terça-feira, 20 de março de 2012

RELAÇÕES PÚBLICAS AO ALCANCE DE TODOS !

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Uma experiência profissional muito gratificante foi entrar para a equipe de professores do primeiro curso de pós-graduação em Comunicação Empresarial do Brasil oferecido por uma universidade federal; a de Juiz de Fora.

O CEMP da UFJF tem tido, sistematicamente, uma grande procura por parte de interessados – das mais diversas formações – em atuar em Comunicação no âmbito de organizações e cabe-me, na grade curricular de lá, ministrar a disciplina “Propaganda Institucional e Relações Públicas nas Empresas”.

E, em 2008, lancei o livro-texto que passou a dar suporte à docência dessa disciplina: “Relações Públicas e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração”.

Lançamento no Rio de Janeiro.

Lançamento em São Paulo.

Lançamento em Juiz de Fora.

A história desse livro é a seguinte: tendo lecionado as disciplinas “Administração e Assessoria em Relações Públicas” 1 e 2 durante o tempo em que elas foram oferecidas na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, de 1985 a 2005, fiz uma sistematização de diversas apostilas, artigos e textos usados, tentando reunir em um só volume tudo aquilo que fosse possível no sentido de tornar o estudante concluinte do curso de Relações Públicas apto a mover-se com desenvoltura no campo dos negócios, tanto empreendendo quanto se colocando no mercado de trabalho – este último, o principal objetivo do pessoal nessa fase da vida.

A partir de 2006 passei a lecionar a nova disciplina “Assessoria e Consultoria” – e a cadeira de Administração voltou a ser, como nos meus tempos de estudante, de responsabilidade da FAF , a Faculdade de Administração e Finanças da UERJ.

Mas a FAF já dá outra história...

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segunda-feira, 19 de março de 2012

?QVOSQVE TANDEM CATILINA ABUTERE PATIENTIA NOSTRA?

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E mais um festival de imagens de corrupção explícita assola o país. Ainda mais picantes! Ainda mais reveladoras! De gente ainda mais descarada! Onde vamos parar?... perguntaria Mino Carta a seus atônitos botões...

- Até o inferno!

Mas o inferno já é aqui. A Chevron tenta perfurar o pré-sal na surdina... o ciclista “inadvertidamente”(*) não consegue se desviar de um bólido na descida da serra de Petrópolis... e faltam verbas para a saúde...

Terceirização: o termo que não quer calar.

Talvez possamos conseguir um outro país que aceite que terceirizemos a ele as nossas mazelas. Pagamos 20% de “overprice” para quem se candidatar. Burkina Faso? Ilhas Maurício? São Tomé e Príncipe? Ninguém se habilita...

O rótulo pomposo – outsourcing – chegou para ficar no patropi. E a regra junto: foco no core business. Estavam postas as condições para o surgimento de “n” empresas “especializadas” em... tudo! Manutenção predial, Serviços, Locações e Alimentação Ltda., Segurança e Entretenimento, Faxina Ilimitada etc.

Redução de custos. Tá downgrade no high society!

Ganha um doce quem provar que a contratação de faxineiros, seguranças, cozinheiros saiu mais barato que pagar salários diretos. A desculpa foi boa – no início – mas logo depois os políticos descobriram algo muito melhor que as empreiteiras (sempre visadas e com o risco de desabarem as pontes), os publicitários “tipo” Marcos Valério – especialista em fachadas bonitas.

Não é core business? – terceiriza, mano!

Era chegada a hora da terceirização daquilo que não fosse foco central, ou seja, no caso da Reebok, por exemplo – tudo – tendo sobrado só o microcomputador do designer. O resto? Fazemos fora. É mais barato.

Tudo começo assim... e depois veio a lei das licitações, a 8.666 – que não à toa tem essa alcunha toda.

