João Alberto Ianhez vocaliza com precisão, neste texto e em sua entrevista a Carolina Pedace, no Rede Nacional RP/MEGABRASIL, a paixão que move os genuínos relações-públicas e o momento rico que vivem agora – tempo em que o mercado, mesmo que tardiamente – vem reconhecendo e adotando a visão de relações públicas. Nunca, antes, neste país, tantos jornalistas e publicitários atuantes na comunicação empresarial fizeram - e com propriedade - a observação “estou realizando um trabalho de relações públicas”. No meu entender, essa é a chave para trazer os colegas, definitivamente, para perto de nós.
Tarefas
As tarefas de relações públicas sempre existiram e sempre existirão, nas mãos de tantos quantos tiverem a clareza quanto a sua utilidade e eficácia para tratar dos problemas comunicacionais das organizações - pugnar contra isto, brandindo uma reserva de mercado legal mostrou-se, ao longo do tempo - antipático e inútil, neste Brasil de leis que "não pegam". Nosso segmento profissional encolheu também por causa disso. Com mais pressão mais provável fica, sim, a desregulamentação (cuja sanha já atingiu a exigência do diploma para o exercício do jornalismo).
Planejamento
O pensamento e a concepção de relações públicas é que não são delegáveis. Só quem conhece a amplitude da formação deste bacharel compreende a diferença que há entre o seu perfil e o dos demais que as IES (instituições de ensino superior) colocam no mercado.
Os tempos atuais são tempos de governança corporativa – um conjunto de mandamentos organizacionais que fundamentam-se num principal valor: a transparência.
Relações Públicas sempre ocuparam-se desse valor, do ponto-de-vista dos públicos; sempre ocuparam-se do atendimento ao cliente e à comunidade; sempre ocuparam-se da relação com a mídia – tanto a paga quanto a espontânea; e, para resumir, defendem, desde Bertrand Canfield, nos anos 1950, a chamada “cidadania empresarial” – algo que ainda tem cheiro de “novidade” no Brasil.
A única habilitação reconhecida e regulamentada no campo da Comunicação Social, infelizmente uma área onde campeiam curiosos, oportunistas e falsos cientistas, não pode abrir mão de um edifício tão longamente erigido, agora devidamente prestigiado (relações públicas requerem uma sofisticação organizacional antes inexistente no país) e do qual o Sistema CONFERP é o mais credenciado defensor.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Sobre a - nova - tentativa de descaracterizar RRPP. E pelo exame de Ordem na nossa área.
Comento a recente querela entre o CONFERP, em sua gestão anterior - que muito bem conduziu a questão - e aqueles que querem criar uma nova habilitação literalmente "em cima" das Relações Públicas, área que lhes foi pródiga e que agora querem exterminar.
Apóiam-se em ONGs e eventos que, embora com pompa, cada vez menos influenciam os rumos da Comunicação Social no Brasil.
Quem frequenta esses convescotes acadêmicos sabe que muitas de suas atividades anunciadas simplesmente não acontecem por absoluta falta de quorum.
Mas...
Seus proponentes e "condutores" lançam-nas em relatórios de "produção acadêmica" como tidos e havidos. E dão trela a suas próprias ideias.
Mesmo sem saber quem e quantos formaram uma dita "comunidade representativa de professores, profissionais e estudantes", se muitos ou se poucos, se doutos ou turistas acidentais, não se pode atribuir a esta instância poderes de vocalizar o pensamento do conjunto de pensadores, professores e profissionais das Relações Públicas e da Educação Superior interessados na discussão sobre sua própria existência, suas trajetórias e, até, suas perspectivas de futuro.
O Sistema CONFERP renovado, em janeiro último, em seus mandatos federal e regionais, cumprirá sua missão institucional de zelar pela área de Relações Públicas, tanto como profissão quanto, principalmente, como formação - escolha de milhares de jovens (já ultrapassei a marca de 3 mil alunos de RRPP) que querem atuar nas atividades que recebem os mais diferentes rótulos, mas que beneficiam-se - e muito - dos bacharéis de Relações Públicas.
