quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Qual é o valor da sua marca?


O EVENTO

Lançamento do livro MARCA: DO MARKETING AO BALANÇO FINANCEIRO, de Mariza Branco Rodrigo de Freitas & Manoel Marcondes Machado Neto (EdUERJ, 2015). Pocket papo "Qual é o valor da sua marca?" com os autores - seguido de sessão de autógrafos.

Local: Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel (da UERJ) - Rua das Palmeiras, 82 - Botafogo - Rio de Janeiro/RJ - (http://www.casadirce.com.br/).

Quando: dia 8 de outubro de 2015 - de 18:30 às 21:30 horas. Tel.: (21) 2334-8227.

O LIVRO

Com um enfoque transdisciplinar, o livro debate a questão do valor econômico e contábil das marcas em um momento de grande transformação das normas contábeis no Brasil, pós-adoção de 'Internacional Financial Reporting Standards' (IFRS).

A obra busca identificar e analisar, por meio de pesquisa realizada na UERJ, com entrevistas, relatórios financeiros e análises de 'experts' do mercado, as causas da discrepância entre o valor contabilizado para uma marca e o seu valor de mercado.

O livro ainda reintroduz o conceito de 'powerbranding' como um 12o. "P" do 'marketing mix', e inclui um apêndice que narra o processo de ‘rebranding’ da marca Andersen Consulting para Accenture.

PARA MAIS SOBRE O TEMA, ACESSE - http://brand-forum.blogspot.com.br/
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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Declaração de Entusiasmo A Quem Interessar Possa!


Jamais concordei tanto com um texto (veja a seguir). Ainda mais na seara da minha profissão.

Tendo sido secretário-geral (aquela função considerada "para chatos", que ninguém quer, que quase todos execram porque "madrinha da fiscalização" e de toda a parafernália legal dos Conselhos Profissionais) muito escrevi, e falei, sobre essa questão "existencial" da autarquia e, também, sobre como exercer tal função fiscalizatória num país tido como leniente, malemolente, simpaticão, corrupto e venal, na base do que O Globo apelida de postura "... ilegal, e daí?".

E mais! ... Tentando convencer detratores mil (muitas vezes com razões para reclamar - boletos que não chegaram, erros no cadastro, cobranças indevidas...) de que ter profissão regulamentada - apesar de todas as obrigações, burocracia e aparente "complicação" ou "arcaismo", é... vantagem, privilégio, distinção! Sofre-se muito...

Mas não se deve perder o rumo do nível de civilização e de sofisticação que a nossa formação/profissão requer - tanto que a melhor explicação para compreendê-la em um vocábulo é "ombudsman"... nossa "matriz" sueca. Façamos, sim, a nossa parte nessa caminhada civilizacional do Brasil - e a comunicação institucional é mister importante demais para ser deixado nas mãos de quem engana já ao apresentar-se dizendo que é o que não é.

Encampo cada letra, vírgula e espaço da mensagem acima e auguro êxito aos futuros conselheiros, tanto federais quanto os regionais que também estão se apresentando para a liça. Repito: nunca foi feito este tipo de discurso-compromisso, pelo menos desde que registrei-me como estudante, ainda na década de 1970!

Não estou cabendo em mim de tanta satisfação! Desculpem-me a prolixidade.
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O TEXTO ORIGINAL - CHAPA RP BRASIL - ELEIÇÕES CONFERP 2015

Por um Novo Conselho de Relações Públicas!

Muitos Conselhos Profissionais sofrem de grave crise de identidade. Como consequência, onde poderia haver certeza e segurança no agir, impera a dúvida e o acanhamento frutos de uma timidez absolutamente dispensável. Por culpa disso, justificadamente, a pergunta dos profissionais é sempre a mesma: Conselho Profissional para quê? Os Conselhos Profissionais precisam saber responder essa pergunta mais que qualquer outra. E para fazê-lo, precisam saber de si mesmos, conhecerem-se a si mesmos, saberem para o que vieram e aquilo que podem ou não fazer. Noutras palavras: precisam, urgentemente, livrar-se da crise de identidade que lhes atrai dúvidas, timidez e a inação dos que sofrem de complexo de inferioridade.

Os Conselhos Profissionais agem na defesa da sociedade, do interesse público e da valorização do profissional. Quando orientam os profissionais à prática do bom exercício (às boas práticas exigidas dos profissionais), fazem-no para coibir as práticas ruins que colocariam em risco a boa imagem de toda classe profissional e a segurança do cidadão e da sociedade em geral. Quando denunciam ao Ministério Público a oferta de serviço pelo leigo (exercício ilegal da profissão), fazem-no para valorizar e proteger o profissional, o técnico habilitado, o único suficientemente capaz de ofertar serviço seguro à sociedade.

Sem os Conselhos Profissionais, o mau profissional estaria livre para denegrir a imagem de todos os seus pares, obrigando os bons a compartilharem a má fama dos maus. Sem os Conselhos Profissionais, o leigo disputaria o mercado com o técnico, enganando a sociedade ao fazê-la contratar serviços desqualificados, perigosos e de má qualidade. Os Conselhos Profissionais são, por consequência, Polícia das Profissões. Eles orientam e fiscalizam em favor do interesse público, para proteger e servir a sociedade em geral, valorizando os profissionais e combatendo o exercício ilegal da profissão praticado por leigos.

Ademais, essa atividade de interesse público que pressupõe a orientação e a fiscalização do trabalho, dá-se através dos próprios colegas de profissão (Conselheiros eleitos por voto obrigatório e secreto, sem direito à remuneração). Somam-se, a estes, os agentes fiscais, dotados do poder de polícia, e os funcionários contratados mediante aprovação em concurso público. Por culpa de exercerem função típica do Estado, que lhes é delegada sem qualquer repasse ou auxílio financeiro do Governo, os Conselhos Profissionais sustentam-se através da arrecadação de anuidades, cuja natureza é tributária e o pagamento obrigatório a todos os profissionais.

Nas democracias, a garantia de liberdade depende sempre da nossa eterna vigilância. A sociedade com que sonhamos não está pronta, mas sim inacabada, em eterna construção. Ela não difere da vida que vivemos, onde o horizonte nos foge sempre na mesma velocidade com que avançamos em sua direção. Por isso, nas democracias, o direito de se omitir não cabe a ninguém (a nenhum de nós!). O ideal seria que todo profissional se voluntariasse a ser guindado a Conselheiro. No entanto, a vida é feita do possível, quase nunca do ideal. Assumir gratuitamente esse encargo, de integrar um Conselho Profissional na defesa da sociedade, do interesse público e da valorização dos colegas, é ato de cidadania. Ele recria a cena sagrada da Grécia Clássica, democrática, onde o cidadão comum era chamado na praça pública para subir à Acrópole, para ir governar: administrar o bem público com responsabilidade, fazer leis valorosas aos cidadãos e julgar seus pares com imparcialidade e justiça. Eis o que faz o profissional que é guindado à condição de Conselheiro: gesta a renda pública (anuidades), elabora as leis (Resoluções) e julga os seus pares (realiza os julgamentos éticos-disciplinares).

No Brasil atual, de desafios e complexidades tão evidentes, a maior carência é justamente a dos bons exemplos. Ao mesmo tempo, qual brasileiro honesto seria pobre o suficiente a não poder ofertar um único bom exemplo nas vinte e quatro horas que somam um único dia? Nenhum! Iniciemos por nós mesmos, profissionais das Relações Públicas: um único e bom exemplo diário. Cada um ao seu modo e tempo, cota mínima de um único bom exemplo por dia! Já é um começo. Não precisamos mais que isso, desde que se comesse, agora.

Por um Conselho Profissional de Relações Públicas sem crise de identidade ou complexo de inferioridade, seguro de si na defesa da sociedade, do interesse público e da valorização do profissional. Eis aí o nosso horizonte, a fugir de nós e a nos impelir a corrermos para tomá-lo de assalto. Uma passada decidida e veloz, porque a sociedade que sonhamos para nossos filhos não pode ser diferente daquela que desejamos para nós mesmos agora, neste exato momento, já!

Contem com a gente, todos vocês, colegas profissionais das Relações Públicas.

Acredite em você que assim acreditaremos na gente!
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domingo, 13 de setembro de 2015

PROVIDENCIE lenços de papel... para o choro... de alegria ou de tristeza, conforme o seu caso...

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Dilma Rousseff, como escreve - hoje - o mui experiente e arguto jornalista Carlos Brickmann (republicado amanhã no portal Observatório da Comunicação Institucional - OCI), "não vai saborear a ceia de Natal no Alvorada".

