuidar disso, alguém providenciará uma versão para a sua história, já que não existe vácuo quando se trata de informação.

"Ser transparente, enfim, é manter — boas — relações. É, pois, bem fazer… relações públicas".

LINK -https://www.facebook.com/FmundoRP/photos/a.268227359985897.1073741825.156868361121798/1128444960630795/?type=3&theater
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