Bacharel em Direito não é advogado. Isto só depois do exame de Ordem, pelo qual passam menos de 10% dos inscritos.
A exemplo da OAB, que também é Sistema de Conselho Federal e Regionais, é preciso influir, sim, no ensino, mas, principalmente, aferir a qualidade do bacharel formado pelos cursos de Comunicação Social que ainda, infelizmente, improvisam na hora de oferecer disciplinas de Relações Públicas. E, acredito, não basta exigir apenas - como prescreve a lei - que o professor seja um relações-públicas registrado em seu Conselho Profissional. É preciso mais: que este professor seja um entusiasta da área - um motivador permanente junto a seus alunos, sob pena de se estabelecer aquele slogan maldoso porém com alguma dose de verdade: "quem sabe faz, quem não sabe ensina".
O ordenamento da profissão exige isto mesmo - um exame de Ordem - e esse deve, em minha opinião pessoal, ser um dos instrumentos de fortalecimento da área de Relações Públicas na sua função de proteger a cidadania contra os abusos que, diariamente, a comunicação das organizações perpetra nos mais diversos media, tanto massivos quanto dirigidos. E isso, mesmo que se venha, no futuro, a permitir-se o registro profissional a bacharéis de outras áreas desde que pós-graduados em Relações Públicas - como concluiu um grande parlamento de professores e profissionais conduzido em gestão anterior pelo próprio Sistema CONFERP.
Apóiam-se em ONGs e eventos que, embora com pompa, cada vez menos influenciam os rumos da Comunicação Social no Brasil.
Quem frequenta esses convescotes acadêmicos sabe que muitas de suas atividades anunciadas simplesmente não acontecem por absoluta falta de quorum.
Mas...
Seus proponentes e "condutores" lançam-nas em relatórios de "produção acadêmica" como tidos e havidos. E dão trela a suas próprias ideias.
Mesmo sem saber quem e quantos formaram uma dita "comunidade representativa de professores, profissionais e estudantes", se muitos ou se poucos, se doutos ou turistas acidentais, não se pode atribuir a esta instância poderes de vocalizar o pensamento do conjunto de pensadores, professores e profissionais das Relações Públicas e da Educação Superior interessados na discussão sobre sua própria existência, suas trajetórias e, até, suas perspectivas de futuro.
O Sistema CONFERP renovado, em janeiro último, em seus mandatos federal e regionais, cumprirá sua missão institucional de zelar pela área de Relações Públicas, tanto como profissão quanto, principalmente, como formação - escolha de milhares de jovens (já ultrapassei a marca de 3 mil alunos de RRPP) que querem atuar nas atividades que recebem os mais diferentes rótulos, mas que beneficiam-se - e muito - dos bacharéis de Relações Públicas.
Bacharel em Direito não é advogado. Isto só depois do exame de Ordem, pelo qual passam menos de 10% dos inscritos.
A exemplo da OAB, que também é Sistema de Conselho Federal e Regionais, é preciso influir, sim, no ensino, mas, principalmente, aferir a qualidade do bacharel formado pelos cursos de Comunicação Social que ainda, infelizmente, improvisam na hora de oferecer disciplinas de Relações Públicas. E, acredito, não basta exigir apenas - como prescreve a lei - que o professor seja um relações-públicas registrado em seu Conselho Profissional. É preciso mais: que este professor seja um entusiasta da área - um motivador permanente junto a seus alunos, sob pena de se estabelecer aquele slogan maldoso porém com alguma dose de verdade: "quem sabe faz, quem não sabe ensina".
O ordenamento da profissão exige isto mesmo - um exame de Ordem - e esse deve, em minha opinião pessoal, ser um dos instrumentos de fortalecimento da área de Relações Públicas na sua função de proteger a cidadania contra os abusos que, diariamente, a comunicação das organizações perpetra nos mais diversos media, tanto massivos quanto dirigidos. E isso, mesmo que se venha, no futuro, a permitir-se o registro profissional a bacharéis de outras áreas desde que pós-graduados em Relações Públicas - como concluiu um grande parlamento de professores e profissionais conduzido em gestão anterior pelo próprio Sistema CONFERP.
quarta-feira, 10 de março de 2010
O que caracteriza o mau exercício profissional nas relações públicas?
