Foi momento inesquecível!
É relevante que cada um dos presentes seja um reverberador de que as 'coisas da Cultura', principalmente as pessoas - os servidores federais, por exemplo, neste momento, estão em greve por absoluta 'penúria gerencial' - sejam elevadas a outro patamar por nossas 'autoridades'.
'Doutores' do atraso
Que elas, as 'autoridades', deixem de ser casos de economia de cultura - elegemos mal (Dilma foi e se fosse o Serra também seria exceção - mas exceções confirmam as regras) - para pensarem na Economia da Cultura e darem a ela o que a UNESCO recomenda - pelo menos 1% dos orçamentos públicos.
Ora, se nosso orçamento federal está em torno de 1 trilhão de reais, que sejam destinados à Cultura, anualmente, pelo menos os 10 bilhões recomendados (e não apenas os míseros 500 milhões que há década estamos 'investindo', pela União, na área - o que faz com que o Ministério da Cultura não esteja na mira de NEM UM dos partidos políticos de nossas 'autoridades').
Efeito cascata
Não aquela cascata que os recém-eleitos se dedicam a produzir em palanques populados por tecno-bregas ou sertanejos 'universitários'... mas sim que este 'efeito' 1% também se dê nos estados e municípios - sob pena de aprofundarmos a indigência cultural em que nos encontramos (os estados do Acre e de Roraima têm, apenas, DOIS cinemas, o estado do Amapá - alô Sarney! - TRÊS e o pujante Tocantins, CINCO!), desde que o gênio maranhense decidiu separar, para fazer politicagem com amigos e proselitismo de 'acadimia', em ministérios distintos, a Educação e a Cultura - verdadeiro, e nada discutido (um tabu!) atentado cometido contra a sociedade brasileira.
Leis de incentivo: de remédio a veneno. De virtude a vício
Não por acaso, a mesma 'autoridade', para ficar na história por algo mais que Curupu e Lunus, criou a lei-mater que colocou no colo - já há 25 anos! - de incultos (há exceções - mas, como se sabe, exceções...) gerentes de marketing o destino do meu, do seu, do nosso suado dinheiro de impostos, normalmente dirigidos para os bolsos de quem NÃO precisa - mais - de incentivos, mas que se presta a posar de garoto ou garota-propaganda de celulares, refrigerantes e cervejas.
Incentivo fiscal 'é coisa que dá e passa'
A renúncia de recursos de impostos, que o Estado - em suas diversas esferas; federal, estadual e municipal - concede, deve vir para fomentar um setor e então sair de cena para que as iniciativas e os 'players' se consolidem. Está mais que na hora de acabar com a farra dos anunciantes com dinheiro público e fortalecer - ou, pelo menos, ter de fato e não só no papel - políticas culturais consistentes e permanentes; setoriais, regionais e federal.
Nós é que escolhemos as 'autoridades'
Que o povo da Cultura - e nele me incluo - mais se mexa politicamente para mudar esse estado de coisas. É meu desejo. E é meu fazer. Você, que me lê, escolha os seus.
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Um comentário:
Marcondes,
Ao ler o livro Economia da Cultura, percebi que não há dúvida que produção cultural faz parte da cadeia da economia criativa, da indústria criativa que depende muito mesmo da criatividade. O grande desafio é tornar a criatividade num produto vendável. A produção cultural é um campo de muito trabalho e requer especialização e não pode ficar no amadorismo, não é só criar e buscar patrocinador para os projetos. O produtor cultural trabalha em equipe multiprofissional (assessoria jurídica, contábil e outros). A profissão trabalha a cadeia da economia criativa e fica entre a criatividade e o consumo.
Acredito que este trabalho merece mais divulgação, principalmente nas universidades.
bjs,
Terezinha Santos
jornalista
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