segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Suas ideias não correspondem aos fatos.


Denis Lerrer Rosenfield - com quem não concordo sempre - foi feliz, hoje.

Escreveu (n'O Globo, à página 16) sobre o resultado do primeiro turno da eleição, o seguinte: 

"O debate eleitoral é frequentemente permeado por falsos problemas, da ordem do discurso, que não guardam nenhuma relação com a prática real... a discussão sobre a autonomia do Banco Central é um caso ilustrativo... no governo Lula, foi um [sic] banqueiro, Henrique Meirelles, proveniente do Banco de Boston [e do PSDB, acrescento], que esteve à frente da instituição... as privatizações, outro exemplo, volta e meia, voltam ao debate como se fossem uma real questão do país. Trata-se, na verdade, de uma falsa questão, porém o que conta aqui são as repercussões eleitorais... Elas foram um grande sucesso. Basta pensarmos no desenvolvimento da telefonia, com celulares ao alcance de toda a população... [mas nas ferrovias foi um fracasso, em minha modesta opinião]. Seria da maior importância uma [sic] maior honestidade no debate e, sobretudo, a sinalização de rumos para o Brasil... não podemos ser reféns de disputas ideológicas ultrapassadas".

O Observatório da Comunicação Institucional (www.observatoriodacomunicacao.org.br) - fez a sua parte, analisando também este pleito do ponto de vista da "fala sobre si" dos partidos políticos brasileiros, conforme prometeu em seu portal ainda em 15/10/2013: colocou em evidência a falácia do discurso dos 32 partidos políticos brasileiros.

É hora de escrever programas com mais responsabilidade e cuidado - falha do PSB - e sem demonizar o outro - como PT e PSDB fazem. O que se lê neles precisa ser inspirador REAL para o voto. Assim não nos decepcionaremos tanto depois de dá-lo, como tem acontecido no Brasil, infelizmente.

A pesquisa do OCI: (1.213 compartilhamentos em 10 dias)

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domingo, 7 de setembro de 2014

Cem Anos de RP no Brasil. Muita história e muito presente.


SATISFAÇÃO TOTAL - de expectativa e de espírito - por participar da RPWEEK. 

Por três dias, pude estar imerso nessa verdadeira fonte de energia vital que é o Todo Mundo Precisa de um RP, culminando com a minha chance de falar à galera na manhã de sábado e ouvir colegas palestrantes do mais alto nível e da maior relevância no mercado. 

Pontaço para os - mui - queridos Guilherme Alf, Ariane Sefrin Feijó, Amanda Mayumi Takassiki e Pedro Prochno! 

Gratíssimo por existirem e por serem como são! RRPP de corpo e alma! 

Segue link para a minha apresentação de ontem: 

http://pt.slideshare.net/marcondesneto/apresentao-rpweek-06-09-2014?utm_source=slideshow&utm_medium=ssemail&utm_campaign=post_upload_view_cta.

Abração!
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

40 ANOS DE CARTEIRA ASSINADA, HOJE.


2 de setembro de 1974: eu começava no meu primeiro emprego, em São Paulo, como auxiliar de escritório. 

Em razão desta função, pré-GPS, conheço bem a minha querida - e maravilhosa - cidade. E sorrio a cada esquina da Brigadeiro, a cada poste da Santo Amaro, a cada imóvel da Avenida Brasil - antes casas, hoje negócios. 

Voltei a morar - e trabalhar - por lá algumas vezes, a última no doutorado, na USP. 

Desde 1985 na UERJ, encontrei-me na docência e para comemorar esta data coloco "no ar" 3 novos vídeos: 

2 tele-aulas - uma de RRPP

outra de Marketing Cultural,

e + uma participação especial no programa Tempo de Escola do Canal Futura. 

Como dizia o meu saudoso colega, jornalista Sílvio Júlio Nassar: "trabalho não é sacrifício, trabalho é privilégio".
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Brasil 'oficial' é canalha. Talvez nem uma 'nova política' dê jeito.


Não com esses políticos 'profissionais' que aí estão.

O dia 28/08/2014 ficará marcado na memória.

O orçamento da União para 2015 foi entregue pela presidência da República à presidência do Congresso Nacional propondo um salário mínimo de R$ 788,06 para janeiro de 2015.

Neste mesmo dia, o STF propôs R$ 30.935,00 para o salário de seus ministros (o que desencadeará, no Brasil 'oficial', um 'efeito cascata' extensivo também a parlamentares).

Só o 'reajuste' - para já - será de R$ 6.500,00.

Pergunto: 

- Quem ganha R$ 6.500,00 mensais no Brasil?

- 1% dos agora - anunciados ontem, pelo IBGE - 202.768.562 habitantes?

Temo que não.

Como pode ser 'mãe gentil' uma nação cuja 'elite política', nos três poderes, estabelece assim, calma e institucionalmente, um teto salarial público 40 vezes maior do que o piso?

De novo, o Brasil é 'único' no mundo 'civilizado' (se é que fazemos parte deste 'mundo', como 95o. país no Índice de Desenvolvimento Humano - também noticiado ontem).