Na "infância" das organizações, propaganda; na "adolescência", assessoria de imprensa; na "maturidade", cidadania empresarial – objeto direto das relações públicas.
A Comunicação Social no Brasil precisa ser discutida, ter conhecidas suas regras pela cidadania, assumir responsabilidades pelo baixo nível cultural que, como mídia, repercute (sendo meio preponderante de formação no Brasil é, portanto, mensagem que deve ser cuidada, como o fazem os países desenvolvidos).
Nossos colegas jornalistas pugnam por uma regulamentação profissional – agora mais – pois após o fim da exigência do diploma para o exercício profissional, campeiam absurdos.
Os publicitários têm sobre si dois mantos de proteção – o CONAR e o CENP, mas isto não tem evitado que aventureiros de toda sorte coloquem-nos diuturnamente diante de mensagens grosseiras, ofensivas e pouco inteligentes.
O que caracteriza o mau exercício profissional nas relações públicas?
Os conselhos de medicina, de engenharia e de advocacia protegem a cidadania de maus médicos, maus engenheiros e maus advogados.
Quem protege o cidadão de um resultado de pesquisa de opinião divulgado parcialmente? E de uma concessionária de serviços públicos que desdiz os fatos? O que dizer de uma empresa que engabela o seu acionista com relatórios que desviam de uma redação substantiva? E de uma ONG que sequer publica os seus estatutos e põe-se a levantar fundos?
Finalmente; o que dizer de tantos comunicados que nos chegam e a que nós, profissionais da comunicação institucional, atribuímos credibilidade zero, mas contra os quais o cidadão desavisado não tem defesa?
Roberto Porto Simões apresenta um caminho já no título de seu último livro: "Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas". Buscar uma comunicação que seja mais serviço à cidadania e menos desserviço à cultura é um objetivo que se pode realizar.
Um conselho profissional que ampare e promova as boas práticas de comunicação institucional e denuncie e reprima as más é um dos caminhos para essa realidade.
A Comunicação Social no Brasil precisa ser discutida, ter conhecidas suas regras pela cidadania, assumir responsabilidades pelo baixo nível cultural que, como mídia, repercute (sendo meio preponderante de formação no Brasil é, portanto, mensagem que deve ser cuidada, como o fazem os países desenvolvidos).
Nossos colegas jornalistas pugnam por uma regulamentação profissional – agora mais – pois após o fim da exigência do diploma para o exercício profissional, campeiam absurdos.
Os publicitários têm sobre si dois mantos de proteção – o CONAR e o CENP, mas isto não tem evitado que aventureiros de toda sorte coloquem-nos diuturnamente diante de mensagens grosseiras, ofensivas e pouco inteligentes.
O que caracteriza o mau exercício profissional nas relações públicas?
Os conselhos de medicina, de engenharia e de advocacia protegem a cidadania de maus médicos, maus engenheiros e maus advogados.
Quem protege o cidadão de um resultado de pesquisa de opinião divulgado parcialmente? E de uma concessionária de serviços públicos que desdiz os fatos? O que dizer de uma empresa que engabela o seu acionista com relatórios que desviam de uma redação substantiva? E de uma ONG que sequer publica os seus estatutos e põe-se a levantar fundos?
Finalmente; o que dizer de tantos comunicados que nos chegam e a que nós, profissionais da comunicação institucional, atribuímos credibilidade zero, mas contra os quais o cidadão desavisado não tem defesa?
Roberto Porto Simões apresenta um caminho já no título de seu último livro: "Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas". Buscar uma comunicação que seja mais serviço à cidadania e menos desserviço à cultura é um objetivo que se pode realizar.
Um conselho profissional que ampare e promova as boas práticas de comunicação institucional e denuncie e reprima as más é um dos caminhos para essa realidade.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Lattes que eu tô passando...
Entendo que um país com 200 anos de civilização (ocidental) e 100 (acidentais) anos de universidade tenha que "aprender com os mais velhos", sobretudo nas engenharias de ponta (filhas do casamento da Física com a Biologia, por exemplo) - e nos saberes que demandam muito e intensivo investimento (nosso Estado é pobre disso, apesar de reservas internacionais invejáveis; e nosso empresariado é tosco), como na indústria farmacêutica (para a qual trabalhei e vi ao vivo) e de nano-automação.
