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Entende-se o estado das discussões - velhas - em nossa
área, hoje, pelos péssimos (há exceções, claro) "professores" colocados
para ministrar as cadeiras de Ética, de Legislação, e de Direito da
Comunicação.
Como secretário-geral do Conrerp1 (07/01/2010 a 07/01/2013) senti isto na carne.
As pessoas simplesmente desconhecem o ambiente jurídico-legal da área em que se... formaram!
Convido a todos a visitarem este site,
o qual foi produzido a partir dessa minha experiência, em que eu era
responsável por legislação, fiscalização, doutrina, jurisprudência e
consultoria aos conselheiros analistas nos processos julgados em
plenárias - quinzenais - do Conselho.
Nós tivemos - e ainda temos alguns - problemas porque:
(1)
As profissões no país foram regulamentadas no período de exceção (a
nossa, a de jornalista, a de publicitário, a de administrador - só para
citar algumas mais próximas);
(2) Os primeiros errepês estavam postados nas empresas para NÃO deixarem a imprensa entrar (o que hoje é exatamente o oposto);
(3)
Tínhamos que ter sido criados nas escolas de Administração (o primeiro
curso chegou a ser dado na FGV), mas a ditadura inventou a tal da
Comunicação "Social" (que aliás, e graças aos céus, não existe mais,
desde setembro/2013, por decisão do MEC);
(4) Nas escolas
de Comunicação fomos sempre o curso 'patinho feio' (primeiro a ser
descontinuado em crises, por exemplo), justamente pelos fatos descritos
em (2) e (3);
(5) Nossa filosofia de ação é - ou pelo
menos deve ser - a da criação sueca "ombudsman" - ou seja - um membro do
(ou pelo menos no) "board" a serviço do cliente, do público em geral e
dos "stakeholders" em particular (e em nosso tosco Brasil, país antítese
da Suécia, ainda vivemos num ambiente de barbárie humana, social e
empresarial, infelizmente).
Mas - sempre tem um 'mas' -
escolhemos esta paixão, e só há um caminho de tornar a nossa - bela e
querida - formação um processo real de profissão (no mercado e de fé):
trabalhar, trabalhar e trabalhar; explicar, explicar e explicar; mediar,
mediar e mediar; negociar, negociar e negociar - eternamente!
Só assim se muda a cultura de uma organização, de uma comunidade ou de uma nação.
Nosso
caminho, pois, é um só - civilizatório. Não existem boas Relações
Públicas onde não há Jornalismo (e um ambiente geral) livre, diverso,
plural. Relações Públicas são filhas da democracia, da livre iniciativa,
da liberdade de opinião e do apego à verdade.
Fora
disso, há só tráfico de influência, más práticas de comunicação
institucional, e maus profissionais - e justamente para coibir isto é
que somos uma profissão regulamentada. Com Código de Ética com força de
Lei e Responsabilidade Técnica estabelecida por legislação
complementar.
Somos idealistas? SIM! E por isso,
recomendo sempre a leitura do mais recente livro do meu 'guru', Roberto
Porto Simões: "Informação, inteligência e utopia: contribuição para uma
teoria de relações públicas".
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
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