sexta-feira, 21 de junho de 2013

30 partidos políticos. E 1 impasse.

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A presidente é um poste, o governador de SP é outro, o prefeito idem. Foram eleitos "no lugar de alguém". E os postes estão se revelando nesta crise.

Alckmin e Haddad já deram seu lamentável espetáculo "solidário na dor" da entrevista concedida, juntinhos, como PT e PSDB jamais se deixaram fotografar antes...

E Dilma podia ter começado a virar o jogo na fala de hoje, "no intervalo do Jornal Nacional", mas não o fez. Não mencionou uma ação - retórica que fosse -, a única coisa que sintetizaria começar a atacar tudo de ruim porque os sinos dobram, nas ruas: a reforma política.

Transporte, saúde, educação, segurança e justiça são um lixo no Brasil em razão do modo como a política foi conduzida até aqui, com chicanas, arranjos e "saídas", coalizões e frentes que nunca atenderam a qualquer lógica de ideias e propósitos.

O que prevaleceu? O balcão de negócios. Sarney barganhou um ano de mandato. Collor deu no que deu. Itamar foi a exceção - aquele que não enriqueceu na política. FHC barganhou a emenda da reeleição - o mensalão começou ali. Lula terminou de mastigar e cuspiu o partido que fundou "na mesa de negociação" que agora pede, mas que não mais existe na sociedade complexa da internet.

A mesa de negociação dos tempos da Volks de São Bernardo é brinquedo de criança diante da turba de jovens sem perspectivas num país rico onde se reproduz a lógica perversa do 1% VERSUS 99%. Nesse 1% estão os políticos profissionais. E suas ideias não correspondem aos fatos...

Moral da história: esse estado estupefato de coisas vai perdurar. Zuccotti Park e Tahir ficaram ocupadas por meses. A ver. Mas não acredito que os postes darão solução ao impasse. Exatamente como lá não deram, aliás.
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