sexta-feira, 21 de junho de 2013

DORME, BRASIL!

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Assim reagem a mídia e os políticos profissionais, esperando que após uma noite "de 'bons' sonhos", acabe o pesadelo da abertura da panela de pressão da feijoada geral que sempre fizeram com "miúdos" de povo que só apareciam na hora de - obrigados - votar.

Chico Pinheiro acaba de encerrar a edição de hoje do "Bom Dia, Brasil" sorrindo e dizendo: "hoje é sexta-feira, vida que segue". Vamos ver se a massa "Sem Controle" - como publicou O Globo hoje, na capa - vai parar para "o descanso semanal" como pede a prece fervorosa dos que têm poder - e muito a perder - com os brasileiros ameaçando a realização da Copa do Mundo.

A Copa das Confederações é evento que foi criado pela FIFA - que sempre se achou mais importante, e poderosa, e rica, que a ONU - para, justamente, "testar" as condições do evento que esse sim, é "para valer". Em termos de esporte? Que nada! Em termos de dinheiro! Só. Quem duvida que o Brasil vai ser campeão, assim como a França o foi quando a Copa lá aconteceu? O futebol deixou de ser um esporte há muito tempo.

Não dorme, não, Brasil! Nossa economia está 100 anos atrasada - baseada em exportação de soja (há cem anos atrás era café), exportação de minério de ferro (cujo 'container' vale menos que um 'container' cheio de... bananas, fabricação de automóveis (a Ford, do modelo T, já tem 110 anos, é de 1903), e em petróleo... continuamos a ser o cassino do mundo, pagando 8% ao ano de juros (EUA e Alemanha estão praticando juros negativos!) e os políticos têm uma pauta - nas Câmaras Municipais de Vereadores, nas Assembleias Legislativas estaduais, no Senado e na Câmara Federal - que nada dizem aos 99% de brasileiros das classes B, C, D, E, F, G, H. A classe "A" (1%) manipula votações, emendas, verbas e coloca seus lacaios, apaniguados, empregados e laranjas para representá-las em Brasília... lá... "bem longe" do Brasil.

Pelo fim da política como "profissão". Pelo fim da aposentadoria a parlamentares. Parlamentar tem que trabalhar por causa e receber um salário de 4 dígitos e se tornar executivo (prefeito, governador e presidente - também ganhando até 9.999 reais - que tem que ser o teto do cargo público no - ainda miserável - país chamado Brasil) por consequência. Pelo voto e não pelo poder econômico! Pela reforma política, já! Nem um desses 30 partidos existentes no Brasil me representa. Não voto mais em nenhum deles.

Recebo uma mensagem de amiga jornalista, no Facebook, em comentário ao texto acima, lá postado:

- Eu nao sei onde você conseguiu enxergar uma crítica à manifestação na frase de despedida do Chico e na manchete de O Globo. Teoria da conspiração.

Sim, teoria dela. Minha réplica:

Não enxerguei isto não. E gosto do Chico, pessoa e profissional - dos poucos que pode incluir cacos em suas falas. Não acredito em teorias da conspiração, mas estou escrevendo uma crônica baseada em textos jornalísticos sobre a Síria, em que substituo "Síria" por "Brasil". Há 3 anos atrás, EUA e Europa recebiam Assad e a imprensa escrevia "o presidente da Síria, Bashar al-Assad", como já fizera com seu pais, em loas, "o presidente da Síria, Haffez al-Assad". O que mudou. A crise é interna? Ora, toda crise é interna. Daqui a pouco EUA e Rússia estarão discutindo quem manda armas para quem. E você sabe de que lado estaria o mocinho Obama - o dos "insurgentes", da oposição - e veríamos os "baderneiros" recebendo armas para tirá-lo do palácio, para retirar o Haddad do palácio. A multidão é anti-palácio, porque lá estão os poderosos que drenam a nação rica que o Brasil, há muito tempo. Hoje o Iraque é pó. Este é o resultado da "pax americana". Este é o resultado da guerra ao terror de Bush, que Obama só fez agudizar.

Outro colega "global" continua o "tópico":

- Teoria da conspiração total. Já dizia o grande Tom Jobim: no Brasil, o sucesso é ofensa pessoal. É o preço que se paga pela liderança. 

Minha tréplica:

Liderança em alienação. Liderança em edulcoramento. Liderança na omissão. Liderança na manipulação. Liderança no "lobbying". Tudo isso com muita qualidade artística, técnica, comercial e jornalística. O dano que isto causa, lembra-me, sempre, o "slogan" da chapa que concorreu ao Centro Acadêmico de um faculdade de Comunicação: "Adorno não é enfeite". 

O modelo - com todos os defeitos - que ainda vale para o Brasil (pelo tamanho do território e da população) é o dos EUA. A legislação da FCC devia ser a base da reforma do marco regulatório da comunicação eletrônica (rádio e TV ) no Brasil (embora ela também esteja sendo sitiada nos EUA).

O mercado publicitário tem que irrigar 3 ou 4 redes de comunicação. É preciso diversidade. Não conseguimos ocupar nem a meia hora diária que a legislação acabou de entregar às produções brasileiras. Falta dinheiro circulando e a publicidade é a fonte. A propriedade cruzada também é indefensável, bem como a "laranjada" que põe políticos no comando (oculto) à frente de "órgãos de imprensa"; esses os verdadeiros autores da derrubada da exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo. Só empregam amigos, apaniguados, parentes. Para disputar eleições.
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