domingo, 21 de abril de 2013

CULTURA MAJESTÁTICA! A gozada ministra relaxada.


Desta "majestade" depende a política pública de cultura do Brasil...

Plano inclinado é isto; começa com Gil e acaba em Marta. Pela reintegração - já - da Cultura ao Ministério da Educação, que, aliás, nunca deixou de ser MEC. 

A falsa sinonimia entre economia da cultura e economia criativa, única "novidade do MinC na gestão pós-Lula, reside na superposição de demandas - de recursos, de públicos, de políticas. E aponta para o (risco do) deslocamento da atenção - e de incentivos - das (rarefeitas, toscas, frágeis) políticas públicas de ação cultural (para o livro e a leitura; para o teatro, a dança, o circo e a ópera; para o cinema; para os museus; para a música instrumental e de concerto; para o patrimônio material e imaterial e para o folclore) para setores rentáveis e auto-sustentáveis como a arquitetura, o "design", a moda, o turismo, os "games", a gastronomia e a... mídia! 

Na cultura, "lato sensu", tudo é criação humana, mas fazer política pública de ação cultural requer coragem de fazer escolhas e incentivar o que precisa ser incentivado. Ou continuaremos a dar benefícios fiscais (dinheiro público; seu, meu, nosso) para Cirque du Soleil, Coca-Cola Vibezone, ringtones, blogs e ONGs de fachada? 

Só não pode deixar de incentivar, com o vale-cultura, o "consumo" de produção brasileira, porque, senão, o "cinquentão" - assim Marta se refere ao valor mensal - vai todo para DVDs de Homem-Aranha, Homem-de-Ferro, Homem Invisível, Homem-Elefante... e quem vai se beneficiar do "benefício", além de Hollywood, é o... Lemann, controlador das Lojas Americanas, maior revendedor de DVDs do país. 

O Brasil tem cerca de 2,5% do PIB mundial, 1% do comércio mundial, mas só 0,25% de participação no mercado de arte mundial. Há, pois, muito a percorrer.

ACESSE ESTE SLIDE. CULTURA, PARA A UNESCO, DEVERIA TER PELO MENOS 1% DOS ORÇAMENTOS. NO BRASIL, INVESTIMOS 0,06% EM 2010.
>

Nenhum comentário: