quarta-feira, 18 de maio de 2011

These - awful - books is on the table...

"Nós pega o peixe" (de um livro "didático" adotado e já distribuído a 500.000 crianças). Vale o escrito?


Da particularidade da minha área – Comunicação Social –, longe da altitude e da idade da área de Letras, digo que me pareceu absurda a tosca explicação dada pela autora desta barbaridade. Sim, barbaridade – algo impetrado por pré-civilizados. Mas, ao ouvir a leitura, na Globonews, de uma nota do MEC defendendo sua adoção, fiquei sem ação. Tratava-se, afinal, de manifestação favorável da mais alta instituição em meu campo profissional como professor.


É sinal de obsolescência? Não devo mais estar servindo?


Não acho. E prefiro insurgir-me contra essa mediocridade oficial que começa com a norma de se grafar – no âmbito oficial federal – e dizer “presidenta”... uma asneira a que se submetem os áulicos. Na própria campanha, Dilma – alguém com escolaridade muito acima da média nacional – referia-se à possível vitória nas urnas assim: "se eleita for, presidente do Brasil...".


Que se respeite os modos de dizer de cada região brasileira (em São Paulo se pede um chopps e dois pastel) ou de cada pessoa no nível que sua escolaridade permite, tudo bem!


Daí a não se corrigir estudantes, de qualquer nível, quanto à forma correta de escrita da língua parece-me impensável. Onde vamos parar?


Como falar sobre a beleza e a riqueza do nosso idioma (quando bem construídos textos em estilo e gramática), para – no meu caso – futuros jornalistas, publicitários e relações-públicas, depois desta impostura? Só discordando do MEC. E esse será o meu caso.


Os jornalistas que deram a terrível notícia na Globonews; André Trigueiro e Carlos Monforte, fizeram-no constrangidos e surpresos. E não se manifestaram para além do jornalístico porque não lhes cabia comentar.


Graças aos céus veio o socorro da ABL, para que se coloque um contraditório, uma opinião formal que seja no sentido de desaprovação dessa "modernização" que em nada contribui para o que Celso Furtado, como sonho de Brasil, chamava de "enriquecimento cultural da sociedade" – uma meta da qual educadores não podem se afastar nunca, em minha opinião.

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