(*) Você já deu um passinho para trás no Metrô, ou um "passão", no ponto de ônibus? Estamos falando de objetos que se aproximam de nós a 40 km por hora, um pouco mais, um pouco menos. Nossa percepção funciona, mesmo distraídos, e "somos salvos" a toda hora, diariamente, de atropelamentos - também de bicicletas de entregadores em cima de calçadas; motoboys entre filas, no trânsito; e automóveis conduzidos por "navalhas" diversos. Mas... como escapar de um bólido que pode andar a mais de 300 km por hora? O termo "inadvertidamente" constante da "nota" inicial do filho de Odin improcede, pois. E toda a argumentação baseada nisto, também.

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Conselho de Comunicação é demanda de 1988!!!

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Os processos são demasiado lentos no Brasil.

Pelo contrário, as empresas se antecipam, agilizam-se, e vão escrevendo a história da nossa mídia, da nossa cultura, da nossa educação.

46 milhões de brasileiros 'votaram' num paredão do BBB. Enquanto isso, uma notícia perdida na seção 'Rio de Janeiro' de O Globo reproduzia a sonsa notinha - supremo produto das assessorias de imprensa - da Chevron, dando conta de que 'pedia para parar de produzir depois de um vazamento de 5 litros de petróleo'.

Alguém acredita que é possível detectar 5 litros de qualquer coisa no Oceano Atlântico? Nem de Kriptonita Verde! Tal empresa deve ser um assombro de tecnologia de rastreio. Recomenda-se que seja contratada para controlar quando uma criança faz 'pipi' na praia.

A empresa fez a nota - com assessores 'coleguinhas' a peso de ouro - a imprensa não fez uma perguntinha sequer e ficamos assim; tudo como dantes... até a próxima crise a ser administrada pelo tráfico de influência.

A Cultura, por sua vez, está abaixo da última prioridade do Governo Federal - os Pontos de Cultura não recebem recursos.

A Educação, errônea e demagogicamente apartada da Cultura por Sarney, o mesmo que criou o monstro indomável dos incentivos fiscais para quem-não-precisa-de-incentivo, mirra. Esse talvez tenha sido o começo da historinha de dar-se um ministério por compadrio.

As duas Conferências de Cultura infelizmente deram em nada e a da Comunicação... parece que vai pelo mesmo caminho.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Tudo começou em 22 de janeiro de 1982...

... Colação de Grau!

Completando 30 anos de formado, resolvi comemorar lançando novo livro, website e um vídeo tratando de Relações Públicas.

Tudo começou com a ideia de um novo site que trouxesse textos de apoio ao ensino de RRPP. Era o ano de 2007. Registrei o domínio na internet e comecei a coletar artigos para as mais diversas atividades que compõem esse nosso “universo”.

Muitos colegas colaboraram – e o primeiro foi o saudoso Marcelo Zikán –, mas a ideia inicial, composta de sete sub-áreas, passou a dez, depois a quatorze. Mais...

Uma loucura!

"Relações Públicas" - habilitação solitária na graduação da UERJ em 1978.

É claro que eu não posso deixar de contar como foi a minha escolha e a minha formação na UERJ, ainda no tempo do Instituto de Psicologia e Comunicação Social (IPCS).

Vinha de um semestre cursado e aprovado em todas as cadeiras na graduação da ECO, tendo antes passado em primeira opção nos vestibulares da FUVEST, em São Paulo – onde eu morava – e da CESGRANRIO (sempre para Comunicação Social). Mudei-me para começar a estudar e a viver na Cidade Maravilhosa.

Era a virada 1976/1977. A ECA voltaria à minha vida, mas noutro momento – o do doutorado.

Na UFRJ eu não me encontrei. E prestando novo vestibular para a UERJ, “achei-me”, a partir do ano seguinte, no curso de RRPP – era aquilo que eu queria!

Bem, por ora, as primeiras novidades: no Facebook e no Twitter. Visitem!

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quarta-feira, 7 de março de 2012

A democracia é o regime em que são garantidos plenos e iguais direitos à pessoa... jurídica.

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"Carta" enviada hoje aos mais de 1.000 membros do Clube de Comunicação:

Queridos "sócios" (quem é "sócio" deste clube tem tudo),

Ecoo Mirna Tonus: o que me preocupa - e deveria ser preocupação de toda a cidadania brasileira, se bem que 46 milhões destes estão mais ocupados "votando" em quem será eliminado no próximo "paredão" do Bial - é a qualidade do jornalismo que se faz no país.

Para além da graduação ruim - o que é mau para qualquer área que se pretenda de formação acadêmica - a mais valia grassa, a "pejotização" impera, e, pior, substitui-se jornalistas por estagiários (e durante anos, "entupindo" as vagas nas escolas e roubando empregos de mães e pais de família).

A praga da assessoria de imprensa (quando vista como solução para as escassas vagas em redações - quando fiz Comunicação Social havia 7 jornais diários no Rio) "terceirizou" as redações para os escritórios (muitas vezes em casa, sob custeio privado) dos jornalistas que veem suas matérias saírem sem qualquer apuração, controvérsia, contraponto, crítica etc. etc. etc. E, ainda, "assinadas" por supostos coleguinhas...

Nossos parlamentares, ilegalmente, são donos de veículos e, como muito bem disse Aydano André Motta, em um encontro Aberje de que participei, "se a Folha e O Globo garantem que continuarão a contratar jornalistas formados, de Niterói 'pra cima', a lógica do compadrio, da subserviência, da parentela, do tráfico de influência e dos interesses escusos vai prevalecer".

Do meu ponto-de-vista, jornalismo é para jornalista. Formado. E sou favorável também à criação do seu Conselho Profissional (que os patrões trataram de pintar de "dirigismo", junto à proposta - muito civilizada - da Ancinav, numa iniciativa - que deu certo - de vender a sua visão de "atentado à liberdade"... de lucrar). Em tempo: os veículos de comunicação no Brasil praticam os preços de mídia comercial MAIS caros do mundo EM DÓLAR!

Cidadania robusta pede jornalismo forte. E assessoria de imprensa forte (praticada por jornalistas, relações-públicas ou quem a saiba fazer bem - é mercado, não profissão regulamentada) só existe com jornalismo forte. Jornalismo fraco - cidadania fraca.

Jornalismo fraco e assessoria forte - pior ainda. Só prevalecem as "notas", "notinhas" e "notões" dos clientes das 20 empresas líderes do setor.

Sabem quantas vezes "emplacamos" uma nota sequer sobre "n" cursos (alguns de rotina mas vários inovadores) nos últimos três anos - mesmo no meio digital - na coordenação de extensão na UERJ? Zero!!! Ligávamos para a redação e acabávamos recebendo a visita de um "corretor" de "espaço", vendendo o que é ilegal vender: inserções comerciais "diretas", sem a comissão de agência, por fora, para ficar mais barato (- e ainda produzimos a sua arte, viu?). Vergonha que os publicitários deveriam combater veementemente.

Acabou aquela lenda de que "você prepara o press release, envia para o jornal, depois telefona para a redação, faz uma 'pressãozinha' e reza para conseguir espaço" - que, pasmem, ainda se ensina nas salas de aulas...

Todos nós, dessa grande família (eu ía escrevendo "massa"...) do que o meu amigo Marcelo Ficher (presidente da Comissão de Fiscalização do CONRERP/1a. Região) de "trabalhadores da comunicação profissional" - ou seja, nós, profissionais de comunicação, atuando em veículos, em anunciantes, em instituições em geral - empresas, governo e terceiro setor -, precisamos nos unir, pois vem aí, sempre, cada mais pressão de patrões, que só pensam em produzir o tal "conteúdo" pelo menor custo por segundo, clique ou centímetro-coluna.

É como sempre digo em minhas "aulas inaugurais": "a democracia é o regime em que são garantidos plenos e iguais direitos à pessoa... jurídica".
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bye Bye Macaé...

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Hoje estive em Macaé para a minha rescisão de contrato de trabalho com a FSMA, junto ao honorável Sindicato dos Professores de Macaé e Região.

Em primeiro lugar, foi difícil encontrar a sede. Uma "sobreloja" quente num imóvel sombrio...

Pelas paredes, fotos antigas, imagens de santos, fios dependurados... Fila. Como nos ônibus cariocas: fila "do sentado" e fila "do em pé".

