quinta-feira, 17 de março de 2011

A cartilha do titio Sam.

No, we can not.

Obama, como seus antecessores, faz política interna com discursos "no mundo". E guerra (bem longe, de preferência). O Departamento de Estado adverte: aqui, o discurso "social". No Chile, o político. Em casa o sonho está acabado. Urge produzir imagens de cartão postal, com horas e horas da plástica paradisíaca do Rio de Janeiro. Quer-se reduzir o fiasco. Para isso, galões e mais galões de tinta chegam à Cidade de Deus.

Difícil.

Depois de emprestar dinheiro aos banqueiros e às montadoras sacando na conta de quem trabalha, Obama se rende à velha cartilha, mantendo o ideário do Big Stick. Em Guantánamo, no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão, em Honduras, com Cuba. Próxima parada, com ternura: Cidade de Deus.

Minha lista de - ótimos - filmes para a semana Santa:

Síndrome da China e Silkwood - desastres em usinas atômicas;
Wall Street 1 e 2 - sobre a rua em que nada muda;
The Pentagon Papers e Zona Verde - a distância abissal entre o que recomendam as agências de inteligência e o que os governos fazem, na prática;
Network (1976), O discurso do Rei e Frost X Nixon: comunicação a serviço da política.

Para quem prefere documentários:

China Blue - a "economia de mercado" que mais cresce no mundo a partir do case da indústria de jeans;
Fahrenheit 9/11, Sicko, Capitalism: a love story - o melhor de Michael Moore.

Para mudar de assunto:

Être e avoir (2002).
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