Da ovelha Dolly a X-Men
Desde o início, este re-início parecia muito próximo do fim. Por tudo o que fez, o coletivo denominado Mutantes, "geneticamente", nem poderia querer retornar a um estágio anterior. E clones, esses morrem cedo...
Com ou sem Darwin, mutações partem para sempre uma linha 'evolutiva'. O resultado, errático, pode ou não parecer-se com o estágio anterior. Anda por aí um vírus que atende pelo sintomático apelido "Influenza" que não deixa mentir. Ele é influenciado pelo genoma "animal" da vez...
Outra coisinha: o estágio "seguinte" à mutação pode parecer até "inferior", ou mais pobre, ou involução até, em relação aos 'ouvintes'. Quem ouve, mutado, ou mesmo se não mutou, pode não gostar da mudança do cantante-tocante...
Ando meio desligado
Quando a dupla Lee-Arnaldo deixou a banda, o Mutantes, obviamente, mutou. Para alguns acabou. Para outros - como eu - evoluiu, e muito. Progrediu - e produziu três álbuns antológicos ("Tudo foi feito pelo Sol", "Ao vivo" e "Tudo bem" - este último lançado como compacto duplo 'Cavaleiros Negros' por conta de alguns egos mineiros) do melhor que o rock progressivo tem de brasileiro, ao lado de bandas como O Terço, Som Nosso de Cada Dia e Sagrado Coração da Terra.
O casal Yoko-Ono parou, petrificou. Não mutou mais. Lee/Yoko casou-se com o jabá Tutti Frutti e Arnaldo/Ono foi com o cônjuge curar-se no mato.
Ovelhas negras
Jabaculê colhe frutos até hoje de sua opção não-mutante. Em 2019 não teremos um especial de fim de ano RC 60, mas um RL 50. Ono retoma o controle de Loki porque Loki sempre foi Loki mesmo; o Syd Barrett tupiniquim.
Quem continuou mutante, mutando e - por isso mesmo - gramando por aí, foi Sérgio Dias Baptista - um dos mais brilhantes guitarristas do planeta. Infelizmente, caiu na cilada "global" e serviu de carne fresca por uns meses. Oxalá largue tudo isso - a Som Livre inclusive - e continue mutando e produzindo os CDs que nós, seus fãs, nunca deixaremos de encontrar, comprar, ouvir e aplaudir parados, petrificados.
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