Mas nas áreas em que dominamos o fazer, tais como indústrias petrolífera, aeronáutica e naval, informática bancária, contabilidade, correção monetária, arquitetura, cirurgia (todas as especialidades), drogas fitoterápicas, TV, propaganda, música, gravura e artes gráficas, estamos mais na posição de ensinar. No entanto, ficamos, também nessas áreas, colonizados por quantis publix ditas qualis estrangeiras, muitas de constituição duvidosa (diversos casos de auto-referenciação e fraudes foram objeto de matérias recentes na Folha de S. Paulo) e reles nível. Para a maioria dos brasileiros, parece mais elevado escrever "the book is on the table", falar de endomarketing (sic) ou ler um artigo de Donald Richards, PhD (... este deve ser um "crânio"!). Escrever sobre mídia no Brasil e assinar Joaquim Palhares? Ah! Deve ser mais um zé ruela incomodado com sua falta de ibope...
Mês passado, na UFRJ, constatei esta catástrofe de perto, participando da assistência numa defesa de tese de doutorado da área biológica. A tese só pôde ser defendida DEPOIS que o artigo sobre a mesma foi aceito em uma publicação (QUALQUER publicação) entre as "doctors and internals & nuclear phisicians association sdruws review".
Isto quer dizer, então, que, depois de terceirizar para a Estácio as nossas graduações (grande parte dos professores substitutos nas universidades públicas são Estácio "de carreira"), agora terceirizamos os nossos títulos de doutoramento para a muito qualis "indústria" editorial (editorial nada, porque ninguém nessas revistas sabe sequer o que é um fotolito - só entende de PDFs e de um tal de reprint muito bem pago) norte-hemisférica. Tristes trópicos!
Mas nas áreas em que dominamos o fazer, tais como indústrias petrolífera, aeronáutica e naval, informática bancária, contabilidade, correção monetária, arquitetura, cirurgia (todas as especialidades), drogas fitoterápicas, TV, propaganda, música, gravura e artes gráficas, estamos mais na posição de ensinar. No entanto, ficamos, também nessas áreas, colonizados por quantis publix ditas qualis estrangeiras, muitas de constituição duvidosa (diversos casos de auto-referenciação e fraudes foram objeto de matérias recentes na Folha de S. Paulo) e reles nível. Para a maioria dos brasileiros, parece mais elevado escrever "the book is on the table", falar de endomarketing (sic) ou ler um artigo de Donald Richards, PhD (... este deve ser um "crânio"!). Escrever sobre mídia no Brasil e assinar Joaquim Palhares? Ah! Deve ser mais um zé ruela incomodado com sua falta de ibope...
Mês passado, na UFRJ, constatei esta catástrofe de perto, participando da assistência numa defesa de tese de doutorado da área biológica. A tese só pôde ser defendida DEPOIS que o artigo sobre a mesma foi aceito em uma publicação (QUALQUER publicação) entre as "doctors and internals & nuclear phisicians association sdruws review".
Isto quer dizer, então, que, depois de terceirizar para a Estácio as nossas graduações (grande parte dos professores substitutos nas universidades públicas são Estácio "de carreira"), agora terceirizamos os nossos títulos de doutoramento para a muito qualis "indústria" editorial (editorial nada, porque ninguém nessas revistas sabe sequer o que é um fotolito - só entende de PDFs e de um tal de reprint muito bem pago) norte-hemisférica. Tristes trópicos!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Discurso de Marcondes Neto na posse da nova gestão (2010-2012) no CONRERP/RJ
"Profissionais apaixonados pelo que fazem" - nosso slogan de campanha.
Vejo muitos profissionais apaixonados aqui, hoje. De nossa área e de outras.
Em primeiro lugar
Um agradecimento a Deus é devido
Pela vida - de todos nós
Pela saúde - de todos também
E pela presença hoje, aqui, no CONRERP/RJ
Neste belo Dia de Reis, nesta bela cidade de São Sebastião.
