segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Meu discurso - feliz - na passagem do mandato aos novos Conselheiros Conrerp/1a. Região.


E o 6 de janeiro de 2013 chegou. Ontem. E alguns de nós devem ter-se lembrado daquele outro dia de Reis, há três anos atrás, quando assumíamos a gestão do Conrerp. As “freiras”, como bem disse o Oberlaender, destemidamente ocupavam o espaço vazio e nada transparente do Conrerp da 1a. Região. E sobreviveram! E há poucos dias receberam outra alcunha: os “xiitas”. Um salto e tanto! Do convento à guerra santa pelas RRPP.

Foi duro descobrir, naquele 2010, a situação a que chegamos como categoria profissional no estado do Rio de Janeiro, mas é como se tivéssemos sido predestinados à missão de estancar a sangria, de amainar o plano inclinado em que a nossa Região, tão emblemática – a primeira do Brasil – se encontrava.

E fizemos. Não tudo, mas muito. Fizemos o resgate da “cidadania institucional” do Conselho fluminense. Parodiando a alcunha de um outro movimento de resistência histórica do Rio de Janeiro: “os 14 fortes”.

Chegada a hora de passar o bastão, a semeadura não podia ter dado melhor resultado. Jovens perfis entusiasmados pela profissão que todos amamos fazem a “renovação dos renovadores”; algo que cantamos em verso e prosa desde o primeiro dia, na voz de nosso querido Presidente, Alexandre Coimbra, grande colega errepê e amigo cuja gestão já fez história na 1a. Região: “bom mesmo é cumprir um mandato só e colher resultados... não só os financeiros (que recuperamos), não só os materiais (que renovamos pelas mãos de uma outra Casa das Relações Públicas no Rio de Janeiro, a UERJ), não só em termos de imagem pública (que resgatamos), mas, principalmente, em termos de gente”. E essa gente somos nós, todos os errepês do Estado. E essa gente são vocês, mais “14 fortes” que assumem, neste 7 de janeiro de 2013, o mandato que talvez seja, no Sistema todo, aquele que o Ianhez anunciou  em 2010, o do “ou vai ou racha”.

Que seja o do “racha ‘e’ vai”: em que as Relações Públicas, livres das amarras da Comunicação Social, se estabeleçam como algo fundamental para a gestão e a governança corporativa, para além dos “releases”.

E o Rio de Janeiro tem a possibilidade real de voltar à ribalta das lutas e conquistas da profissão. Com as qualidades múltiplas dos que assumem o Conselho da 1a. Região, podemos voltar a ser protagonistas da história das Relações Públicas no Brasil, aqui neste estado onde se criou o primeiro departamento em uma companhia brasileira – em 1951, na CSN – e onde se deu – na FGV, em 1954 – o primeiro curso de RP no país.

Para encerrar este pequeno relato, quero homenagear a todos os que estiveram envolvidos nesse resgate da 1ª Região. Os que passaram – como o saudoso Paulo Caringi, nosso padrinho no céu – os que continuam na lida – como o Edson Schettine de Aguiar, nosso padrinho na Terra, e os que assumem – vocês da chapa “Por Um CONRERP Sustentável”, saudando uma só pessoa; singular, mas exemplar. De dedicação diuturna à nossa Casa e à nossa Causa: Mônica Lima. Sem ela eu simplesmente não estaria aqui, todo prosa, diante de vocês.

Em junho de 1995 uma jovem de28 anos assumia a função de Auxiliar Administrativo no Conrerp da 1a. Região. Tempos diferentes: Plano Real recente, Internet inexistente. Dois filhos pequenos para criar, Renan, de 4 anos, e Rafael, de 2. E a jovem Mônica acreditou naquele emprego. De alguma forma imbuiu-se dos ideais fundadores desta Casa – aqueles lá de 1972 – e prosseguiu, passando a “assistente da diretoria executiva” e vindo a tornar-se esteio, espinha dorsal e patrimônio do Sistema Conferp-Conrerp, reconhecida nacionalmente pela garra, pela obstinação e pelo cumprimento de um dever muitas vezes espinhoso, ingrato e quase insano de uma autarquia. Vida longa à nossa Mônica. E que seu exemplo, para além dos seus filhos, que aprenderam direitinho a lição de dedicação profissional, continue nos inspirando a todos, como naquele atendimento impecável, ao telefone: - Conselho de Relações Públicas, Mônica, boa tarde!

Meu “ótima noite” a todos os que vieram aqui à Facha, também Casa das Relações Públicas no Rio de Janeiro, brindar-nos com sua presença. Obrigado!

OFF the records:

"Ask not what your country can do for you. Ask what you can do for your country". J. F Kennedy.

Os que me conhecem, sabem que milito na área cultural desde a faculdade. Estou convencido - e prego isto todo dia - de que precisamos formar os nossos filantropos, os nossos mecenas. Precisamos incrementar a cultura do serviço, da doação.

Este mandato foi uma doação imensa de horas de trabalho de 14 profissionais. Conclamemos desde já, para depois de vocês que entram hoje, os próximos 14 que assumirão em 2016.

Eu dôo e digo a vocês: é ótimo! No próximo dia 21 cessa a minha particular comemoração de 30 anos de formado - colei grau na UERJ em 22 de janeiro de 1982.

Durante um ano eu resolvi doar mais à minha área. Coloquei um website no ar (o RRPP.com.br) e alguns vídeos, inclusive um, de título provocativo "RP gosta mesmo é de festa!".

Até o conteúdo que gerou o livro que lancei sobre "Transparência" tive o impulso de doar, mas aí, o meu colega de Conselho, Alvaro Magalhães, meu amigo e mestre do marketing, me deu um xeque-mate:

- ok, Marcondes, você quer doar esse calhamaço, mas já perguntou se alguém quer receber isso? Faça um livro econômico, acessível em termos de preço - e o divulgue bem.

E aí, o que seria uma apostila virou livro de bolso.

Estou doando - hoje - ao Relacione-se, ao lado da Mediterrânea, que os produziu, os sete anúncios produzidos pela campanha "Contrate um relações-públicas e saiba o que os 4 Rs podem fazer por você, sua carreira e seu negócio".

O Relacione-se é "o" movimento que tem muito a ver com esta posse em alto astral hoje, aqui. Por fim dôo à nova gestão do Conrerp1 a produção em vídeo desta posse, para que fique registrada em voz e imagem toda essa festa em torno da nossa querida profissão. Meu abraço a todos.
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