E não é que eles fizeram de novo?
Parece até que é uma campanha corporativa das Organizações Globo, achincalhar o marketing. (Vide matéria de 03/09/08 neste blog).
Dizer só isso assemelha-se à imagem de um pires de café: muito pequeno e muito raso. Há algo mais por detrás. Tem que haver. Palpito que uma das razões é a indigente formação dos jornalistas no que diz respeito a temas mercadológicos.
Embora vivam - vivamos todos - mergulhados em mercados, múltiplos, avassaladores, os coleguinhas correm a negá-lo, a bater nele. Quase uma ideologia. E xiita.
É mercado de trabalho, mercado de arte, mercado livre. É consumo de celular, de cerveja, de banda larga. Mas se há um culpado, se há um demônio, don't worry... é só marketing...
Senão vejamos
Hoje, o jornal dos Marinho estampa em sua página 2: "show de marketing", aludindo as ações midiáticas do ministro Nelson Jobim (de arma em punho) e do governador Sérgio Cabral (vestido à judoca). Ora, Deus, são só poses! Desde que foi inventada a máquina de fotografar, os políticos posam à larga. No cockpit de um jato, a bordo de um submarino, carregando um recém-nascido. Isto não chega a ser nem factóide. É só pose mesmo.
Falta a disciplina "Mercadologia" nos currículos de Jornalismo. E então temos não só a má vontade, mas, pior, a ignorância.
Na mesma edição do jornal, na crítica do novo álbum de Caetano Veloso, o preconceituoso título: "Além de toda a teoria e do marketing, disco se impõe por boa safra de composições". Mamma mia! Será que não se pode realizar um cursinho de marketing "in company" na redação ou então uma parceria básica com uma dessas casas do saber que dê direito a publicitário estrelado e professor da EcoEcoEco para ensinar aos cabras que marketing não é só a propaganda, a comunicação que se vê e ouve, mas tudo o mais que "consumimos"; produto composto-gravado-editado-impresso-embalado-estocado-distribuído? E que se não existisse marketing sequer estaria o escriba a tecer, na mídia, seus comentários contra ou a favor de qualquer coisa, pois nem emprego teria?
Por fim, a matéria publicada no último final de semana. O título já diz tudo: "FH diz que PAC é mais marketing que realidade". Tsc, tsc, tsc. Que desserviço à boa informação! O ex-presidente fez, sim, uma alusão às ações de propaganda do PAC. Isto sim, propaganda. E aí, cabe ao ex-presidente, ou a qualquer um de nós meros mortais, criticar uma propaganda vazia, de algo que não existe. Uma ponte que vai a lugar nenhum... uma estação de metrô com cinco placas diferentes de inauguração (experimente passear pela estação Cantagalo, no Rio de Janeiro). Mas, como dói aos veículos de comunicação baterem naquela atividade que lhes rende o oxigênio... Fica mais fácil bater no tal do marketing, afinal uma palavrinha contrabandeada, que nem tradução conseguiu na nossa língua.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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