quarta-feira, 30 de abril de 2014

"Somos todos macacos" é emenda pior que o soneto.

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No presente imbróglio, dá para entender porque a "torcida do Flamengo" (a parte que estudou mais) quer ir embora daqui.

Como professor, entre outras cadeiras, de planejamento, sempre pergunto aos estudantes:

- Somos bons de improviso e isto nos fez péssimos de planejamento ou não planejamos porque somos ótimos na improvisação?

Executivos brasileiros são incensados no mundo porque dão nó em pingo d'água, mas será que isso é, só, uma qualidade? Ou pode ser encarado como uma falha também?

Sabemos que seríamos a sede da Copa desde antes de 2007 - aquela pantomima do "sorteio" do país-sede da Copa em Zurich... e estamos pagando (e caro) este mico; super-faturamento e... feriados de um mês (o que dispensaria as obras de mobilidade urbana sob este pretexto (!).

Ontem, um executivo do COI disse que o trabalho preparatório do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos é o pior que já viu em sua vida... para depois vir o - eterno - Nuzman e o - inacreditável - Paes desdizerem-no brandindo mais um "nota à imprensa" politicamente correta do próprio COI. Politicagem.

Racismo... aqui e lá...

No caso do proprietário do time de basquete dos EUA (banido do esporte e multado em 2,5 milhões de dólares), não foi o Estado que o baniu, mas a própria NBA - uma ONG cortando na própria carne (!). A luta por direitos civis completou 60 anos nos EUA... mas ainda nem começou neste patropi...

Domenico de Masi está - de novo - no Brasil dizendo que somos "modelo" para o mundo. Nada mais equivocado. Domenico de Masi assim diz porque não sabe mais falar em outro lugar... dado que o - insano, indecifrável, iletrado - Brasil concretiza suas teorias que, simplesmente, não cabem no mundo desenvolvido do qual ele mesmo é produto feito e acabado. Acha o carnaval carioca um exemplo do seu "ócio criativo".

Arte não é ócio. É trabalho, é produção, que - como todos os outros - precisa ser reconhecido e remunerado.

Este país "modelo" separou a Educação da Cultura (embora a teimosa sigla "MEC" continue em vigor para nos mostrar o erro). E só a cultura (que, esta sim, é a base de tudo, inclusive do 'jeitinho brasileiro') e a educação podem tratar da "questão 'bananalizada' do preconceito' que inspirou este tópico.

E para quem não aprende?

Tipifique-se o crime, cobre-se a multa e prenda-se se preciso for.

Mas - sempre tem um "mas" - enquanto o Japão elucida 90% dos seus homicídios (0,3 em 100.000 habitantes - primeiro, no mundo), o Brasil elucida 2% dos seus 200 homicídios por 100.000 habitantes - último, no mundo).

E nosso - desonesto, chantagista e ignorante - Congresso Nacional - é a "cara" dos... eleitores. É - mesmo - como escreveu Decio Pignatari - Podbre Brasil!
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