terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"CONVERGÊNCIAS ENTRE COMUNICAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO": Lançamento no Rio de Janeiro em 3 de dezembro de 2008

No último dia 3 de dezembro, na MegaStore da Saraiva no Shopping Rio Sul, Marcondes Neto lançou, pela Conceito Editorial, seu mais novo livro "Relações Públicas e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração". Para o administrador Plínio João de Sousa, "esta obra do professor Marcondes desenvolve uma abordagem matricial das interseções entre as áreas de conhecimento da administração (marketing) e comunicação (relações públicas)". Já para o relações-públicas Luiz Fabiano Nericke Correia de Sá, o livro "é de grande valia para quem quer entender o ambiente comunicacional do século XXI, no qual os limites entre emissor e receptor estão cada vez mais tênues e os canais são mais diversos e acessíveis que em toda a história da humanidade".

O evento contou com um "pocket papo" entre o autor e a jornalista Terezinha Santos, também consultora e professora de Comunicação Social, o qual versou sobre diversos temas abordados no livro, tais como a integração necessária entre comunicação e administração, assessoria de imprensa, produção cultural, ensino de comunicação e a onipresença do marketing, entre outros.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

TV é eletrodoméstico. O resto é selva.

Viagem de ônibus para São Paulo. Ônibus "executivo". Ar condicionado. Jornal O Globo... e aparelhos de TV pendurados no teto. A tela está preta e eu, secretamente, torço para que assim permaneça.

Eis que de repente - não! - os equipamentos saem do silêncio. Estou na primeira fila, ou seja, não vejo a tela da TV que pende sob a cabeça de meu companheiro de viagem, à esquerda. Insisto em olhar para a "paisagem" da avenida Brasil.

Começa o filme. A temática: adultério. O horário de início da viagem: 14 horas. Crianças a bordo estão vidradas na telinha. A telinha que eu não vejo. Só ouço. Discussões intermináveis entre traídos e traidores. É insuportável só ouvir a um filme. Dublado.

A tortura segue por uma hora e meia quando, de repente, algo acontece com o DVD-player do ônibus e o filme "sai do ar". Para nunca mais voltar. Ufa! E pelo comentário entreouvido, parece que isto acontece muito. Ou seja, mesmo quem quer, não consegue assistir ao filme até o final.

Pano rápido.

Vou a um consultório de radiologia. Há adultos, jovens e crianças na sala de espera. E lá está ela, a televisão. Pendendo no "giro-visão". Invariavelmente ligada e sintonizada no "vale a pena ver de novo". Pergunto-me: vale? Som altíssimo. Ninguém reclama. E não é que estamos todos - pacientes - "quase em família" assistindo a uma produção apropriada a maiores de 16 anos no horário dos dez aninhos? Intimidades explícitas. A senhora, na extremidade do sofá que ocupo, sorri amarelo. Um camarada começa a fazer comentários sobre os dotes físicos que aquela tal atriz "já teve um dia"... - os anos passam para todo mundo, não é?! E fita a atendente com cara de poucos amigos.

Corte para uma última cena.

Jantar no descoladinho bar de Ipanema. Além de couvert e caipirinha, com o que nos recebem? TV Globo, ora. Afinal é horário da telenovela favorita da moçada. Pergunto ao maître por que, meu Deus, instalaram naqueles três cantinhos simpáticos uns LCDs enormes?

- É o ibope, doutor... O pessoal pediu e o dono atendeu. Todos os bares e restaurantes têm que ter TV hoje em dia. Tanto que a Net já criou até um "precinho" especial para casas noturnas...

Agora, a esta altura da madrugada, o que aparece nos telões é um jogo do campeonato espanhol. Sem som. Tenho a impressão de que ninguém está vendo aquilo. Mas a partida continua... "sem intervalos". Só os "da casa": - SPORTV, o canal campeão! - Canais Globosat! - O mundo é dos Nets! - Só este mês... "degustação" de todos os canais... de graça!

Não sei não... estou pensando em criar um movimento pelo retorno da TV ao status de eletrodoméstico. Daquele tipo que se tem em casa e que se usufrui no aconchego do lar, sozinho ou acompanhado, mas sem o constrangimento de assistir em público, ao lado de estranhos, às mais recentes "obras" dos dissolutos autores e diretores da nossa televisão - e ainda tentar achar tudo isso muito normal.