quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Metrô na superfície... da mediocridade

Quando o Metrô do Rio de Janeiro passou a explorar ônibus especiais com o objetivo de aumentar sua rede de bairros atendidos, a população - justamente - aplaudiu a iniciativa.

Os ônibus, equipados com ar condicionado, sistema de som executando apenas música de concerto, paradas pré-estabelecidas e bilhetagem incluída no preço das viagens comuns, foram um avanço e um bom remendo à falta de investimentos crônica que assolou a companhia, tanto antes quanto depois de sua privatização. Os ônibus partiam a horários regulares e serviam a linhas diversas, cobrindo dois itinerários diferentes na zona sul da cidade.

Agora, como diz o populacho carioca, "virou bangú". Linhas foram fundidas - ah! a onipresente otimização de custos - e os ônibus ficam esperando na estação de origem (Siqueira Campos) até que entupam de passageiros. Os motoristas, velhos de guerra, já acostumados às práticas selvagens das empresas de ônibus do Rio - desde os vovôs "lotações" - esperam impassíveis e os fiscais, postados às portas dos veículos, monitoram o "enchimento da lingüiça" (no lingüajar de um deles) por rádio, comunicando ao próximo ônibus quando aparecer para a próxima "carga". Mais um capítulo para a interminável discussão sobre a (não) ação de agências reguladoras na supervisão dos serviços públicos prestados no país.

No caso do estado do Rio de Janeiro temos não só uma, mas duas agências! A Agência Reguladora de Energia e Saneamento do Estado do Rio de Janeiro (AGENERSA) e a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e Rodovias do Estado do RJ (AGETRANSP). Você sabia?

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