E as duplas (o representante do empregador e o empregado demissionário) de sucedem, tomando a benção da única funcionária presente, que, vagarosamente, se entretém entre uma olhada para a papelada e outra para a TV de 14 polegadas, também dependurada num giro-visão a pairar sobre nós.

E vamos assistindo, todos candidatos a um torcicolo mais tarde, ao "Vídeo Show", ao "Vale a Pena Ver de Novo", entre um carimbo e uma folha de papel carbono que insiste em decolar à frente do ventilador em movimentos de rotação e translação...

Sento-me, sentamo-nos, Nailza e eu. À nossa frente, fotos amareladas (Nailza exclama: - de 1927!) numa cortiça imunda. E mais um cartazete impresso, talvez por Gutenberg em pessoa:

GARANTA O FUTURO DE VOSSA FILHA!

FAZEI-A UMA PROFESSORA MATRICULANDO-A NO

CURSO NORMAL ANNEXO AO GYMNASIO MUNICIPAL MACAHENSE.

Depois reparo a data do "reclame": 1950. Bem depois da prensa de tipos móveis, pois. Talvez um cartaz produzido em linotipo!

Acompanho as carimbadas e dobraduras cuidadosas de Dona Shirley Lemgruber de Abreu, diretora. E penso em Lula e sua, nossa, república sindicalista.

Terminamos. Sou meticulosamente instruído quanto aos procedimentos para sacar o FGTS na Caixa Econômica Federal. Apresento meu exame de saúde demissional - deixo o emprego melhor do que iniciei. Ouço a pergunta-padrão: - pretende usar o seguro desemprego? Declino.

- Tenho outro emprego. E ela:

- Graças a Deus!

Minha experiência macaense durou três anos. Tive o privilégio de compartilhar um projeto bonito, bem inspirado na figura de Dom Bosco, patrono dos salesianos, e em Madre Mazzarello, mãe das salesianas.

Pelas mãos de Renato Möller, convivi com Élida Vaz, Fabiana Pinto, Marcelo Ficher, Alvaro Magalhães e, principalmente, com a Irmã Maria Léa Ramos, nossa reitora, a quem eu chamava carinhosamente Princesa Léa. É dela a assinatura em minha carteira de trabalho - o valioso troféu que trouxe de volta comigo.

P. S.: As canetinhas disponíveis no Sindicato? Cortesia do BMG - banco ''campeão de audiência'' no crédito consignado a funcionários públicos e também nos processos criminais do mensalão.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Use lentes Transitions e "quebre a banca" na avenida... paulista.

Este carnaval não foi igual aquele que passou...

Teve paradinhas, a paradona da Estação Primeira, paredão ignorado no BBB, movimento paredista na polícia baiana e a tradicional parede sonora dos trios elétricos.

A língua presa e a lira paulistana.

Só não contávamos com o vandalismo fiel dos gaviões e com o doce bárbaro - de quem nem mais lembramos a cor da escola - que atravessou o samba e invadiu a apuração da "liga" paulistana.

Credenciais.

E o auto-nomeado "diretor" de escola já tinha vários estandartes: roubo, receptação, dano ao patrimônio, porte de arma e formação de quadrilha e, agora, também "qualificado" por supressão de documentos. Inafiançavel... pelo menos até o convite que certamente receberá para integrar uma próxima edição do BBB.

Não saia de casa sem suas lentes Transitions. Arrebente!

Mas ninguém vai esquecer a tecnológica marca patrocinadora estampada nas camisetas da agremiação que bem podia se chamar "Unidos na Rota" ou "Acadêmicos da Febem".

Cadê o gerente de marquetim ?

Ô mano da geração "Y"; cuidado com as opções de "mídia" que te oferecem. Tem gente boa da "X" e até "baby boomer" disposto a vender a alma e as camisetas com griffe do presídio federal de Catanduvas para faturar algum: - quem sabe a sua vinícola DOC não se interessa em ser nosso sponsor categoria premium ?

Just do it.

E garanta o trabalho escravo do seu chinezinho de cada dia.
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