terça-feira, 10 de julho de 2018

Sobre a relativização geral e a liquefação específica da moral.


Vamos recorrer a uma lembrança ligada ao último estadista brasileiro, Leonel Brizola, a Cadeia da Legalidade, de 28 de agosto de 1961, para entender o que houve no país no último domingo, 8 de julho de 2018.

O PT, como diria Brizola, nesta data, 'caiu na ilegalidade'. O Partido dos Trabalhadores, na verdade já vem sendo, desde 2005, protagonista do relativismo que tomou conta do país. Tanto que de paladino da justiça social passou a patrono de Estado de compadrio, burla e saque - e 'coligado' aos partidos que, até então, vinculava ao 'passado a ser limpo'.

Explico: slogans do poder recente, tais como 'país de todos', 'recursos não contabilizados', 'marolinha', 'pátria educadora', 'escola com partido' são, na verdade, preâmbulo da 'justiça com partido' que acabamos de testemunhar.

Só isto explica o desrespeito à hierarquia (ato monocrático em oposição a decisão colegiada), a petição feita por partidários e não advogados do réu, e sob alegações vãs: pré-candidatura, pré-campanha.

Meus alunos têm-me dado provas diárias de que essa perigosa relativização vem, insidiosamente, erodindo suas mentes e seu julgamento, por exemplo, quando defendem a 'uberização' da Economia com o tosco argumento 'é ilegal, e daí?'.

Brizola tinha a educação e a soberania nacional na base de sua visão de país, passou a Darcy Ribeiro o colar de Chanceler da UERJ - o melhor que tivemos aqui - e nunca engoliu o que chamou 'sapo barbudo', a lamentável personagem Lula, filhote da ditadura, aprendiz do general Golbery.

Lastimável!

E. T.: Por que será que o PT recorre a imagens de um passado muito remoto - de antes das toalhas de algodão egípcio e das estadas, com séquito, em hotéis nababescos - para promover seus candidatos?

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