Escreveu John Lennon: 'a vida é aquilo que te acontece quando você está ocupado fazendo outros planos' - por isso é tão importante celebrar o presente
E, no presente, não esquecer o passado -
Saudar os pioneiros no caminho da nossa profissão de Relações Públicas: Paulo Caringi e Edson Schettine de Aguiar, aqui presentes - são inspiradores da classe.
Saudar o primeiro jornalista e o primeiro administrador que foram, também, meus professores: João Pedro Dias Vieira e Luiz Estevam Lopes Gonçalves - representantes de duas categorias profissionais cruciais para o entendimento e para a implementação de relações públicas nas organizações.
Queremos construir pontes também com publicitários, economistas, advogados - estes aqui também representados por Lemuel Santana, que ora nos passa o bastão do CONRERP/RJ.
Devem inspirar-nos as personalidades de Ivy Lee, Pinheiro Lobo, Vera Giangrande e Manoel Maria de Vasconcellos - que já se foram; e as de Roberto Porto Simões, este vivo e produtivo na PUC do Rio Grande do Sul e que escreveu em livro a síntese da nossa atividade: 'informação, inteligência e utopia'.
Sim, somos cruzados da harmonia, do entendimento, do diálogo, da parceria - por mais que o mundo insista no contrário.
Finalmente - saudar o futuro, na presença de meus colegas de Conselho que aceitaram este desafio mais jovens do que eu.
Que juntos possamos colaborar e contribuir, com entusiasmo, sabedoria, discernimento, brandura e firmeza para a profissão que escolhemos e amamos, as Relações Públicas.
Grato a todos.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
"Organizações" apostam na memória curta do brasileiro e "batem" na querida mamãe-ditadura.
Opinião de O Globo (30/11) sobre diploma de jornalismo revela esquizofrenia grave. Veículo atropela a própria mãe.
Que ninguém se iluda - se é que ainda havia espaço para alguma ilusão. Como disse um coleguinha global no penúltimo encontro Aberje-Rio, "de Niterói para cima" (acrescento eu, "e para baixo"), os patrões da mídia NÃO querem diploma de Jornalismo. NUNCA o quiseram e farão tudo o que puderem para manter a decisão do supremo Gilmar.
Conferência Nacional de Comunicação neles! Dezembro de 2009 chegou, finalmente!
Os novos robber barons usarão a mesma força bruta de sua máquina-de-manipulação-de-mentes (Globo Marcas, UOL, PMDBdoQ, Prêmios Emmy, IURD, PSDBdoS, Dois Gritando, BancoPanamericano, DEMdoDemo, Se Eu Fosse Você "N", Veja e Casas Bahia, além de mais dinheiro em vestes) usada para vetar a Ancinav (que, cumprindo a Constituição Federal, traria controle social à TV, como acontece nos desenvolvidos Alemanha, Austrália e Canadá entre outros) e o Conselho Federal de Jornalismo.
Que ninguém se iluda - se é que ainda havia espaço para alguma ilusão. Como disse um coleguinha global no penúltimo encontro Aberje-Rio, "de Niterói para cima" (acrescento eu, "e para baixo"), os patrões da mídia NÃO querem diploma de Jornalismo. NUNCA o quiseram e farão tudo o que puderem para manter a decisão do supremo Gilmar.
Conferência Nacional de Comunicação neles! Dezembro de 2009 chegou, finalmente!
Os novos robber barons usarão a mesma força bruta de sua máquina-de-manipulação-de-mentes (Globo Marcas, UOL, PMDBdoQ, Prêmios Emmy, IURD, PSDBdoS, Dois Gritando, BancoPanamericano, DEMdoDemo, Se Eu Fosse Você "N", Veja e Casas Bahia, além de mais dinheiro em vestes) usada para vetar a Ancinav (que, cumprindo a Constituição Federal, traria controle social à TV, como acontece nos desenvolvidos Alemanha, Austrália e Canadá entre outros) e o Conselho Federal de Jornalismo.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
YES... OUI... QUEM ?
Monsieur Obama, bien sur.
