sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Hoje... um ano... do meu mais triste dia...

Silêncio... preces... lembranças...

Minha memória mandou-me lá para o Jardim de Infância ABC, na rua das Fiandeiras, Vila Olímpia. Depois, para a primário na São Domingos Sávio e, por fim, ao ginásio e ao colegial no Costa Manso.

Tal "viagem" percorreu 12 anos de minha vida, de 1964 a 1976.

Naqueles dias, a cada dia, enquanto eu estava na escola, minha mãe querida lá estava, em casa, firme, trabalhando por mim. Preparando minha comida, cuidando das minhas roupas e de nosso lar (e foram tantos endereços...) - sempre aconchegante, inundado por seu sorriso franco e espontâneo, sua alegria de viver, de cantar, sua curiosidade característica e seu carinho imensurável.  

A jornada no tempo, então, transporta-me para o sítio Nosso Cantinho, na Rio-Petrópolis. Um ano inteiro numa zona rural, papai em São Paulo e minha mãe ali, firme, no comando. Quantas coisas...

Depois, vem o tempo de Ilha do Governador - de 1978 a 1992... mais 14 anos felizes sob o seu teto com papai.

No final dessa estrada vêm os 5 anos que passei com minha mãe na Tijuca, após a minha separação, na virada de 2005 para 2006. Quanta dedicação ao marmanjo! Tudo funcionava à perfeição e eu, ainda, num usufruto infinito...

Oro para que mais e mais pessoas tenham a experiência de amor integral que experimentei sendo seu filho, D. Stella. Descanse eternamente. Eu volto!

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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Rio, 25 de novembro de 2023.

Hoje, sonhei com minha mãe... neste décimo dia depois de seu passamento... pela primeira vez.

Ela me perguntou sobre um bolo de aniversário... e eu respondi que era verde, decorado com a bandeira do Brasil...

Ela estava bem, sorriso sempre brotando do rosto, espontâneo. Minha mãe tem esse jeito aí da foto...

Eu a deixei lá pelas 18 / 19 horas da terça-feira, 14 de novembro, e disse: 

- Tchau, mãe. No sábado eu volto. 

E fui para São Paulo, encontrar a Profa. Nelly - para tratar de seu legado... com ela e sua filha. Segundo a Nelly, "sua mãe está educando você até aqui...".

Eu, que me sentia culpado por seu estado atual, por tê-la levado ao Hospital baseado numa porcaria de Oxímetro, fui preparado por ela - e por Deus - para o desenlace de nosso convívio terreno que, desde sempre, foi o meu pior pesadelo.

Foram trezes longos meses, sendo sete deles, internada.

Nossa "impaciente" - como a chamávamos desde a outra internação longa, em 2016 - foi-se enfraquecendo...

E eu, sempre acreditando que o novo especialista, o novo tratamento, o novo remédio, trariam minha mãe de volta... para ao menos saber, ter consciência, de quanto a amávamos... fiquei no vácuo... mas acho que ela sempre soube de tudo o que estava acontecendo em seu entorno. Só estava cada vez mais fraca para expressá-lo.

Foi muito difícil e longo o caminho. Preocupavam-se comigo, "muito apegado", "grude"... De fato, nunca consegui orar pedindo a sua partida. E como ela não dava sinais de dor... eu não me sentia um egoísta por isso.

Eu orava muito - minha mãe e meu pai ensinaram-me a rezar - e pedia por um milagre. Isto aliás, é o que me segura. 

Mesmo sabendo que era pequeno, falho, pecador e desprovido de merecimento, eu orava sabendo que estava pedindo algo quase impossível - para Deus nada o é -, orava eu, pedindo demais.

E ela se foi entre 6 e 7 horas da manhã da quarta-feira, 15 de novembro, enquanto dormia, no silêncio da madrugada, em casa de meu irmão Mario, no quarto que sua neta Vitoria tão prontamente cedeu-o em 14 de abril último. Ninguém viu seu último suspiro. Deus quis assim.

Segundo a técnica de Enfermagem super-dedicada, super-carinhosa e super-crente, que lá estava, ao lado dela, em plantão, mas que no momento exato teve uma câimbra, foi tudo um plano perfeito de Deus para sua partida... eu, longe, num ônibus - sou "filho da Dutra" por causa dela -, provavelmente passando pela cidade de Caçapava, terra de meu pai.

Cheguei a São Paulo e imediatamente voltei com meu irmão caçula Mauricio, sua esposa Daniela e minha sobrinha, Ana Clara. Tive tempo apenas de abraçar o meu filho Thiago, este moço aí da foto, e sua esposa, Ciça.

