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A notícia saiu hoje, no jornal O Globo - na página 2 do Segundo Caderno. O
relatório final da CPI será apresentado em 24 de abril no Senado Federal.
O ECAD é uma espécie de “Geni”. Apedrejá-lo é fácil. Afinal, vivemos
no país do “me engana que eu gosto”. E artistas de grande valor e contribuição
à cultura nacional vivem à míngua, fora da mídia e da farra dos cachês
subsidiados das leis de incentivo à cultura – que “imperializa” os palcos, as
TVs, as rádios, os ouvidos e as mentes. Michel Teló e Adele são os lados doméstico e transnacional da mesma moeda podre.
JABÁ COM JERIMUM
Primeira grande constatação da CPI: “O órgão controlador não
pode ser economicamente menos expressivo do que o setor a ser controlado” e,
por isso, os senadores sugeriram a transferência da responsabilidade pela
gestão dos direitos autorais do – nosso, ridículo – Ministério da Cultura para o – rico –
Ministério da Justiça. Afinal, em 2011, o orçamento empenhado do MinC foi de R$
507 milhões, e o ECAD arrecadou R$ 541 milhões.
PQP
Segunda grande constatação (minha): Payola fez escola e se
estabeleceu à sombra dos coqueiros da Terra Brasilis. Nunca se arrecadou tanto –
até para pagar, pasmem, “participação nos resultados” aos funcionários do órgão
–, isso enquanto compositores, músicos e cantores nem ao Chico Recarey (aquele
empresário que pagava os artistas com uma “janta” e dois drinks) mais podem
recorrer. Prefere-se, no “mercado” da “night”, ligar as TVs na NET e deixar o
povo jantar assistindo ao CQC, ao BBB ou ao UFC.
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