sábado, 11 de maio de 2013

UM NOVO PONTO "G".

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ALERTA AOS QUE QUEREM UMA IMPRENSA MAIS JORNALÍSTICA E MENOS JORNALISMO DE ASSESSORIA!

Aprovado o projeto de Resolução que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Jornalismo, bacharelado, (veja 'post' e 'link' abaixo), faltando, apenas, a sanção ministerial.

A Comissão que tratou do mesmo tema para Relações Públicas, junto ao MEC, deveria posicionar-se CONTRÁRIA à seguinte redação do Artigo 4o., Item "G" : INCLUIR, NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL, AS ROTINAS DE TRABALHO DO 'JORNALISTA EM ASSESSORIA' A INSTITUIÇÕES DE TODOS OS TIPOS.

Uma das mazelas - senão a pior - do jornalismo brasileiro (e das relações públicas brasileiras, por consequência) é o imoral exercício das duas profissões pelo mesmo indivíduo, ao mesmo tempo.

O conflito de interesses dispensa mais comentários, pois é conhecido de todos. O mais tosco dos cidadãos compreende que um jornalista a serviço de uma empresa, promove-a nas páginas, no ar, e no ciberespaço da imprensa, desservindo a isenção, a democracia, aos cidadãos, à própria imprensa como instituição e à cidadania corporativa, sempre colocada sob suspeição a partir do exercício de tráfico de influência.

Não existe - há muito tempo (como prova a modificação da denominação da Aberje) - "jornalismo empresarial".

JORNALISTA É QUEM TRABALHA EM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO.
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Um comentário:

Manoel Marcondes Neto disse...

"Assessoria de Imprensa" é mais uma jaboticaba, uma invenção tipicamente "nacional", criada para denominar jornalistas em desvio de função, ou sem emprego, ou, pior, traficando influência porque trabalha(ra)m em veículos - o que é totalmente imoral - e proibido em países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Canadá, Portugal, Espanha... Quem faz "press relations" ou "media relations", no mundo todo, é o (ou a) "public relations"; aqui "relações-públicas". Não há ética possível no exercício simultâneo das duas atividades: jornalista e RP. Ou se pratica uma profissão ou outra. Em todo o mundo é assim e aqui há de ser também - graças à globalização.