segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Quem ama o feio, bonito lhe parece".


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A propósito de prêmios "virtuais" como este da UNESCO para a "paisagem cultural" do Rio de Janeiro, seja lá o que isto signifique: Brasília está para perder o status de patrimônio da humanidade (que é há cerca de 30 anos) - a UNESCO mandou uma comissão para verificar se os estragos feitos e vistos há mais de dez anos, numa visita de rotina nesses casos, foram "reparados". Se não foram (e, no caso de Brasília, não foram), bye, bye para esse honroso "título" (entre outros não muito dignos de premiação) do Distrito Federal. 

Mais ilusionismo e inflação de "ego urbano".

O Rio de Janeiro tem mesmo que se contentar com a paisagem, de longe, aérea - e, se possível, à noite, para ganhar qualquer título da UNESCO. Porque de dia, às claras, e de perto, o troféu seria o de pior cidade, mais feia cidade, menos cuidada e menos planejada ocupação urbana do planeta, rivalizando com outras "joias", como a Cidade do México ou Pequim - tal o desastre que se conseguiu produzir por aqui. 

A Globo emplaca mais uma campanha "para inglês ver" - e brasileiro tosco acreditar.

No Brasil, capital, e grande (não vale cidadezinha bucólica, como Petrópolis ou Gramado), de maravilha construída, é a minha cidade: São Paulo.

A diferença? Os paulistanos. Sim, pois eles e todos os outsiders que lá vivem, amam e cuidam de sua cidade, enquanto os cariocas - nascidos e importados - não cuidam do seu chão e, apesar de o bem dizerem, o maltratam.

Sabe o que os cariocas fazem na - linda - Baía de Guanabara? Despejam seus esgotos.

O Rio de Janeiro, salvo a orla do mar, é só mais uma horrível metrópole que, por nossa já imerecida sorte, fica no mais maravilhoso recanto que Deus criou - mas que os dejetos de 6 milhões, diretamente despejados (na premiada paisagem!), ainda não 'detonou' de vez. 

A UNESCO não deveria premiar esse tipo de "obra" humana, "cultural": deseducação e deseducados em geral. E eu diria, provocativo, como aquele carioca da gema: - bola branca para o pessoal de Sampa - que ama e cuida; sorry, periferia. 

E. T.: Vivo no Rio e amo o Rio, onde já plantei "n" árvores, mas engolir (mais) essa impostura "global" que quer nos convencer que vivemos na melhor das cidades, não dá!
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