quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RELAÇÕES COM GOVERNOS: GRANDE DESAFIO PARA O RP

Discutir relações públicas e governamentais neste momento de julgamentos transmitidos "ao vivo", operações da polícia federal chegando a servidores públicos como nunca e imprensa investigativa fazendo o seu papel é oportuno, necessário e urgente. Como principais promotores potenciais da tão demandada transparência - o errepê é o único perfil técnico especializado em comunicação que não opera a mídia - podemos, de fato, auxiliar as empresas, os órgãos estatais e as ONGs, a analisar melhor - antevendo - e a decidir melhor - avaliando crises possíveis - sobre ações de seu dia-a-dia que, sempre, trazem embutidos riscos de exposição pública negativa, conflitos éticos inexplicáveis perante a sociedade e a imprensa, além de danos irreversíveis a reputações, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. Planejar é "a" palavra e analisar cenários é preciso. E errepês planejam. Aprendem a planejar. Isto os diferencia desde os bancos das faculdades. A jornalistas e publicitários, pela velocidade dos "media" - sobretudo em tempos de internet - em que estão imersos, é impossível tal distanciamento, ao mesmo tempo em que é impensável para esses profissionais discordar de suas lideranças quando seus próprios limites éticos são testados praticamente a cada hora do dia - uma rotina mortal de "fazer ou não fazer?" - em que a segunda opção simplesmente não existe.

No próximo dia 2 de dezembro comemora-se a data anual das Relações Públicas no Brasil - uma homenagem a todos os profissionais da área estabelecida na data de nascimento de seu pioneiro Eduardo Pinheiro Lobo.

O movimento Relacione-se, a Faculdade de Comunicação Social da UERJ e o Conrerp1 marcarão a data realizando, no dia 03/12/2012, na sala de R. A. V. do décimo andar da UERJ, a partir das 19 horas, um bate-papo com a profissional Muriel de Paula, formada pela UERJ, hoje nas Relações Governamentais da Petrobras, justamente sobre o desafio de cuidar dessa área tão sensível. Sobre a realização do evento, assim manifestei-me nas redes sociais:

Parabéns pela iniciativa conjunta! Agir em parceria é "a cara" das relações públicas. Academia, Conselho e Movimento juntos certamente criam o ambiente propício - e único - para a difícil tarefa de discutir as práticas vertiginosas da comunicação em tempos de internet. O segmento empresarial até pode unir-se em alguns momentos, mas isto fica para empreendedores especiais que já passaram da fase da "infância" (na qual só se faz propaganda) e da "adolescência" (na qual se soma a assessoria de imprensa) e se encontram na "maturidade" do ciclo de vida institucional de uma organização, quando, então, se passa a aspirar a chamada "cidadania corporativa" e se quer - tanto em nome da organização quanto em nome de seus controladores - "fazer diferença" na sociedade em que se está operando, fazendo real filantropia, mecenato ou empreendendo socialmente, para além das características básicas do agir comunitário, estágio de evolução institucional em que se está pronto para realizar o que chamo de relações públicas plenas.

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