terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tragédia brasileira em dez atos.

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Triste Decálogo ou "Ilegal... e daí?"

01) Os patrões conseguem do "Proer da Mídia" o mandato (e a grana) para manter o status quo do tempo da "integração nacional";

02) Os patrões mantêm e intensificam a propriedade cruzada e a consolidação das redações (onde o jornalista trabalha para todos os veículos "da casa" pelo mesmo salário);

03) Os patrões obtêm a derrubada do diploma para o exercício do jornalismo;

04) Os patrões boicotam qualquer iniciativa de supervisão da cidadania, da sociedade civil organizada ou do Estado Democrático de Direito à comunicação de massa;

05) Os patrões conseguem fundir os negócios da comunicação de massa (coisa de uma casa de bilhão) com telecomunicações (coisa que está em duas casas mas que vai chegar a três já-já);

06) Os patrões exigem o cumprimento da Constituição Federal (que descumprem) para tentar frear as empresas estrangeiras de internet (ramo em que também atuam);

07) Os patrões recusam-se (contra a lei) a produzir mais internamente (no país) - inclusive jornalismo - e insistem nos enlatados importados cada vez mais baratos (em custo e nível cultural);

08) Os patrões recusam -se (também contra a lei) a regionalizar a produção de TV;

09) Os patrões abertamente resolvem entregar o exercício do jornalismo a qualquer um, sem o pagamento de salários (o mesmo que fazem com os "atores" dos reality shows);

10) Os patrões estabelecem os preços da veiculação comercial (propaganda), em oligopólio, que, no Brasil, é a mais cara do mundo em dólar [ao lado da telefonia celular, da banda larga (larga?)] e da TV por assinatura.

Com tais "tábuas legais", onde vamos parar?
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