Chegamos para orar por D. Stella e sepultá-la no jazigo que Mario e eu preparamos quando de sua primeira internação - da qual ela saiu como "Highlander". Desta última internação, ela saiu apelidada "Fênix".

Pois Stella vive, como Fênix, em nossos corações e em nossas memórias. Muitas fotos e vídeos nos ajudarão a lembrar da mãe incomparável com que Deus e o Manoel pai nos presentearam.

Até a vista, mãe.

Manoelzinho.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

No vácuo... o filho da Dutra...

Ontem, feriado que cultiva a memória de um genuíno golpe de Estado - numa desgraçada república cuja "proclamação" só existe na pintura encomendada (um regime "legal", "democrático", "de Direito", que enriquece u'a mínima plutocracia que começa pelo poder judiciário e se espraia pelos demais, cujas sinecuras se multiplicam a cada ano que passa desde 1889) - marca o reencontro, no Éter, de minha mãe e meu pai, recriando o par energético que remonta a uma festa junina na região do Méier, no Rio de 1945.

E onde estava eu, ontem, na madrugada? Na Dutra - eterna ligação entre Rio e São Paulo. Talvez em frente ao município de Caçapava, terra de meu pai - algo cósmico que nos situa na Terra, parte do Universo imensurável. 

Esteja em paz, mãe, longe das dores deste mundo.

Somos só poeira de estrelas... a essência... de Stella, Manoel, e minha.

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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Alberto Kaplan expõe na Real Galeria.

Av. Princesa Isabel, 500, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ.

De 29 de junho a 01 de setembro de 2023.

Informações: (21) 99490-0711.

RP: Marcondes Neto.

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segunda-feira, 29 de maio de 2023

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Confissão de um Cristão-velho.

- Foi mal aí, galer@


Mas não vou rir ou fazer rir

E nem gravar dancinha p'ra vender o meu peixe


Não sou humorista

E do que trato é trabalho...

Sério demais p'ra fazer memes


Não estudei por 54 anos - e tive publicados 14 livros - para fazer caber uma tese num 'card' animado


Lamento, mas...


Não dá para não ser sóbrio

Não dá para não ser formal

Não dá para não ser 'careta'


Quando se trata da gestão do dinheiro dos outros

Quando se trata de auditar balanços e transparência

Quando se trata de certificar práticas organizacionais


Fica difícil ser leve e lúdico num mundo que se desmancha sob os nossos olhos

Quando vícios viram moda, censura se traveste de virtude

E onde guerra passa a ser 'manutenção da paz'


Não dá para ser 'cool'

Quando o desvio de recursos públicos foi aceito 'pela vida' - gerando morte

E sofismar e mentir substituíram as funções de informar e educar


Perdoem-me


Mas estou cansado do 'me engana que eu gosto', do 'jeitinho', da não-resposta, e da ideia de fazer as coisas direito só quando for 'para inglês ver'


Afinal, vocês - concidadãos pagadores de impostos - não investiram em mim - em graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doc - para eu fazer papel de criança rebolando até o chão 


E eu próprio não investi em mim - tempo, recursos, coração e mente - para fazer cara e tipo de intelectual, numa vida egoísta de desfrute


A ideia era - e continua sendo - estudar e entender antes, para só depois esclarecer e tentar explicar


Não se pode condensar uma dissertação em um 'reel', uma carreira em uma 'selfie', um livro num 'tweet', uma vida numa 'live'


[Prossigo]


Deus não nos criou para o Carnaval, mas para a Quaresma, 

para o silêncio e a reflexão sobre a vida natural e a evolução, e não para o ruído e a cegueira militante das cartilhas revolucionárias


[Mas reconheço o epílogo]


Que o seu Único Filho retorne triunfante sobre as trevas em que, com tanto denodo e dedicação, a humanidade-criação conseguiu repor o mundo.

sábado, 5 de setembro de 2020

AGORA são '8 Rs' da Comunicação Funcional!


Lançado o novo 'e-book' de Manoel Marcondes Machado Neto: '8 Rs da Comunicação Funcional: instrumental para uma governança transparente'.

Neste ambiente de lançamento, coincidentemente, a Lamparina Sustentabilidade, empresa especializada em assessorar organizações em termos de Comunicação e Gestão, realizou - no IGTV - entrevista 'Comunicação e Transparência' com o autor.  

Gratidão à Isabela Esteves, cofundadora da Lamparina Sustentabilidade, pela oportunidade da conversa.

https://www.instagram.com/tv/CEpm2kcJxCO/

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