sábado, 21 de abril de 2012

CPI do ECAD: relatório final sugere 21 indiciamentos e propõe nova lei.


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A notícia saiu hoje, no jornal O Globo - na página 2 do Segundo Caderno. O relatório final da CPI será apresentado em 24 de abril no Senado Federal.

O ECAD é uma espécie de “Geni”. Apedrejá-lo é fácil. Afinal, vivemos no país do “me engana que eu gosto”. E artistas de grande valor e contribuição à cultura nacional vivem à míngua, fora da mídia e da farra dos cachês subsidiados das leis de incentivo à cultura – que “imperializa” os palcos, as TVs, as rádios, os ouvidos e as mentes. Michel Teló e Adele são os lados doméstico e transnacional da mesma moeda podre.

JABÁ COM JERIMUM

Primeira grande constatação da CPI: “O órgão controlador não pode ser economicamente menos expressivo do que o setor a ser controlado” e, por isso, os senadores sugeriram a transferência da responsabilidade pela gestão dos direitos autorais do – nosso, ridículo – Ministério da Cultura para o – rico – Ministério da Justiça. Afinal, em 2011, o orçamento empenhado do MinC foi de R$ 507 milhões, e o ECAD arrecadou R$ 541 milhões.

PQP

Segunda grande constatação (minha): Payola fez escola e se estabeleceu à sombra dos coqueiros da Terra Brasilis. Nunca se arrecadou tanto – até para pagar, pasmem, “participação nos resultados” aos funcionários do órgão –, isso enquanto compositores, músicos e cantores nem ao Chico Recarey (aquele empresário que pagava os artistas com uma “janta” e dois drinks) mais podem recorrer. Prefere-se, no “mercado” da “night”, ligar as TVs na NET e deixar o povo jantar assistindo ao CQC, ao BBB ou ao UFC.

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