quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Chicote queimado com sete participantes.


No debate presidencial deste 26/08, na BAND, os candidatos de partidos "nanicos" cresceram. E os candidatos das "coligações" não. Brincaram de "estátua". E ficaram parados onde já estavam.

Marina e Dilma, desde 2010. Aécio apresentou o "museu de grandes novidades", como diria Cazuza, e seu "trunfo" foi anunciar o conservador-chefe. O pastor pregou seus dogmas.

Fidelix foi o único que chamou a atenção para o fato - real - de que, no orçamento, luta-se por "peanuts", bilhõezinhos, enquanto que as reservas internacionais do Brasil só crescem - hoje a cerca de US$ 360 bilhões, a ponto de termos criado, no BRICS, "uma outra versão do FMI" (como disse Dilma) e um banco de fomento - quando pagamos aos rentistas juros estratosféricos (os mais altos do mundo, em termos reais) e aos bancos um pornográfico serviço da dívida (na casa das centenas de bilhões de dólares idem).

O candidato "verde" e Luciana Genro (PSOL) foram os mais parecidos com o cidadão e a cidadã comuns, e reivindicaram em consonância com as reclamações vocalizadas nos movimentos de junho de 2013.

A dança das cadeiras continuará em torno dos cargos executivos, na União e nos estados - com debates na TV e fora dela. Mas a brincadeira brasileira - à vera - está no horário eleitoral "gratuito" das campanhas aos legislativos estaduais e federais. Ali, o ridículo e o desprezo ao bom senso imperam. E é dali que virão as "maiorias" para a tal da "governabilidade" que todos os executivos querem, precisam, cooptam.

Os Estados Unidos - nosso modelo de democracia presidencialista - elegem presidentes há 240 anos. Nós, só há 24. E em todas elas prometeu-se a tal da "reforma política" que nos tiraria do atraso, do compadrio, do conchavo, da demagogia e do patrimonialismo. Nada aconteceu e os parlamentares que o país elege não mudarão as regras que os constituem em "sem votos" que se transformam em "com mandato". Há muito, ainda, a aprender. E a um custo social muito alto.

Será que o Brasil resiste a este aprendizado tão lento?
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