Há um ano ascendia ao poder Barack Hussein Obama - um nome mais provável se relacionado ao Oriente Médio, ao Islã, às 1001 noites...
Mas não foi um conto de Malba Tahan que introduziu Sahib e sim um dos eleitorados mais (im)previsíveis do mundo - the people of United States of America.
Maktub.
Estava escrito desde Martin Luther King e Monteiro Lobato, que um presidente negro comandaria a nação oriunda das 13 colônias - e isto a partir de uma campanha fulminante iniciada em um discurso na convenção do Partido Democrata de, só, 4 anos antes. Isto e mais um muito de internet surfing.
Estava escrito também, desde Greenspan, o todo-poderoso do FED até 2008, que a exuberância irracional explodiria just after Bush Jr. E na cara de quem? Quem suportaria o estouro dessa bolha? O war hero McCain? A bombshell do Alaska, Sarah Palin?
I want you.
Nas palavras dos think tanks republicanos: o garçon Obama.
Ninguém, nunca antes, poderia ter sequer imaginado que os EUA financiariam, com recursos públicos, tanto a banca, rota, quanto as suas insustentáveis montadoras, General Motors - a inventora do marketing automobilístico - à frente.
E Obama deixou passar a oportunidade de ouro para uma virada histórica que levaria, de novo, o país de Abraham Lincoln, aos píncaros da glória - simplesmente deixar falir a inviável indústria automotiva estadunidense.
Uma conjunção de mudança (change foi o mote da campanha democrata) de paradigmas industriais e trabalhistas (as aposentadorias, bônus e luxos das montadoras é que afundaram-nas em dívidas) que seria como um new deal verde - do carro elétrico ao transporte de massa para todos. Quem quisesse um carro zero - esse objeto de desejo antigo, perdulário e pior lixo do planeta - teria que importá-lo da Alemanha, do Japão, da França. Algo até muito alinhado com o slogan atual do governo Obama - buy american. E o mercado de carros usados - muito maior que o de "zeros"- adentraria em três anos de franca prosperidade.
Créative Technologie.
E os cidadãos eventualmente desempregados receberiam subsídios em muito menor monta do que os utilizados para reeguer os monstros ineficientes de Detroit etc. E passariam a comandar uma revolução. Verde. De etanol. De usinas eólicas. De biodigestão a partir do lixo - não há mais lixo per capita que nos EUA. E, finalmente, teriam, com o restante dos recursos públicos utilizados para bancar os deficits gêmeos e manter os bônus de executivos gananciosos, o tão sonhado atendimento universal de saúde, no qual Obama atola-se agora, reeditando antecessores que também o tentaram.
Infelizmente não foi o radical script de mudança a escolha de Obama - cujo governo começa a dar sinais de fraqueza. Os EUA chegam à pior taxa de desemprego desde 1983 (10,2%, sem contar os 2% da população encarcerada, não contabilizados entre os sem ocupação) e o Partido Republicano fez, em 03/11, dois governadores em estados importantes - New Jersey e Virginia. A proposta para a saúde, que passou por um triz pela Câmara dos Representantes e já foi encolhida da original universalização dos serviços para uma cobertura de 90% da população, deve ser tesourada ainda mais no Senado.
Triste Trópico de Câncer.
Não é só abaixo do Equador que acontecem iniquidades. Ao trópico meridional digno das lágrimas de Lévi-Strauss, morto no último sábado, 31 de outubro, aos cem anos, une-se o paralelo setentrional do planeta. A Europa oscila - sua moeda não consegue substituir o lentamente moribundo dólar como moeda de referência e Tio Sam já não responde por metade de tudo do mundo - talvez só da dívida.
A capricorniana São Paulo ganha a companhia do Rio de Janeiro - muito bem na foto, olímpica, e juntas vão levando o Brasil ao pódio das nações que fazem diferença. Ditando moda e modos, apesar da violência até anti-aérea. Rafales que se cuidem.
Obama deixou passar batido o golden pot. Quem sabe a dupla caipira "Dilma-cá e Lula-lá" não surpreende em Copenhague e assume a liderança da parada verde-bandeira pós-Kioto? Por enquanto...
- Non, uai, can't! Quem viver verá.
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