domingo, 11 de agosto de 2013

"Jornalismo VERSUS Imprensa".

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Este é um dos pontos nevrálgicos da questão institucional que há entre jornalistas e "anunciantes" (que sempre querem um jornalista p'ra chamar de seu).

Jornalismo é o que se ensina na Faculdade. Imprensa é um setor organizado como tal, inclusive sob entidades de classe como a ABI e Fenaj, entre outras.

Todas as prerrogativas a repórteres, pauteiros, redatores, editores e articulistas que atuam profissionalmente NA imprensa - ou seja - em veículos de comunicação (Pessoas Jurídicas formalmente definidas como tal)!

Mas, jornalista de formação ou de carreira, quando FORA desse ambiente, perde a condição de membro da Imprensa, perde o crachá de Imprensa, perde o acesso que a Imprensa - com justiça - tem, privilegiadamente, em função de ser o que é, gostemos ou não de nossos veículos da hora.

Por isso a importância de um Conselho para a categoria dos jornalistas - "o" organismo que pode, por lei, dar uma credencial profissional. E por isso deve-se rever o efeito - deletério - que ronda os sindicatos de jornalistas e a própria Fenaj - entidades que se legitimam, hoje, apenas pelo fato de emitirem uma "carteirinha" onde figura bem destacado o "carimbo" IMPRENSA.

Tem muita gente por aí, fora das redações, dando "carteirada" ostentando esses papéis pintados. Já escrevi sobre isso uma vez: http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2009/09/nota-reveladora-do-conflito-de.html.

Saiba mais.

O problema dos jornalistas fora de redação é o conceito de free lancer, ou a invenção brasileira "jornalistas em assessoria".

Os chamados "frilas" vêm corroendo a conduta ética dos jornalistas há décadas. E sindicatos, associações e afins não têm conseguido frear as más práticas.

Já prestei serviços à organização que emprega a maior "redação" do país - a Petrobras - um oceano profundo de free lancers - e vi jornalistas traficando informação em retribuição a amizade, favores, novos "frilas" etc. Tenho extenso material sobre isto (trabalhei como consultor - e me arrependi - por lá em duas oportunidades - ambas "lamentáveis"), inclusive na matéria que consta do link acima.

"Jornalista" é quem trabalha em jornal, revista ou seus sucedâneos eletrônicos e digitais. No exercício para outro tipo de organização (a não ser que a pessoa esteja atuando em literatura, por mote próprio) estará exercendo outro ofício, provavelmente o de relações-públicas, uma profissão regulamentada.

Por isso, aliás, o Sistema Conferp-Conrerp admite que um jornalista (desde que sob PJ) preste serviços de RRPP, desde que inscrito como empresa no Sistema e apresente um RT (responsável técnico) também regularmente inscrito. Fora disso estamos na penumbra, ante-sala da ilegalidade.
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