sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Xexéo, esqueça o marketing! Carta aberta ao Artur.

Parodio de propósito o mestre Mitsuru Yanaze, autor do célebre artigo (de 2001) intitulado "Esqueça o marketing!".

Pois é, Xexéo, considero um desserviço aos nossos jovens (e aos seus também leitores não tão jovens assim) o achincalhe e a gratuidade com que você tem se referido ao marketing - essa atividade essencial para mim, para você e para o jornal que nos une - você escriba e eu leitor.

Está certo que maior achincalhe é a pura e simples existência de candidatos como Eurico-ficha limpa-Miranda, Barriga do Açougue, Zezinho Orelha, Tutuca e Zoinho. E o que eles fazem - ou deveriam fazer bem - é um tal de marketing político-eleitoral, como ensinou o saudoso mestre Cid Pacheco.

Mas o que acontece de verdade nada tem a ver com marketing, como ensinava Manoel Maria de Vasconcellos, simplesmente um processo (ou sistema) de distribuição de riqueza e bens, baseado na diversidade de agentes-de-oferta e na livre escolha do consumidor (em oposição ao sistema da economia planificada estatal).

O que Zés e Silvas nos impingem tem só um nome: propaganda - e do tipo enganosa.

Talvez porque um jornal viva de propaganda fique difícil achincalhá-la. É mais fácil chutar o cão do marketing, esse termo inglês metido a besta.

Mas em defesa do marketing coloco-me eu, que junto de centenas, milhares de colegas docentes, pelo Brasil inteiro, dia-sim-e-outro-também, perseguimos o estudo, a pesquisa, o conhecimento e o aprimoramento das técnicas que fazem a vida urbana que levamos - e gostamos - ser como é. Cheia de opções e de soluções para as mais corriqueiras necessidades e os mais ousados sonhos - graças ao marketing.
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