Quando um veículo de massa - como O Globo - dá espaço a matérias complexas (envolvendo contabilidade pública e direito administrativo) como as de hoje, pode-se concluir serem, tais temas, de amplo domínio pela cidadania. 'Coisa pública', pois, 'ipsis litteris'.

Este é o caso dos crimes praticados pela presidente no exercício de seu mandato nos anos de 2013 e 2014. Sabê-los significa internalizá-los, entendê-los, e esperar que deles advenha a consequência devida e prescrita pelas leis e normas que nos presidem a todos. Sob pena de ruirmos como Estado e como nação.

Atuo, desde 2009, numa escola de administração, contabilidade e finanças - o que permitiu distanciar-me (sem jamais abandonar, contudo) o campo de minha formação - o da comunicação -, mas fazendo apropriar-me de outros saberes e outros vieses de análise dos fatos, das conjunturas e das condutas - tanto no âmbito privado das empresas como no âmbito público dos entes governamentais.

Concluo, pela leitura atenta - juntada a todo o acompanhamento que a situação exige de alguém que queira apresenta-se rotineiramente diante de jovens cidadãos estudantes brasileiros - consoante Brickmann. O governo Dilma deve ser impedido - os ofícios legais para tal já estão em curso -, e como prevê a Constituição Federal, o vice-presidente deve assumir o mandato até a sua conclusão.

Nada de 'novas eleições', ou qualquer outra coisa apelidada de 'golpismo' pelos petistas e demais incautos, portanto.

À matéria:

"Desde o fim de 2013, duas ações de cobrança tramitam na 1a. e na 5a. Varas Federais, em Brasília e, até agora não haviam sido divulgadas... A CAIXA [Econômica Federal] insiste na briga judicial com a União. A dívida do Ministério das Cidades é de R$ 188,1 milhões, incluída a atualização monetária. A do Ministério da Agricultura, de R$ 86,3 milhões, conforme documentos obtidos pelo jornal O Globo... As tentativas de conciliação foram frustradas, por conta da 'falta de disposição dos ministérios em fazer os pagamentos da dívida'...

O governo, em especial em 2013 e 2014, segurou repasses de recursos aos bancos oficiais para o pagamento dos programas e benefícios sociais como o Bolsa-Família, o seguro-desemprego e o abono salarial [ou seja, simplesmente 'dando um calote' nos segurados]. Os bancos se viram obrigados a arcar com os pagamentos... o TCU considerou a prática uma operação de crédito e, portanto, uma infração à Lei de Responsabilidade Fiscal.

O represamento de repasses foi feito para 'melhorar artificialmente' as contas públicas... o julgamento no TCU deve ocorrer entre o fim deste mês e o início de outubro... Um eventual parecer pela rejeição deve ser utilizado pela oposição para pedir o 'impeachment' da presidente. A palavra final sobre a rejeição é do Congresso Nacional...

A constatação [das 'pedaladas' fiscais] foi feita em 19 de dezembro de 2013, em nota técnica dirigida à consultoria jurídica da CAIXA... o documento é assinado por Ricardo Endo, gerente de Benefícios Sociais, e Ivan Domingues, superintendente de Programas Sociais [que seriam responsabilizados por má gestão e improbidade administrativa se não o fizessem, assim como aconteceria por um eventual não ajuizamento de ação pela instituição financeira contra a União]...

Diante do represamento de recursos pelo Tesouro Nacional, o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) deixou de fazer os repasses para a CAIXA ['calotando' os segurados], que precisou arcar com o pagamento dos benefícios. Os gestores chegaram a calcular o valor 'em desfavor' para a CAIXA: R$ 1,8 milhão... entre agosto e dezembro de 2013...

É a primeira vez que se tem conhecimento de documentos da CAIXA que registram as manobras do governo como perda de receita [... visto que com o aporte de recursos, deixa de realizar operações remuneradas com base na taxa Selic, enquanto que na ocorrência de saldos negativos são atualizados pelo MTE pela taxa extra-mercado, cerca de 5% inferior à Selic...] e como infração à Lei de Responsabilidade Fiscal.".

Se o país Brasil existe, o fim da gestão Dilma Rousseff está, pelo exposto, próximo.
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