sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mestre Zu e a deixa para falar de "X", de "Y" e de "Z".

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Zuenir Ventura acertou na mosca quando escreveu seu texto "Utopia VERSUS Distopia" na página de Opinião d'O Globo, no último dia 30 de maio. Contando-nos sua primeira festa rave, de que depois escreveu "... a gente não esquece"... mestre Zu - que já nos dera o presente do certeiro "Cidade Partida" , tratando do que mais senão a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro? - nos dá pistas para compreender a pasmaceira, a apatia e o descaso que apresenta boa parte da juventude atual - a chamada geração "Y".

Confesso que também tenho me aplicado, como o mestre, a entender o comportamento desses jovens, lendo tudo o que me cai nas mãos sobre "gerações", inclusive péssimos textos - como o da Veja de semanas atrás, que propunha, após o fim do alfabeto, começar tudo de novo, e já classificava pessoas em geração "A", "B", "C"...

Aos números!

Esse "babado" de geração "X" surgiu quando se precisou explicar por que o poder - nas empresas, principalmente - passou de cinquentões (à época, estávamos no início dos anos 2000) aos "trintinhas", passando direto pela (minha) geração, a qual, justamente por "não dizer a que veio", ficou taxada de geração enigma, incógnita, ou seja, geração "X"... o resto é estória.

Não é Sociologia (assim, com "s" maiúsculo). Não é, também, ciência exata. É o tal do jornalismo cultural querendo fazer história melhor que os historiadores.

Minha tese (já que cada um pode ter a sua).

A geração que ficou consagrada como baby boomers - assim chamada por ter sido gerada logo após o horror da Segunda Grande Guerra Mundial e seu apoteótico boom atômico - é aquela que estava com 18 anos em maio de 1968 - se queremos precisão calendar. E em Paris - se queremos precisão geográfica.

É claro que há uma "faixa etária", a qual podemos situar entre os que teriam de 16 anos a 25 anos em 1968. E é claro, também, que teremos "limítrofes" - ou seja - seres que vieram ao mundo nos intervalos entre uma "geração" e outra.

Bem entendido que em minha adolescência, na escola, geração era algo que durava 25 anos... Hoje fala-se em 10 anos, talvez até menos... depende do próximo "i" que a Apple lançar...

Fazendo contas.

Na minha hipótese: baby boomers seriam, então, aqueles nascidos entre 1948 e 1955 - e vamos colocar mais uma "margem de erro" de um ano e meio para mais e para menos, nessa faixa: teríamos, assim que, considerando maio de 1968 como um marco, seriam baby boomers aqueles nascidos entre 1946 e 1957 - o que cobre o (necessário, atual) percurso de pouco mais de uma década por geração. Faz sentido, afinal a guerra terminou em agosto de 1945 e a partir de então pode-se considerar saudável, esperável, "concebível" que casais resolvessem "investir" num futuro - qualquer futuro. (Não se pode subestimar o fato de que o advento do artefato nuclear colocou em xeque a sobrexistência humana no planeta).

Com isto, temos, então, que a geração imediatamente posterior aos baby boomers seria formada por aqueles que nasceram entre 1958 e 1969 - a chamada geração "X". E a geração "Y", por conseguinte, seria a dos nascidos a partir do ano de 1970 - os "trintinhas" de 2000, anteriormente mencionados.

Acontece que o tempo passa. 

E o jornalismo não pode ficar sem assunto. Quando poderíamos, então, colocar um marco e inaugurar a geração "Z"? Com a palavra mestre Zu...
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