sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quantos campos de futebol ainda restam?

>

Desde que me lembro, ouço, leio e vejo - más - notícias sobre a "nossa" floresta amazônica. O curioso é que, assim como feito esta semana, anuncia-se com grande orgulho e pompa que o desmatamento diminuiu "n" por cento em relação ao ano anterior. Ou seja, se no ano passado a área desmatada foi equivalente a 1.000 campos de futebol, uma redução de 25% no desmatamento - graças à 'ação firme, integrada e positiva da polícia, de governos muito responsáveis, prefeitos diligentes e ONGs maravilhosas' - tivemos um desmate de "apenas" mais 750 campos de futebol! Que beleza! Quantos campos de futebol será que ainda temos 'em estoque'. Será que não dá para comercializá-los em troca de créditos de carbono? Uma espécie de Kaká Trade ou um Neymarketing...

No país do futebol.

Apesar de perna-de-pau, também já joguei bola. E para se jogar bola é preciso um descampado. Nos terrenos baldios da minha querida Vila Olímpia da infância, os "campinhos" eram pedaços "carecas" de terra, ou seja, chão batido, poeirento, daqueles que fazem a gente ralar os joelhos nas quedas. Com tantos "campos de futebol" providenciados pelos ruralistas, boiadeiros, especuladores, grileiros, fazendeiros, invasores, chineses 'da Barra' e afins, não há dúvida de que voltaremos ao primeiro lugar no ranking da FIFA... e no último, em termos de responsabilidade ambiental. Triste trópico.

Aqui um link para a discussão que sobrou mesmo depois dos vetos presidenciais dados ao texto do novo Código Florestal Brasileiro, em 17/10/2012: assista agora! 
>

Nenhum comentário: