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Regis Tadeu, escriba do Yahoo Notícias fez hoje um comentário que incorporo integralmente. Leia-o neste LINK.
Fiz, solidário, o seguinte comentário:
Caríssimo! Você escreveu um clássico da crônica, ou da
crítica (há especialistas em classificar 'posts'). E um clássico que só poderia
ter sido gerado no Brasil-il-il. O que você passou é fruto de algumas 'obras',
entre elas, a separação entre Cultura e Educação, administrativamente, de alto
a baixo, no país. A teimosa sigla MEC ainda tenta nos mostrar o erro, mas
ninguém vê.
A coisa também vem 'de berço'. Imagine uma família reunida num
barraco (isto ainda existe em São Paulo; aqui no Rio é tudo alvenaria com três
pavimentos) de 1,5 m X 2,0 m, com um telão de 42 polegadas, assistindo Avenida
Brasil com 'su-round sound'. Não conheço melhor modo de imprimir algo na mente
- e não esqueça da propaganda 'varejão' dos intervalos.
Mas nem tudo está perdido,
no entanto, para você e eu que, como nosferatus, vagamos à procura de civis
civilizados. Estive em Sampa no último fim de semana e fui a um programa
'grátis' (a Bienal) e a outro de 6 reais (Museu do Futebol).
O primeiro estava
mais ou menos de público e havia vagas na porta do pavilhão (por 3 reais). Não
dei de cara com as gangues de New York, ou mesmo as de São Paulo por lá... no
Pacaembu, parei 'na porta' (paguei 10 reais pelo talão de Zona Azul), cheguei à
bilheteria só (não havia mais ninguém por lá no domingo). Passeei tranquilo,
ouvi tudo, assisti tudo, vi o 3-D com mais 4 pessoas, dei chute a gol (a 59 km
por hora), tomei um café ouvindo samba, tentei comprar um livro, guia ou
catálogo do museu (não existe!) e acabei com uma camisa do meu querido Santos
nas mãos... feliz e amando a minha cidade - será que deu tudo certo porque dois
milhões de "maloqueiros-com-grana-no-banco" foram para a praia?
Decidi que vou a Sampa, doravante, em feriadões. Assim dá. Chego à conclusão de
que o problema é gente. Gente demais. Para educar, para consumir, para tomar
Metrô, para dirigir por aí. 'O inferno são os outros', disse Jean Paul Sartre -
que viveu numa bem menos cheia Paris e já achava isto. Ainda vale.
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