Triste Decálogo ou "Ilegal... e daí?"
01) Os patrões conseguem do "Proer da Mídia" o mandato (e a grana) para manter o status quo do tempo da "integração nacional";
02) Os patrões mantêm e intensificam a propriedade cruzada e a consolidação das redações (onde o jornalista trabalha para todos os veículos "da casa" pelo mesmo salário);
03) Os patrões obtêm a derrubada do diploma para o exercício do jornalismo;
04) Os patrões boicotam qualquer iniciativa de supervisão da cidadania, da sociedade civil organizada ou do Estado Democrático de Direito à comunicação de massa;
05) Os patrões conseguem fundir os negócios da comunicação de massa (coisa de uma casa de bilhão) com telecomunicações (coisa que está em duas casas mas que vai chegar a três já-já);
06) Os patrões exigem o cumprimento da Constituição Federal (que descumprem) para tentar frear as empresas estrangeiras de internet (ramo em que também atuam);
07) Os patrões recusam-se (contra a lei) a produzir mais internamente (no país) - inclusive jornalismo - e insistem nos enlatados importados cada vez mais baratos (em custo e nível cultural);
08) Os patrões recusam -se (também contra a lei) a regionalizar a produção de TV;
09) Os patrões abertamente resolvem entregar o exercício do jornalismo a qualquer um, sem o pagamento de salários (o mesmo que fazem com os "atores" dos reality shows);
10) Os patrões estabelecem os preços da veiculação comercial (propaganda), em oligopólio, que, no Brasil, é a mais cara do mundo em dólar [ao lado da telefonia celular, da banda larga (larga?)] e da TV por assinatura.
Com tais "tábuas legais", onde vamos parar?
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