sexta-feira, 15 de março de 2013

Concordância? Tem, mas acabou...


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Concordo com o mestre Wilson da Costa Bueno que é necessário, ainda e sempre, "bater na tecla" do quê seja "comunicação integrada", mas...

Discordo deste seu artigo, publicado em 11/03/2013 no Portal Imprensa, em dois pontos que exponho, com todo o respeito:

Primeiro: dizer "que ninguém é educado a fazer comunicação integrada... ficam todos nas suas caixinhas... jornalistas, publicitários, relações-públicas...", ora, como o próprio autor reconhece, a expressão "anda por aí" há muitos anos... e dita por quem? A errepê Margarida Kunsch - decana das RRPP no Brasil. Ensina-se - eu o faço há 27 anos ininterruptos - comunicação integrada nos cursos de graduação e pós em Relações Públicas e em Comunicação Organizacional / Empresarial.

Segundo: se há alguma coisa que diferencia a nós, errepês, e mesmo justifica a existência da profissão (e da formação específica) é a nossa intenção - sempre presente, no mercado e na academia - de integrar recursos, mensagens, linguagens, instrumentos e públicos. Integrar (buscando harmonia - vide epígrafe do site RRPP.com.br) é nossa missão precípua, aliás - e justamente por isso tão difícil e tão incompreendida. Somos uma espécie de "Francisco na Cúria Romana".

Por último, consistente com o que defendo em meu livro "Relações Públicas e Marketing: convergências entre comunicação e administração", vale lembrar que o conceito que Margarida Kunsch trouxe para o Brasil tem origem estadunidense e atende pelo nome de "integrated marketing communications" - ou seja, comunicação integrada ao marketing. Não a mera comunicação mercadológica, que Kunsch classifica em seu composto da C. I. junto à interna, a administrativa e a institucional, mas a comunicação de um marketing como Peter Drucker o define: "nunca um departamento, mas uma filosofia que permeia toda a organização".
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