domingo, 22 de setembro de 2013

BRASIL: esclarecemos ou escurecemos?


Existe um espírito do tempo pairando aqui, agora, no Brasil, principalmente nos media, querendo difundir a ideia de que há outro modo de civilização que não seja fundamentada em instituições – como as que conhecemos – fortes.

Ocorre que TODAS as civilizações que chegaram a estágios desenvolvidos – no Ocidente e no Oriente – foram construídas sobre instituições fortes, tanto formais quanto informais, e por isso é tão importante conhecer, ensinar e aprender o pensamento do economista Douglass North, ganhador de prêmio Nobel justamente por sua teoria institucionalista, principalmente entre futuros relações-públicas, responsáveis pela comunicação do tipo... institucional.

Mas isto não interessa ao espírito do tempo e aos seus dois braços armados; a mídia comercial e a indústria cultural “mainstream”. E, por isso, North NUNCA foi traduzido e publicado no Brasil.

Quando lemos hoje, n’O Globo, que o Brasil é o sétimo país em termos de PIB, mas o 56º. em competitividade e 80º. em instituições, isto TEM QUE soar um alarme na cabeça das pessoas que têm discernimento e boa vontade (duas qualidades essenciais a um relações-públicas).

Com um regime ditatorial chegamos a oitava economia do globo, e com uma crise mundial que assolou-nos MENOS que a outros países, ainda subimos uma posição (algo que eu poderia classificar como “inercial).

Porém, dadas as condições em que vive a grande maioria da população brasileira, sob uma mídia imbecilizante, sob governos tíbios, incompetentes e corruptos, uma desindustrialização que só faz formar consumidores e trabalhadores de baixa renda (tudo isso denominado “novas classes médias”), somos candidatos a andar para trás no concerto das nações e ver instituições que datam do império (e que têm tudo para consolidar-se mais e mais) esfacelarem-se e darem lugar, não mais a uma Belíndia, como sintetizou Edmar Bacha há vinte anos, mas a uma Luxemburma bem próxima da escuridão antevista por Ridley Scott para a Los Angeles de 2019, em “Blade Runner”.
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