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E mais um festival de imagens de corrupção explícita assola o país. Ainda mais picantes! Ainda mais reveladoras! De gente ainda mais descarada! Onde vamos parar?... perguntaria Mino Carta a seus atônitos botões...
- Até o inferno!
Mas o inferno já é aqui. A Chevron tenta perfurar o pré-sal na surdina... o ciclista “inadvertidamente”(*) não consegue se desviar de um bólido na descida da serra de Petrópolis... e faltam verbas para a saúde...
Terceirização: o termo que não quer calar.
Talvez possamos conseguir um outro país que aceite que terceirizemos a ele as nossas mazelas. Pagamos 20% de “overprice” para quem se candidatar. Burkina Faso? Ilhas Maurício? São Tomé e Príncipe? Ninguém se habilita...
O rótulo pomposo – outsourcing – chegou para ficar no patropi. E a regra junto: foco no core business. Estavam postas as condições para o surgimento de “n” empresas “especializadas” em... tudo! Manutenção predial, Serviços, Locações e Alimentação Ltda., Segurança e Entretenimento, Faxina Ilimitada etc.
Redução de custos. Tá downgrade no high society!
Ganha um doce quem provar que a contratação de faxineiros, seguranças, cozinheiros saiu mais barato que pagar salários diretos. A desculpa foi boa – no início – mas logo depois os políticos descobriram algo muito melhor que as empreiteiras (sempre visadas e com o risco de desabarem as pontes), os publicitários “tipo” Marcos Valério – especialista em fachadas bonitas.
Não é core business? – terceiriza, mano!
Era chegada a hora da terceirização daquilo que não fosse foco central, ou seja, no caso da Reebok, por exemplo – tudo – tendo sobrado só o microcomputador do designer. O resto? Fazemos fora. É mais barato.
Tudo começo assim... e depois veio a lei das licitações, a 8.666 – que não à toa tem essa alcunha toda.
(*) Você já deu um passinho para trás no Metrô, ou um "passão", no ponto de ônibus? Estamos falando de objetos que se aproximam de nós a 40 km por hora, um pouco mais, um pouco menos. Nossa percepção funciona, mesmo distraídos, e "somos salvos" a toda hora, diariamente, de atropelamentos - também de bicicletas de entregadores em cima de calçadas; motoboys entre filas, no trânsito; e automóveis conduzidos por "navalhas" diversos. Mas... como escapar de um bólido que pode andar a mais de 300 km por hora? O termo "inadvertidamente" constante da "nota" inicial do filho de Odin improcede, pois. E toda a argumentação baseada nisto, também.
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