sexta-feira, 13 de maio de 2011

Seu número de registro é RIO-520289-1 e o assunto da sua solicitação é "Subprefeitura/Administração Regional".

Prezado (a) Manoel Marcondes Machado Neto

Guarde estas informações para consultar o andamento

da sua solicitação.

A mensagem foi enviada à Ouvidoria competente para

as devidas providências.

Obrigado pela sua participação!

Atenciosamente,

Ouvidoria da

Prefeitura de Rio

de Janeiro.


Quem foi à falência primeiro? O Estado ou a cidadania?

Entrei com uma reclamação (via preenchimento de um formulário), em 13/04/2011, na 1a. SLF do Leblon (VI R. A.), referente a obra em curso na cobertura acima de meu apartamento. Ocorre que a mesma está sendo conduzida aparentemente sem licença da Prefeitura e o necessário A. R. T. do CREA. Trata-se de obra que inclui um "segundo" andar, piscina e elevador. Morador, ex-síndico, de outra cobertura do mesmo prédio, alegou em assembleia de condôminos que não fizera obra desse vulto em sua unidade no passado por ter tido parecer de calculista não recomendando a mesma.

Saí de lá com um pedaço de papel (o servidor enfadado - e sem crachá de identificação - rasgou parte de uma aba de envelope usado), e o aviso de que aquilo "NÃO" era um protocolo, mas que eu voltasse uns 15 dias depois para ver "no que deu". O código escrito à mão no papel: "G. O. 86/11 - 13/04/11".

Hoje, 13/05/2011, retornei à 1a. SLF solicitando informações sobre providências. O que ouvi da enfadada servidora (também sem crachá de identificação): "a 'doutora' esteve lá e é só uma obra de impermeabilização e substituição de revestimento, sem acréscimos". Diante de minha surpresa em não receber um laudo, um parecer, nada, a mesma continuou: "se o senhor acha que tem acréscimo o senhor tem que tirar umas fotos e entrar com um novo pedido de visita".

Parece que os servidores do município estão nivelando o atendimento pelo novo - e tosco - conceito de favela rising. Tudo é na base da "comunidade" local, seja um bairro estruturado e caro de se viver, seja um lamaçal indigno... também caro de se viver nesta "cidade maravilhosa", na qual impera o "ilegal, e daí", e contente-se o cidadão com qualquer explicação canhestra. O Estado sai de cena e entra o mano-a-mano medieval. E dá-lhe milícia, dá-lhe flanelinhas, dá-lhe praças com quadras de futebol como cala-boca, dá-lhe guardinhas de palm top na mão cumprindo quotas de multas para inflar o tesouro municipal, dá-lhe "serviços sociais dos vereadores tal e qual" em "suas áreas" de influência.

Exijo da Prefeitura da cidade em que resido e para a qual contribuo com taxas, impostos, tributos e contribuições, um tratamento civilizado, técnico e competente de órgãos que empregam muitos, muito bem pagos e, aparentemente, com bastante tempo para realizarem suas obrigações.
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