Assim como é o único 'civilizado' em que o voto é obrigatório, aliás.

Leonel Brizola dizia que pagar um salário mínimo (e não saber onde, e como, mora o empregado) é bem mais barato do que manter um escravo.

Assim, caminhamos 'cordialmente' para uma guerra civil.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Chicote queimado com sete participantes.


No debate presidencial deste 26/08, na BAND, os candidatos de partidos "nanicos" cresceram. E os candidatos das "coligações" não. Brincaram de "estátua". E ficaram parados onde já estavam.

Marina e Dilma, desde 2010. Aécio apresentou o "museu de grandes novidades", como diria Cazuza, e seu "trunfo" foi anunciar o conservador-chefe. O pastor pregou seus dogmas.

Fidelix foi o único que chamou a atenção para o fato - real - de que, no orçamento, luta-se por "peanuts", bilhõezinhos, enquanto que as reservas internacionais do Brasil só crescem - hoje a cerca de US$ 360 bilhões, a ponto de termos criado, no BRICS, "uma outra versão do FMI" (como disse Dilma) e um banco de fomento - quando pagamos aos rentistas juros estratosféricos (os mais altos do mundo, em termos reais) e aos bancos um pornográfico serviço da dívida (na casa das centenas de bilhões de dólares idem).

O candidato "verde" e Luciana Genro (PSOL) foram os mais parecidos com o cidadão e a cidadã comuns, e reivindicaram em consonância com as reclamações vocalizadas nos movimentos de junho de 2013.

A dança das cadeiras continuará em torno dos cargos executivos, na União e nos estados - com debates na TV e fora dela. Mas a brincadeira brasileira - à vera - está no horário eleitoral "gratuito" das campanhas aos legislativos estaduais e federais. Ali, o ridículo e o desprezo ao bom senso imperam. E é dali que virão as "maiorias" para a tal da "governabilidade" que todos os executivos querem, precisam, cooptam.

Os Estados Unidos - nosso modelo de democracia presidencialista - elegem presidentes há 240 anos. Nós, só há 24. E em todas elas prometeu-se a tal da "reforma política" que nos tiraria do atraso, do compadrio, do conchavo, da demagogia e do patrimonialismo. Nada aconteceu e os parlamentares que o país elege não mudarão as regras que os constituem em "sem votos" que se transformam em "com mandato". Há muito, ainda, a aprender. E a um custo social muito alto.

Será que o Brasil resiste a este aprendizado tão lento?
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sábado, 16 de agosto de 2014

Todo trabalho é digno. E toda profissão regulamentada exige o pré-requisito da formação específica e o devido registro em Conselho Profissional.


O jornal O Globo noticiou, ontem, que o ex-ministro José Dirceu “digita fichas” (o que ele, aliás, acha “um tédio”, segundo a reportagem) preparadas pela bibliotecária do escritório de advocacia em que o mesmo está trabalhando.

Esta notícia deve-se à a fiscalização feita no escritório pelo Conselho Regional de Biblioteconomia (Regional DF).

José Dirceu recebe 2.100 reais mensais por seu trabalho e esta quantia – pela filosofia do próprio partido do agora digitador – deveria passar a ser considerado “piso” salarial em todo o país; um valor “de entrada” de qualquer cidadão no mercado de trabalho. Se conseguisse isto, o partido jamais deixaria o poder… por gratidão da massa. Mas não foi o que ocorreu em quase doze anos. O salário mínimo brasileiro continua sendo uma vergonha internacional. Pagar o que se paga – legalmente – para um trabalhador por um mês de sua labuta no Brasil, eu considero “trabalho análogo à escravidão”. Leonel Brizola, por sinal, dizia que pagar um salário mínimo era mais barato que manter um escravo…

Enquanto isso, o novo presidente do STF, Ricardo Lewandowski (que ainda nem tomou posse), já está reivindicando, na mídia – onde mais? – aumento dos proventos dos juízes, cujo “teto” salarial é, hoje, de pornográficos (para os padrões brasileiros) 29,4 mil reais mensais.

Quanto a profissões regulamentadas, a atitude do CRB deveria inspirar sobretudo aqueles errepês que relutam em se registrar no nosso Conselho Profissional.

Ter um Sistema Conferp-Conrerp funcionando – ainda que mal (por culpa exclusiva dos que insistem em ficar à margem da lei, mantendo os cofres da Autarquia – e, consequentemente, a função “fiscalização” do mesmo – à míngua) é um privilégio que não pode ser dispensado por qualquer pessoa com boa formação e um mínimo de bom senso.

O próprio José Dirceu já fora “impedido” de assumir a “administração” de um hotel de Brasília – por 20 mil ao mês (remuneração mais condizente com os hábitos gastronômicos dos nossos políticos “profissionais”) por grita do Conselho Regional de Administração. “Para ser gerente…”, alegava o relato da fiscalização, “… é preciso ter cursado Administração e portar o respectivo registro no CRA da Região”.

A imagem é da campanha do Observatório da Comunicação Institucional (OCI) pelos 100 anos de RP no Brasil em 2014.
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