Parece até conto da carochinha, mas a uma semana do primeiro de abril, o Ministério da Cultura, finalmente (e bota "ufa!" nisso) abriu a consulta pública (de 45 dias) que pode mudar os rumos do patrocínio no Brasil.
Sonhada por mim, querida por você, pedida por nós, clamada por vós e por todos, a reforma (sempre) anunciada e (ainda não) executada pelo governo federal já é maior de idade, uma vez que as críticas fizeram aniversário de 18 aninhos junto com a própria Lei Rouanet - e a esta altura o ex-ministro deve estar torcendo para sua "filhota" sair de casa, casar e mudar de sobrenome. Quem sabe o comprido Passos Gil Moreira ou, talvez, o mais econômico sobrenome de (Juca) Ferreira.
Deu n'O Globo
Entra ministro, sai ministro, desde 1991 se sabe que o patrocínio às artes e espetáculos no país virou oligopólio. Segundo o ministro Ferreira, 3% dos proponentes abocanharam e decidiram sozinhos o destino de 50% do (pífio) bilhão de reais da renúncia fiscal havida em 2008.
Eventual política de eventos culturais
É uma árvore de Natal aqui, um Cirque ensolarado ali, um Canecão lá, um Vibezone acolá e pronto; acabou-se o recurso do incentivo com aqueles que, convenhamos, não precisam de incentivo algum, pois que já contam com o nosso "incentivo" de servos-consumidores. E nem assim, com uma galera-mecenas de milhões de almas, a TIM deixou de chutar o balde do ex-Free Jazz Festival... ou seja, patrocínio continuado no Brasil é... vento...
Eterno sonhador, iludo-me que talvez algumas de nossas corporations, hoje tão citizens, tenham aprendido a lição do genuíno marketing cultural como um (belo e eficaz) meio de promoção institucional e relações públicas e permaneçam no mercado de patrocínio, viabilizando quem precisa de modo contínuo, não-eventual, e bem longe dos gerentes tupiniquins de marketing que, ao patrocinar um Picasso, estão, de fato, com o coração e a mente no volante de um Citroën.
Saiba mais sobre a terceira geração do marketing cultural.
quarta-feira, 25 de março de 2009
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