Tal viés específico e especial da nossa formação há de se impor pela qualidade de nossas análises e sua contribuição para a melhor decisão daqueles que nos contratam e ouvem, independente de qualquer outro requisito "cartorial". Neste aspecto - eminentemente qualitativo - podemos ser imbatíveis. Não se pode esperar dos veículos, das agências e dos "anunciantes" (organizações em geral - públicas, privadas e do terceiro setor) questionar as péssimas - ou, pelo menos, duvidosas - características do que a mídia veicula atualmente.
É mesmo preciso não estar no mainstream do jornalismo e da propaganda para enxergar os vícios. “Alguém descobriu a água – e não foi o peixe” (Marshall McLuhan). Conclamo os grupos de estudo, nas faculdades e fora delas, que assistam juntos o Jornal Nacional e o Roda Viva; leiam juntos a Folha de S. Paulo e a Veja; ouçam juntos a Band News e "A Voz do Brasil"; "naveguem" juntos o UOL Notícias e o Yahoo News e discutam por uma hora o que viram, ouviram, leram e surfaram "na web". Vai dar muito o que falar, pensar e refletir, ainda mais em tempos de debate, no Congresso Nacional, de marcos regulatórios da mídia, da telefonia e da internet.
(*) Sim, visão 'de conjunto', fenomenológica... ou seja, a 'visão lógica' ganha mais importância. 'O fenômeno é quando e porque é pensado' (Edmund Husserl). Na aldeia global, na qual o meio é a mensagem (Mc Luhan, de novo), ganha a lógica dos 'media', organizacionais e jornalísticos (e os jornalísticos, hoje, atendem mais aos interesses corporativos (Ben Bagdikian).
O errepê pode oferecer a leitura alternativa ao discurso homogeneizante e avassalador do marketing e da política (e esta, hoje, é mais marketing político-eleitoral - Cid Pacheco, 'Voto é marketing, o resto é política' - do que ciência política, ciência social - como constata Porto Simões, aliás).
Resta assumir essa possibilidade e a decorrente responsabilidade (Roberto Fonseca Vieira).
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